Abuso
Espiritual (AX) (1) - Parte 2
(Deverá “clicar” nas referências bíblicas, para ter acesso aos textos)
“Não Toqueis nos Meus
Ungidos”
(Atenção: O material a
seguir destina-se à leitura de pessoas maduras e pode ser profundamente perturbador
à grande maioria dos leitores. O autor recomenda grande discrição no uso deste
material e na exposição do mesmo)
INTRODUÇÃO
A vasta maioria
dos membros das assim chamadas “igrejas evangélicas” de todos os matizes –
sejam protestantes, evangélicas propriamente ditas, pentecostais, carismáticas
e da terceira onda – já tiveram a oportunidade, em um ou outro momento, de
presenciar um pastor, presbítero, missionário, evangelista, apóstolo, profeta
ou algo que o valha, subir ao púlpito de uma comunidade qualquer e mandar ver
um sermão acerca de não toqueis nos meus ungidos.
Junto com o sermão, bastante impróprio, diga-se de passagem, vem um besteirol que beira realmente às raias do ridículo.
Estes sermões são
todos motivados pelo conceito errado e realmente perverso de que aqueles que
servem ao Senhor nas funções de pastor, presbítero, missionário, evangelista,
apóstolo ou profeta etc, são realmente “servos
especiais” que pertencem a uma categoria que é distinta de todos os outros
crentes. Como “servos especiais”, estas pessoas, pois existem homens e mulheres
nesta categoria, imaginam que estão acima de qualquer tipo de crítica e que
podem mandar e desmandar na Igreja do Senhor, porque, segundo eles mesmos, o
Senhor lhes concedeu poder e autoridade “especiais”. Por este motivo todo e
qualquer criticismo, não importa a intenção, será confrontado vigorosamente
através de vários mecanismos entre os quais se encontra o famigerado sermão
acerca de não toqueis nos meus ungidos.
Mas existem
mesmo pessoas especiais para Deus? Existem mesmo pessoas que recebem um batismo
com o Espírito Santo que é mais poderoso do que o batismo com o Espírito Santo
que veio sobre todos os outros cristãos? Existe realmente uma unção que é
maior, melhor, mais poderosa do que a unção com que o próprio Deus ungiu a
todos os crentes no Senhor Jesus Cristo?
Outro dia o
autor tomou conhecimento de que um falso mestre que atende pelo nome de Benny Hinn, declarou ter visitado
os túmulos de duas mulheres (2) fundadoras de
igrejas cristãs do passado e que “coletou”, para si mesmo, “a poderosa unção”
que ainda se encontrava naqueles túmulos cheios de pessoas mortas. Não duvido
que ele tenha realmente “coletado” alguma coisa, mas certamente o que ele
coletou não tem nada a ver com o Espírito Santo de Deus. Este patético senhor e
todos seus seguidores, e não são poucos, estão realmente fora de sintonia com o
Deus da Bíblia e com a própria Bíblia como espero demonstrar neste artigo.
Quando confrontado por tais práticas estranhas e realmente abusivas o senhor Benny Hinn reagiu com as
seguintes palavras: “Se você falar mal de mim, ou contra a unção que está em
mim e no meu ministério, seus filhos irão sofrer as conseqüências”.
Quão longe este tipo de atitude se encontra do verdadeiro ensino dos Evangelhos
fica a critério do leitor decidir. Antes que qualquer leitor desavisado, resolva me escrever com argumentos do tipo “não devemos
julgar”, sugiro que leia outro artigo publicado também neste site cujo título é
Cristão Pode Julgar?
(AX), onde tratamos deste assunto.
Mas como
conseguimos chegar neste nível de desarranjo espiritual onde um homem que alega
ser pregador da palavra de Deus age como um verdadeiro seguidor do espiritismo
kardecista e procura recolher pretensas unções em cemitérios? Tudo isto
acontece por um simples, mas poderoso fato, que pode ser assim representado:
existem algumas pessoas que se arvoram ares de super-crentes ao mesmo tempo em
que existem também, milhares de outras pessoas que estão dispostas a acreditar
e seguir os super-crentes a qualquer custo, achando que com isto estão seguindo
no caminho de Deus. O autor deseja dizer aqui com todas as letras, apenas que: NÃO EXISTEM SUPER-CRENTES. Tudo o mais será dito no
restante deste artigo.
I. Os
Abusadores
Abuso espiritual, pode parecer estranho, é um estado de coisas amplamente
denunciado nas páginas das nossas Bíblias. No passado, durante os dias do
Antigo Testamento, Deus levantou inúmeros profetas para denunciarem este tipo
de perversidade. No Novo Testamento, o próprio Senhor Jesus tomou uma boa
porção do Seu ministério para denunciar e confrontar aqueles que abusam
espiritualmente de outras pessoas. Por estes motivos nós faremos muito bem em
ouvir o que eles têm a dizer acerca dos desmandos e abusos que percebemos nos
dias de hoje, da parte de homens e mulheres que são extremamente ágeis e
rápidos em se proteger debaixo da couraça representada pela expressão não toqueis nos meus ungidos.
A. O
Profeta Ezequiel
A passagem de Ezequiel 34:1/6
é certamente a que melhor descreve, no Antigo Testamento, o assunto que é
objeto deste artigo, a saber: Abuso Espiritual.
1 Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
2 Filho do homem, profetiza
contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes:
Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam
a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?
3 Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado;
mas não apascentais as ovelhas.
4 A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a
quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes;
mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
5 Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se
tornaram pasto para todas as feras do campo.
6 As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes
e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a
terra, sem haver quem as procure ou quem as busque.
Nesta passagem
nós encontramos a palavra do Senhor vindo até o profeta Ezequiel lhe ordenando
que profetize contra os pastores de Israel.
Por esta expressão, como fica evidente pelo contexto, devemos entender que o
profeta não está se referido literalmente a pastores de ovelhas, e sim a todos
os líderes da nação de Israel. Ele dirige suas palavras aos magistrados e aos
príncipes, aos levitas e aos sacerdotes i.e. a todos aqueles que tinham a
responsabilidade de cuidar do povo de Deus. De zelar sobre o povo de Deus, de
protegê-lo e de não explorá-lo.
Através do
profeta Ezequiel é o próprio Deus quem tem algo a dizer a estes líderes. E Deus
fala de uma posição privilegiada já que Ele mesmo é reconhecido como o pastor
por excelência sobre seu povo – ver Salmo 80:1. E como
pastor sobre Seu povo, Deus é louvado, de forma magistral por Davi no Salmo 23 que começa
exatamente com as palavras O
SENHOR é o meu Pastor, nada me faltará! Fala o Deus-pastor de Israel
e diz: “Ai dos pastores de Israel”! E nesta expressão nós encontramos uma
vibrante contradição entre como aqueles homens se viam e como o Deus-pastor os
via. Como iremos perceber os problemas causados por pastores abusadores,
existem desde os tempos mais antigos.
Pastores, como
líderes, gostam de pensar de si mesmo como pessoas diferenciadas, acima das outras
pessoas. Gostam de se ver como sendo “especiais”, como super-crentes. Apesar de
gostarem de se ver desta maneira, Deus não está nem por um segundo interessado
em participar no jogo deles. Suas palavras são de condenação absoluta desde o
começo: “Ai dos pastores de Israel”. Aqueles homens achavam que as posições que
ocupavam eram tão dignificadas que os tornavam, automaticamente, isentos e
imunes a toda e qualquer forma de crítica. Não entendiam que as posições que
ocupavam, bem como as funções que executavam, realmente, não os isentavam de
ter que admitir seus erros, de ter que confessar seus pecados e
de sofrer as graves conseqüências dos juízos de
Deus, caso não se arrependessem. Esta palavra realmente dura da parte do
Senhor é motivada pelo fato de que os pastores não são “donos” do rebanho de
Deus e por este motivo não podem tratar o rebanho de Deus de qualquer maneira e
muito menos de maneiras que sejam abusivas. Pastores, como diz o apóstolo
Pedro, não passam de cooperadores submetidos ao Senhor Jesus que é chamado de
Supremo pastor – ver I
Pedro 5:4. O motivo porque o Senhor usa tão duras palavras foi expresso de
forma perfeita pelo profeta Jeremias quando diz: Ai
dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! — diz o SENHOR – Jeremias 23:1.
Porque somos ovelhas do pasto do Senhor, é que Ele se mostra tão aborrecido
quando somos maltratados por aqueles que deveriam realmente cuidar de nós.
Todos aqueles que são chamados, pelo SENHOR, para ajudar a cuidar das ovelhas
do Seu pasto, vejam bem como procedem porque Deus não se agrada de tolos – ver Eclesiastes 5:4!
Conforme podemos ver neste texto de Ezequiel, Deus irá sempre tratar com
firmeza aqueles que não viverem à altura dos compromissos assumidos como
pastores e servos a serviço do povo de Deus.
Ezequiel,
falando em nome do Deus-Pastor de Israel, confronta os pastores dos seus dias
de várias maneiras.
1. Em primeiro
lugar existe a pergunta mais básica que precisa ser respondida e que é: por que
existem pastores? A resposta nos vem através de uma pergunta feita pelo
profeta: Não apascentarão os pastores as ovelhas? Pastores existem,
primariamente, para apascentar as ovelhas. Para cuidar das ovelhas. E devem
executar estas funções sem condenar e sem brutalizar as ovelhas. Usando uma
linguagem bastante direta, o profeta acusa os pastores de estarem cuidando de
si mesmos em vez de estarem cuidando das ovelhas: Ai dos pastores que se apascentam a si mesmos. Ezequiel 34:2 Como
se não fosse terrível o bastante ignorarem as necessidades das ovelhas por
estarem por demais ocupados consigo mesmos, estes pastores ainda tratavam as
ovelhas com extrema brutalidade, pois o profeta diz: Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado;
mas não apascentais as ovelhas Ezequiel 34:3 e dominais
sobre elas com rigor e dureza. Ezequiel 34:4 O
interesse daqueles pastores estava muito mais nos benefícios materiais que poderiam
receber das ovelhas – carne, gordura, lã - do que nos benefícios espirituais
que poderiam e deveriam repartir no cuidado do rebanho. Para Ezequiel, o
interesse daqueles pastores não estava centrado no chamado de Deus e no
pastoreio e sim no poder e no controle que exerciam sobre as ovelhas.
2. Em segundo
lugar existe a triste constatação de que os pastores estavam negligenciando por
completo suas responsabilidades, mesmo as mais básicas. O profeta diz: A fraca não fortalecestes, a doente
não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a
perdida não buscastes. Ezequiel 34:4 Mas
que situação tão terrível! Por que estes homens agiam assim desta maneira? Além
da absoluta falta de interesse verdadeiro pelas ovelhas, eles agiam desta
maneira em parte por ignorância e em parte por preguiça. O despreparo dos
pastores é notório e a preguiça de muitos deles também. Deixa o rebanho pra lá,
dizem. O rebanho só me interessa pelo que posso conseguir dele, o resto é
realmente irrelevante. Pensam e agem assim porque sabem que o povo os tem em
alta estima e ninguém vai realmente querer peitar o “ungido do Senhor”.
3. O resultado
direto deste descaso e ignorância não demora a ser
sentido. Ovelhas sem cuidados pastorais e maltratadas tendem a se espalhar, por
não haver pastor, e acabam por tornar-se pasto para todas as feras do campo.
Este é o triste fim de todas as situações de abuso espiritual que encontramos,
mesmo nos dias de hoje: ovelhas dispersas, abandonadas e sendo devoradas por
todos os tipos de “feras”. O profeta constata, em nome do Deus-Pastor de
Israel, esta triste realidade ao dizer: As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo
elevado outeiro. Ezequiel 34:5.
Ovelhas abusadas só conseguem resistir até certo ponto. Algumas chegam mesmo a
morrer dentro do próprio redil – a comunidade local que chamamos de igreja.
Outras, não agüentando mais os abusos, preferem
abandonar o redil. E os pastores demonstram algum tipo de preocupação? As
palavras de Ezequiel estão repletas de desconsolo neste quesito: as minhas ovelhas andam espalhadas
por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque. Ezequiel 34:6. A
triste conclusão a que chegamos ao analisar este texto é a mesma de muitos
irmãos que têm nos procurado para nos dizer: melhor ficar sem pastor, do que
sob os cuidados, ou melhor, a falta de cuidados, deste tipo de pastores
denunciados pelo profeta.
Não podemos
ignorar que os pastores abusadores, não desistem de seus atos de abuso, mesmo
quando as ovelhas saem dos seus redis. Estes abusadores perseguem as ovelhas,
visando trazê-las de volta à situação terrível da qual haviam escapado. Quando
encontram resistência por parte da ovelha que saiu, a atitude dos abusadores é,
como o leitor já sabe, mais abuso. Falsas acusações de insubordinação, de
insubmissão e falta de consagração a Deus são apenas o começo.
Visando intimidar a “ovelha desgarrada”, pastores abusadores partem para os
mais baixos tipos de manipulação que incluem: dizer que a “ovelha desgarrada”
nunca foi verdadeiramente crente, ou pior, dizer que a “ovelha desgarrada” vai
direto para o inferno. Depois, com a cara lavada, estes abusadores sentem-se
livres para afirmar que suas igrejas são igrejas que “cuidam realmente” das
pessoas e ninguém poderá dizer que não tentaram trazer a ovelha desgarrada de
volta.
Mas é
interessante notar, que nestes encontros, que visam à reconciliação, não
existe, por parte dos abusadores, nem uma palavra de admissão de erros
cometidos. Como são os “ungidos do Senhor” estão muito acima até mesmo da
possibilidade de cometerem o menor pecado. Afinal eles ensinam, que pastores,
não cometem erros nem pecados e não precisam nunca pedir perdão. E quando
apertados, costumam sacar, sem a menor cerimônia, seu texto favorito que diz: Não toqueis nos meus ungidos! São realmente
patéticos nestas horas.
A verdade que
muitas vezes resistimos em reconhecer, e pessoas abusadas sentem esta
dificuldade de uma maneira muito mais aguda, é que existem muitos homens, mas muitos mesmos, que se intitulam
pastores, são até mesmo ordenados, mas que na realidade não são pastores de
verdade. Não possuem chamado, não se submetem ao Senhorio de Jesus e não se
dispõe ser aquilo que devem ser: servos, a serviço do
povo de Deus. Muitos hoje estão no ministério apenas por interesses financeiros
e comerciais. Como “ser pastor” se tornou em apenas mais uma profissão, o
pastor-abusador fará de tudo que estiver ao seu alcance para não perder sua
“boquinha”.
B. O
Senhor Jesus e os Falsos Pastores
Nos dias em que andou
por este mundo, o Senhor Jesus foi um ferrenho adversário dos falsos pastores.
Jesus se opôs abertamente contra todos aqueles que, chamando-se pastores, se
ocupam realmente somente consigo mesmos e abandonam o rebanho completamente. A
situação do povo de Israel nos dias de Jesus não era nem um pouco diferente
daquela que encontramos nos dias do profeta Ezequiel. O evangelista Mateus nos
diz que: Vendo ele – Jesus - as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam
aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor – Mateus 9:36.
O encontro
frontal entre Jesus e os falsos pastores de Israel dos seus dias, será discutido na parte 3 desta série.
II.
“Não Toqueis nos Meus Ungidos”
Conforme mencionamos
anteriormente, pastores abusadores gostam de pensar acerca de si mesmos, como
sendo super-crentes. Gostam de pensar acerca de si mesmos como pertencendo a
uma casta realmente separada e distinta de todos os outros irmãos. Dentro desta
visão costumam, por um lado, torcer textos bíblicos para beneficiá-los e por
outro lado inventam uma série de normas que são colocadas em prática tão logo
são questionados ou se sentem ameaçados. É importante que deixemos bem claro
que na grande maioria das vezes, este sentimento de que estão sendo
ameaçados, é completamente irracional. Vamos primeiro ver os textos
favoritos dos pastores abusadores quando o assunto é a auto-defesa deles, e em
seguida, veremos algumas das normas mais comuns implementadas em suas defesas.
Não podemos nunca nos esquecer que todos os recursos utilizados pelos pastores
abusadores visam não deixar nenhuma dúvida na cabeça de nenhuma pessoa acerca
de quem realmente manda!
A. Os
Textos Bíblicos Favoritos dos Pastores Abusadores
Os pastores
abusadores gostam de se ver como pertencentes a uma classe toda especial de
pessoas. Uma das maneiras favoritas de se descreverem é atribuir a si mesmos o
pomposo título de “ungido do Senhor”. Com isto querem dizer que são objetos de
uma unção toda especial da parte de Deus. Esta “unção” possui verdadeiro poder
mágico de transformá-los em super-crentes. Como tais, estão imunes de cometer
os mesmos erros que todos nós estamos sujeitos a cometer. Como não cometem
erros, não têm nada acerca do que devem pedir perdão. Como não cometem erros
nem pecados, são também inatacáveis e não podem sofrer nenhum tipo de crítica
ou censura. Qualquer pessoa que ouse criticá-los ou condená-los por práticas
abusivas será severamente tratada.
Mas vamos
considerar, por breves instantes, o mito de que a expressão não toqueis
nos meus ungidos diz respeito aos pastores abusadores. Mitos nada
mais são do que palavras que assumiram um significado diferente daquele que lhe
foi atribuído pelo autor original. O mesmo é verdade com o mito criado em torno
da expressão não toqueis
nos meus ungidos, como podemos perceber pela evidência a seguir.
1. A expressão
“ungido do Senhor” é bíblica e ocorre exatas oito vezes no texto hebraico do Antigo
Testamento. Seis destas oito menções fazem referência ao rei Saul. Uma faz
referência ao Rei Davi e uma diz respeito ao Ungido do Senhor como aguardado
pelo profeta Jeremias. As menções aos reis Saul e Davi,
deixam bem claro que os ungidos do Senhor não eram homens imunes nem a erros,
nem a críticas e muito menos à disciplina por parte do Senhor. Ver a lista
completa de versículos que trazem a expressão “ungido do Senhor” no final deste
artigo.
2. A expressão “teu ungido” é também bíblica e ocorre seis vezes no texto
hebraico do Antigo Testamento. Destas seis, uma diz respeito ao rei Davi e
todas as outras ao Ungido como esperado pelo povo de Israel. Novamente a
referência ao rei Davi é um claro indicativo que o “ungido do Senhor” era
alguém passível de cometer erros, de sofrer críticas e, no caso específico de
Davi, de sofrer graves conseqüências por pecados
cometidos. Ver a lista completa de versículos que trazem a expressão “teu
ungido” no final deste artigo.
3. A expressão
“meu ungido”, da mesma forma que as duas anteriores, é bíblica e ocorre duas
vezes no texto hebraico do antigo testamento. As duas referências dizem
respeito ao Messias ou Ungido como esperado pelo povo de Israel. Ver a lista
completa de versículos que trazem a expressão “meu ungido” no final deste
artigo.
4. Por sua vez,
a expressão “seu ungido”, ocorre onze vezes no texto hebraico do Antigo
Testamento e uma única vez no texto grego do Novo Testamento. Estas onze
referências estão assim distribuídas:
·
5 vezes fazem referência ao Ungido como o esperado
Messias de Israel.
·
3 vezes fazem menção a Saul.
·
1 vez diz respeito à Eliabe,
irmão de Davi.
·
2 vezes a citação é referente ao rei Davi.
·
1 vez ao imperador dos Medos, Ciro.
Desta maneira
fica fácil notar que quando não se refere ao Ungido que representa o Senhor
Jesus, os textos falam de homens que foram tão pecadores como qualquer um de
nós. A unção para ser rei sobre o povo de Israel, conferida a Saul e a Davi,
não era nenhuma garantia de que aqueles homens estavam imunes do poder do
pecado, ou que não poderiam ser criticados e que estariam completamente isentos
da disciplina de Deus. Ver a lista completa de versículos que trazem a
expressão “seu ungido” no final deste artigo.
5. Por fim
restam as duas referências que trazem de forma explícita a expressão não toqueis nos meus ungidos.
Estas referências são:
·
I Crônicas 16:22
dizendo: Não toqueis nos meus
ungidos, nem maltrateis os meus profetas.
Salmo 105:15
dizendo: Não toqueis nos meus
ungidos, nem maltrateis os meus profetas.
Antes de
analisarmos estes versículos é necessário dizer que os mesmos são idênticos e
isto por um bom motivo. O verso de I Crônicas é parte de uma compilação de
Salmos que se estende do verso 7 até o verso 36 do capítulo 16 de I Crônicas.
Esta compilação contém partes dos salmos 96, 105 e 106.
Conforme dissemos,
os dois versículos são idênticos, portanto, a interpretação de um servirá como
interpretação para o outro também. A questão mais importante para nós, neste
momento, é definir acerca de quem o salmista está falando? Quem são os ungidos
do Senhor? O contexto deixa isto bem claro, e por ele nós podemos ter certeza
absoluta quem são as pessoas a quem o Senhor se refere como sendo os “ungidos
do Senhor” e de “meus profetas”. Salmos
105:8/15 diz o seguinte:
8
Lembra-se perpetuamente da sua aliança, da palavra que empenhou para mil
gerações;
9 a aliança que fez com Abraão e do juramento
que fez a Isaque;
10
o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel por
aliança perpétua,
11
dizendo: Dar-te-ei a terra de Canaã como quinhão da
vossa herança.
12
Então, eram eles em pequeno número, pouquíssimos e forasteiros nela;
13
andavam de nação em nação, de um reino para outro
reino.
14
A ninguém permitiu que os oprimisse; antes, por amor deles, repreendeu a
reis,
15
dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem
maltrateis os meus profetas.
O texto é
absolutamente cristalino. Aqueles que são chamados de “ungidos do Senhor” e de
“meus profetas” são os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. São os Israelitas.
Todos e cada um deles. Ninguém que pertença verdadeiramente ao povo de Israel é
deixado de fora.
Portanto, como
dissemos, o mito de que os pastores constituem-se em os “ungidos do Senhor”,
como uma casta distinta e superior a todos os crentes, não passa realmente de
uma invencionice perversa cujo único propósito é munir homens perversos com
mecanismos que os possibilitem abusar de suas ovelhas. Precisamos retornar, de
maneira urgente, ao padrão bíblico do pastor-servo à imitação do próprio Senhor
Jesus.
B. O
Ensino do Novo Testamento Acerca de Termos Sido Ungidos por Deus
O Novo
Testamento ensina exatamente a mesma coisa que é ensinada no Antigo Testamento.
Todos os que pertencem ao Povo de Deus foram ungidos pelo próprio Deus. Todos
os crentes verdadeiros, sem exceção recebem uma e rigorosamente a mesma unção.
Não existem cristãos mais ungidos que outros cristãos. E, definitivamente, não
existem “ministérios ungidos” e muito menos esta figura preconizada por falsos
mestres, como Benny Hinn,
de que é possível possuir “uma unção” específica, distinta da única unção
disponível a todos os cristãos.
O texto de II Coríntios
1:21/22 diz: Mas aquele
que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos
selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração. Estes dois versos
ensinam claramente que só existe uma unção e que todos os cristãos são
participantes desta unção, pois o repartir da mesma é um ato do próprio Deus.
Quando Paulo diz
que Deus nos ungiu, ele está dizendo que todos nós que somos genuinamente
cristãos, fomos ungidos diretamente pelo próprio Deus.
Nas tradições judaicas era costumeiro a unção de reis, profetas e sacerdotes
quando do início do exercício das suas funções. Isto pode ser observado em Êxodo 28:41 e Êxodo 40:15 com
relação aos sacerdotes; em 1º Reis 9:16 e Isaías 61:1 com
relação aos profetas e em 1º Samuel 10:1; 1º Samuel 15:1; 2º Samuel 2:4 e 1º Reis 1:34 com
relação aos reis de Israel. A palavra “ungido” é também usada para se referir,
de modo todo especial, ao Senhor Jesus que é chamado de:
Ungido (português) = Cristo (grego) = Messias (hebraico). Jesus é o ungido por
excelência de Deus já que Ele possui um triplo serviço como Rei, Profeta e
Sacerdote. A expressão ungido também é usada para se
referir a todos os crentes e indica que os mesmos são consagrados ou separados
para o serviço de Deus pelo Espírito Santo. É por causa desta separação ou
consagração, que somos chamados e considerados santos por Deus. O apóstolo João
disse em 1ª João
2:20 E vós possuis
unção que vem do
Santo e todos tendes conhecimento. A conseqüência
desta unção na vida de todos os cristãos pode ser vista em alguns versículos
mais adiante, no mesmo texto, quando João diz: “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes
permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a
sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é
falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou. Filhinhos, agora, pois,
permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele
não nos afastemos envergonhados na sua vinda. Se sabeis que ele é justo,
reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele –
1ª João 2:27/29 .
Assim temos que
existe somente uma unção, que todos os crentes receberam esta mesma unção e que
Deus mesmo é aquele que nos unge. Não devemos, portanto, ter medo de
desmascarar a qualquer um que pretenda ser possuidor de algum tipo especial de
unção. Unção especial só existe uma: é aquela com Deus mesmo ungiu a todos
os crentes, sem exceção! Qualquer outra invencionice não passa de pretensão
e orgulho humano querendo aparecer.
C.
Métodos e Normas que são Geralmente Utilizados por Pastores Abusadores
(O autor deseja advertir novamente
aos leitores de que o material a seguir contém informações que podem não ser
agradáveis à grande maioria das pessoas.)
Pastores que
abusam dos seus rebanhos seguem, normalmente, uma série comum de métodos e
normas, visando estabelecer seu poder, domínio e controle absoluto sobre o povo
de Deus. Entres estes métodos e normas podemos
destacar as seguintes como sendo as mais comuns:
1. Pastores
abusadores são extremamente defensivos quanto aos seus feudos particulares
e tendem a agir de uma forma que é sempre abusiva quando se trata de defender seus
próprios interesses. Os interesses pessoais de pastores abusadores estão,
sempre, acima de quaisquer outros interesses. Não existe nenhum tipo de
consideração cristã que possa intervir quando o que está em jogo for o
interesse pessoal de algum pastor abusador. Em poucas palavras podemos dizer
que para defender seus interesses vale-tudo para pastores abusadores.
2. Uma das
características mais marcantes deste vale-tudo mencionado no item 1 acima, é a
tendência constante de usar e abusar de passagens bíblicas, dentre as quais
a favorita é: Não toqueis nos meus ungidos.
Pastores abusadores aprendem, de forma bastante rápida, a manipular a Bíblia
visando alcançar seus mais inconfessáveis propósitos.
3. Pastores
abusadores, porque possuem uma visão distorcida de si mesmos, literalmente adoram
serem exaltados e tratados com toda a honra, toda a deferência e toda a pompa e
circunstância, que, em suas mentes doentias, imaginam o “ungido do Senhor”
merece.
4. Pastores
abusadores são todos aqueles que acham que os termos usados no Novo Testamento
para descrevê-los, termos como pastores, presbíteros e bispos, são realmente
títulos e indicadores de posição. Nas suas pequeninas cabeças imaginam que
os “títulos” que possuem os habilitam a dominar, governar e até reinar sobre o
povo de Deus. A estes homens falta um mínimo de inteligência para
entenderem que os termos usados no Novo Testamento são meros descritores de
função e não possuem nenhum tipo de conotação hierárquica ou de posição ou
nível. Todos os crentes, sem exceção, estão “EM CRISTO”. Esta é a posição de
todos os crentes: estamos todos “em Cristo”. Pastores estão “em Cristo”, da
mesma maneira que as ovelhas estão “em Cristo”. Não existe nenhuma diferença
posicional entre os crentes. O que existe são funções diferentes. E a função
daqueles encarregados de cuidar do rebanho de Deus é descrita como a de alguém
que cuida de ovelhas (pastor); como de alguém que possui maturidade espiritual
para ensinar, admoestar e exortar (presbítero) e como alguém que possui a função
de supervisionar o rebanho de Deus (bispo). Como pode ser facilmente percebido
as três palavras, pastor, presbítero e bispo, são meras descritoras das funções
que precisam ser executadas e não fazem nenhuma referência a algum tipo de
hierarquia que deva existir na Igreja dos Ungidos do Senhor! Os termos que o
Novo Testamento usa de pastor, presbítero e bispo não descrevem ofícios e sim
as funções que precisam ser desempenhadas por aqueles chamados para cuidar do
povo de Deus.
5. Pastores
abusadores gostam de reprovar de forma pública e privada a todos que
consideram desobedientes e insubmissos. Esta desobediência e insubmissão
não têm nada a ver com a Bíblia ou com a sã doutrina e sim com a vontade
pessoal do pastor abusador. As reprovações privadas tendem a ser bastante
desagradáveis, pois os abusadores sabem que dificilmente alguém irá acreditar
nas palavras de alguém que está rotulado de insubmisso ou desobediente. Esta
situação permite aos pastores abusadores usar os termos que bem quiserem nestas
conversas, fazer as alegações que bem entenderem por mais estapafúrdias que
sejam, levantar graves acusações por mais levianas que sejam e tirar as
conclusões que lhes forem as mais convenientes. É praticamente impossível
sobreviver em um ambiente tão hostil. Mas há muitos que continuam tentando.
Somente a eternidade irá revelar a verdadeira dramaticidade destas conversas
perversas e funestas.
6. Intimamente
associado à reprovação pública está o desprezo público ou o isolamento de
certos membros. Pastores abusadores fazem questão de deixar bem claro quem
são as pessoas que não estão lhes agradando, e por este motivo precisam ser
tratadas da maneira mais fria possível. Irmãos fracos, ao verem o pastor
colocar alguém “na geladeira”, seguem o mesmo mau exemplo e também passam a
tratar o ferido da mesma maneira. Esta é uma das situações mais insuportáveis
dentro de uma comunhão que se intitula cristã. Quando um pastor que deveria
realmente estar cuidando da ovelha ferida, vira o rosto e age como se a ovelha
não existisse, está cometendo um dos atos mais cruéis que podem ser praticados.
7. Pastores
abusadores adoram subir nos púlpitos e disparar contra aqueles que
consideram seus desafetos. Este é sem dúvida um dos piores atos que um
pastor pode praticar: usar o tempo que deveria ser gasto para edificar o povo
de Deus para resolver diferenças pessoais, muitas vezes com uma pessoa somente.
Pastores abusadores sabem que o púlpito é prerrogativa exclusiva deles ou de
quem eles convidam, portanto, sentem-se à vontade para maltratar as pessoas a
partir daquela posição vantajosa. Quando sobem ao púlpito para agredir a quem
quer que seja, os pastores abusadores demonstram apenas que são grandes
covardes e como tais são dignos de uma coisa somente: desprezo absoluto.
8. Se a igreja
possuir algum tipo de boletim o mesmo será usado por pastores
abusadores para destilar triplamente o mais perverso tipo de veneno do qual
se tem notícia. Este tipo de veneno intoxica a todos na igreja. Ninguém que
saiba ler fica imune desta contaminação verdadeiramente maligna.
9. Ameaças
de toda sorte são também parte do arsenal comum a todos os pastores
abusadores. Ameaças que vão desde o simples afastamento de algum
ministério, chegando até à excomunhão ou expulsão que é o termo favorito dos
abusadores neste quesito. Da pretensa, mas real, posição de autoridade, o
pastor abusador se sente perfeitamente confortável para atazanar a vida de suas
ovelhas com todos os tipos de ameaças, com algumas chegando a beirar a
imoralidade.
10. Pastores
abusadores costumam ensinar suas ovelhas que toda insubordinação e
desobediência é pecado grave e que este tipo de pecado é digno das mais
severas e pesadas formas de disciplina. Desta maneira, a igreja está plenamente
doutrinada e quando algo acontece todo mundo concorda com a violência
praticada. Este é realmente um ciclo vicioso muito difícil de romper.
11. Outra
característica bastante marcante entre pastores abusadores é a adoção de
dois pesos e duas medidas como norma para o dia-a-dia. Este tipo de prática
é tão comum, tratar uma mesma situação de duas maneiras diferentes, que a vasta
maioria dos crentes dos dias de hoje já não reage a este estado de coisas.
Preferem pensar que as coisas são assim mesmo. Que não adianta lutar. Que é
bobagem se indispor. O autor entende todos estes argumentos, mas não pode
deixar de chamar de covardes a todos que observam este tipo de prática e não se
manifestam pela justiça e pela verdade! A motivação para o uso de dois pesos e
duas medidas está completamente dependente àquilo que for o interesse do pastor
abusador. São seus interesses pessoais e não a justiça e a verdade que
interessam.
12. Pastores
abusivos gostam de ensinar suas ovelhas, ideias que possam causar falsos
sentimentos de culpa. Estes sentimentos, por sua vez, só podem ser aliviados
mediante um curvar-se, quase imoral, diante da vontade do pastor ou, se a
pessoa tiver condições, de polpudas contribuições. Os que não possuem dinheiro
acabam por trabalhar como verdadeiros escravos para o pastor, sua esposa e filhos.
Fazem de tudo: reforma e pintura de casas, cozinham, lavam, passam, cuidam do
jardim, das crianças, fazem faxina, limpeza pesada, lavam carros, servem como
motoristas e vai por aí afora. Pastores abusivos sabem que uma mente bem
manipulada por falsa culpa é capaz de produzir muitas e muitas coisas.
13. Abusadores
gostam de criar panelas e grupelhos de todos os tipos dentro das igrejas.
A alguns eles estendem a mão e chamam estas pessoas de “amigos pessoais”. Este
tipo de “amizade” vai muito além daquilo que dispensam aos outros irmãos da
igreja. O resultado disto é que aqueles que são atraídos para dentro deste
círculo íntimo compartilham o “poder” com o “chefe” e isto os faz leais até à
morte, mesmo diante das maiores imoralidades que se possa ter notícia. Outros
são privilegiados com posições “honradas” e destaques especiais naqueles
ministérios que são considerados os mais “nobres”. Quanta hipocrisia é possível
existir dentro de uma igreja é realmente difícil de se aferir. Mas os
abusadores adoram tudo isto e se divertem enquanto seguem impunes. Mas o SENHOR
vê tudo e certamente haverá um severo ajuste de contas na hora apropriada.
14. Uma das
formas mais medonhas de abuso espiritual é aquilo que podemos chamar de
esoterismo. Esta é a prática mediante a qual a verdadeira natureza dos
ensinamentos, da agenda que está sendo seguida e das práticas que são adotadas
é revelada somente para os mais “chegados” ou àqueles que progridem, de
forma verdadeira, dentro do movimento a que pertencem. O autor tem tido a
oportunidade de observar inúmeras denominações, algumas históricas inclusive,
onde o verdadeiro propósito e agenda é sustentar e
manter a boa vida da classe sacerdotal ou dominante. Milhares e milhares de
“formiguinhas” trabalham como escravos e contribuem para que um pequeno grupo
tenha tudo do bom e do melhor. No dia em que estes verdadeiros “escravos” do
século XXI acordarem, e se derem conta de que não precisam dos “faraós”, este
será um verdadeiro dia de glória.
15. Amor
condicional é outro método favorito dos pastores abusadores. Só recebem amor aqueles que se enquadram
perfeitamente dentro da vontade absoluta do abusador. Todos os outros são
tratados com desdém e desprezo visível até por quem está apenas visitando o
trabalho.
16. Abusadores
exigem que qualquer pessoa que queira progredir na hierarquia que comandam,
precisa, acima de tudo, ser um excelente modelo quando o assunto é
contribuição. Posições de liderança são rigorosamente reservadas a pessoas
que podem contribuir mais financeiramente.
Diante desta
lista, verdadeiramente abominável, chega a ser ridículo perguntarmos por que as
igrejas vão mal e estão tão enfermas. A resposta não precisa ser buscada na
existência de demônios territoriais, inimigos da cruz nem em “irmãos
insubmissos”. A resposta para muitos dos males que existem na igreja moderna
passa pela qualidade da liderança existente. Passa pela triste constatação de
que os abusadores não estão preocupados com o Povo de Deus e sim com seus
próprios interesses. Se desejamos uma nova Reforma, a mesma precisa começar,
necessariamente, pela remoção de líderes abusadores e sua substituição por
verdadeiros líderes que sejam pastores-servos a serviço do Povo de Deus.
Conclusão.
Creio que chegou
a hora de praticarmos uma verdadeira defenestração (3), espiritual é
claro, arrancando as máscaras dos pretensos “ungidos do Senhor”; virando as
costas e dando adeus aos “faraós modernos” e abandonando por completo aqueles
que se especializaram em, abusar de todos nós. O autor não tem nenhuma dúvida que
a vasta maioria dos problemas que enfrentamos na Igreja do século XXI, está
diretamente relacionada às lideranças canhestras que se encastelaram nas
posições de liderança das igrejas de todas as denominações, o que lhes permite
manter, com mão de ferro, o absoluto controle sobre o Povo de Deus. Precisamos,
urgentemente, pedir que Deus suscite uma nova geração de pastores que possuam
genuínos corações de servos. Corações que estejam realmente no servir o povo de
Deus e não em serem servidos. E, por favor, vamos aprender de uma vez por
todas, que igrejas e ministérios multimilionários, não servem realmente aos
propósitos de Deus de levar o evangelho a todas as pessoas deste mundo.
O Que
Fazer?
O autor gostaria
de agradecer a um leitor que me escreveu e sugeriu que eu procurasse oferecer
algumas alternativas práticas às graves situações que costumo discutir em meus
artigos. Então, atendendo à sugestão recebida, aqui vão algumas atitudes
práticas para se livrar de situações de abuso espiritual.
Caso o leitor esteja
vivendo uma situação como as descritas neste trabalho, o autor gostaria de
sugerir alguns passos práticos para ajudá-lo a se livrar deste emaranhado de
coisas:
1. Saiba que
nada que será dito a seguir é fácil de ser colocado em prática devido a todos
os mecanismos de dominação e controle que existem e que estão disponíveis aos
pastores e igrejas abusadoras. Todavia, vale à pena tentar.
2. Em primeiro
lugar você precisa entender como verdade bíblica, que não existem pastores que
sejam “ungidos do Senhor” de uma forma especial. Precisa entender que você,
a simples ovelha, recebeu de Deus mesmo, uma unção que é exatamente igual a que
um pastor recebeu. Portanto não se sinta intimidado nem amedrontado diante
das ameaças. Pastores são tão mortais quanto todos nós, mesmo que gostem de
pensar de si mesmos mais do que convém – ver Romanos 12:3.
Discordar de um pastor abusador pode não ser fácil, mas não trará as conseqüências anunciadas pelo abusador e seus seguidores.
3. Depois você
precisa entender que não existe uma diferença de posição quando se compara a
um pastor. A simples ovelha e o mais “exaltado” dos pastores estão
exatamente na mesma posição: ambos estão “em Cristo”. Não existe, portanto,
nenhuma diferença na posição. Pastores não estão em posições mais elevadas
ao passo que as ovelhas estão em posições mais inferiores. Isto não existe, é
uma invenção de homens maldosos e aproveitadores. Todos os crentes estão em uma
e mesma posição: estamos todos EM CRISTO. Ver Efésios 4:11/16.
4. Precisa
entender também que a mesma consideração e respeito que você deve ao irmão-pastor
é exatamente a mesma que você deve a todos os outros irmãos. Por outro lado, os
pastores devem exatamente a mesma consideração e respeito a todos os irmãos,
sem exceção. Ver a lista de mandamentos de reciprocidade no final deste
artigo. Os mandamentos de reciprocidade precisam ser praticados por todos os
crentes, sejam eles ovelhas, sejam pastores. Note a quantidade de vezes que o
mandamento de amor recíproco é repetido. Lembre-se, abuso espiritual é fruto
absoluto da falta do amor de Deus na vida do abusador! Mesmo falando em nome de
Deus, pastores-abusadores não possuem o amor de Deus em seus corações.
5. Além disso,
precisa compreender que não existe nenhuma possibilidade de diálogo com um
pastor abusador. Eles estão irremediavelmente viciados pelo poder e pelo
prazer que o abuso provoca em suas mentes. Não perca tempo tentando argumentar.
Não adianta nada. Não vale à pena. Ouça as palavras do Senhor com relação aos
abusadores dos seus dias: Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se
um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco – Mateus 15:14. No
terceiro estudo desta série iremos analisar o confronto de Jesus com os
abusadores de seus dias.
6. Não, você
não irá para o Inferno se decidir abandonar o redil de um pastor abusador.
Ou mesmo se decidir abandonar uma igreja abusadora. Aliás, quero recomendar que
você faça exatamente isto. Não é uma decisão fácil, mas para seu próprio bem,
quanto antes você tomar esta decisão, melhor para você. Lembre-se, o Faraó não
gostava dos judeus, mas precisava deles! O pastor abusador não gosta de você,
mas ele precisa de você. Você não precisa de nenhum pastor abusador. De fato,
sem você não existe pastor abusador. Vire as costas e deixe ele se virar.
7. Você precisa estar
disposto a obedecer ao Senhor e a ignorar aqueles que, usando o nome do
Senhor, desejam somente escravizá-lo. Lembre-se, em todos os lugares onde o
Espírito do Senhor está existe verdadeira liberdade – ver II Coríntios 3:17.
Qualquer outra situação não passa de engodo para manter as pessoas cativas.
8. Lembre-se
também, que na grande maioria das vezes, pastores abusadores e seus
seguidores, agem de maneira completamente irracional. Agem como verdadeiros
pit-bulls, atacando sem nenhuma justificativa
plausível. Uma das maneiras mais comuns deste tipo de irracionalidade é tratar
as pessoas como se elas não existissem. Ai! Como dói um irmão de muitos
anos, de repente, virar o rosto e fingir que você não existe! Isto é o que eu
chamo de atitude irracional. Bem, deixe-me dizer isto bem alto: NÓS NÃO TEMOS NENHUMA OBRIGAÇÃO DE NOS RELACIONAR
COM PESSOAS IRRACIONAIS! Portanto, não se acanhe, tome uma decisão
definitiva, de banir de sua vida, de uma vez por todas, estas pessoas que te
tratam desta maneira.
9. Não adianta
insistir. Falar, argumentar e até mesmo implorar não surte nenhum efeito em
pessoas irracionais. Tentar convencê-los com argumentos lógicos irá apenas levar
você à exaustão. Lidar com pessoas que agem desta maneira é estar em uma
situação onde se é impossível vencer. Então, se você não pode vencer, pra
que perder tempo batalhando?
10. Faça tudo
que estiver ao teu alcance para evitar se ver aprisionado em situações em
que você não tem à mínima chance de vencer. Fuja destas situações.
11. Procure
alguma comunhão onde você possa ter suas feridas tratadas por um verdadeiro
pastor-servo. Minha convicção é que Deus, em Sua misericórdia, ainda tem muitos
homens deste calibre, espalhados por todos os lugares. Peça a orientação de
Deus. Dependa da força que o Senhor mesmo pode suprir. Decida servir
o Senhor livre de todos os impedimentos e tropeços que pastores abusadores
insistem em colocar no caminho dos filhos de Deus.
Desde a
publicação da primeira parte deste material, o autor tem recebido inúmeros
e-mails com verdadeiras histórias de horror. Histórias de manipulações
perversas, de distorções terríveis, de comportamentos inomináveis, de abusos
espirituais abomináveis. É nossa firme convicção de que o Deus verdadeiro
deseja conduzir suas ovelhas a pastos verdejantes, às águas de verdadeiro
refrigério. Talvez estes artigos sejam usados por Deus para abrir os olhos de
muitos, para que se libertem dos duros grilhões controlados por pastores e
igrejas abusadoras.
O autor gostaria
de pedir a todos os leitores que se unam a ele, em oração, ao Deus de toda
misericórdia e Pai de todas as consolações, para que nos envie tempos de
verdadeiro refrigério. Que o Senhor possa nos ajudar a reformar a igreja do
século XXI, começando pela urgente, urgentíssima, reforma das nossas lideranças
pastorais.
Apêndice
A
Passagens
Onde Ocorre a Expressão “Ungido do Senhor”
1º Samuel 24:6
- e disse aos seus homens: O
SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda
a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR. –
SAUL.
1º Samuel 26:9 - Davi, porém, respondeu a Abisai: Não
o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o
ungido do SENHOR - SAUL e fique inocente?
1º Samuel 26:16 - Não é bom isso que fizeste; tão certo como vive o SENHOR, deveis
morrer, vós que não guardastes a vosso senhor, o ungido do SENHOR - SAUL; vede, agora, onde está a lança do rei e a bilha da água, que tinha à sua
cabeceira.
1º Samuel 26:23
- Pague, porém, o SENHOR a
cada um a sua justiça e a sua lealdade; pois o SENHOR te havia entregado, hoje,
nas minhas mãos, porém eu não quis estendê-las contra o ungido do SENHOR
– SAUL.
2º Samuel 1:14
- Davi lhe disse: Como não
temeste estender a mão para matares o ungido do SENHOR? – SAUL.
2º Samuel 1:16 - Disse-lhe Davi: O teu sangue seja
sobre a tua cabeça, porque a tua própria boca testificou contra ti, dizendo:
Matei o ungido do SENHOR - SAUL.
2º Samuel 19:21
- Então, respondeu Abisai, filho de Zeruia, e disse:
Não morreria, pois, Simei por isto, havendo
amaldiçoado ao ungido do SENHOR? – DAVI.
Lamentações 4:20 - O fôlego da nossa vida, o ungido do
SENHOR, foi preso nos forjes deles; dele dizíamos:
debaixo da sua sombra, viveremos entre as nações.
Apêndice
B
Passagens
Onde Ocorre a Expressão “teu ungido”
II Crônicas 6:42 - Ah! SENHOR Deus, não repulses o teu ungido; lembra-te das
misericórdias que usaste para com Davi, teu servo.
Salmos 84:9 - Olha, ó Deus, escudo nosso, e
contempla o rosto do teu ungido.
Salmos 89:38 - Tu, porém, o repudiaste e o
rejeitaste; e te indignaste com o teu ungido.
Salmos 89:51 - com que, SENHOR, os teus inimigos têm vilipendiado, sim,
vilipendiado os passos do teu ungido.
Salmos 132:10 - Por amor de Davi, teu servo, não desprezes
o rosto do teu ungido.
Habacuque 3:13 - Tu sais para salvamento do teu
povo, para salvar o teu ungido; feres o telhado da casa do perverso e lhe
descobres
Apêndice
C
Passagens
Onde Ocorre a Expressão “meu ungido”
1º Samuel 2:35 - Então, suscitarei para mim um
sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente;
edificar-lhe-ei uma casa estável, e andará ele diante do meu ungido para
sempre.
Salmos 132:17 - Ali, farei brotar a força de
Davi; preparei uma lâmpada para o meu ungido.
Apêndice
D
Passagens
Onde Ocorre a Expressão “seu ungido”
1º Samuel 2:10 - Os que contendem com o SENHOR são quebrantados; dos céus
troveja contra eles. O SENHOR julga as extremidades da terra, dá força ao seu
rei e exalta o poder do seu ungido.
1º Samuel 12:3 - Eis-me aqui, testemunhai contra mim perante o SENHOR e
perante o seu ungido: de quem tomei o boi? De quem tomei o jumento? A quem
defraudei? A quem oprimi? E das mãos de quem aceitei suborno para encobrir com
ele os meus olhos? E vo-lo restituirei.
1º Samuel 12:5 - E ele lhes disse: O SENHOR é
testemunha contra vós outros,
e o seu ungido é, hoje, testemunha de que nada tendes achado nas minhas mãos. E
o povo confirmou: Deus é testemunha.
1º Samuel 16:6 - Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe
e disse consigo: Certamente,
está perante o SENHOR o seu ungido.
1º Samuel 26:11 - O SENHOR me guarde de que eu estenda a mão contra o seu
ungido; agora, porém, toma a lança que está à sua cabeceira e a bilha da água,
e vamo-nos.
2º Samuel 22:51 - É ele quem dá grandes vitórias ao seu rei e usa de
benignidade para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre.
Salmos 2:2 - Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram
contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo:
Salmos 18:50 - É ele quem dá grandes vitórias ao seu rei e usa de
benignidade para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre.
Salmos 20:6 - Agora, sei que o SENHOR salva o
seu ungido; ele lhe responderá do seu santo céu com a vitoriosa força de sua
destra.
Salmos 28:8 - O SENHOR é a força do seu povo, o refúgio salvador do seu
ungido.
Isaías 45:1 - Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo
pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os
lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fecharão.
Actos 4:26 - Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades
ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido.
Apêndice
E
Lista
dos Mandamentos de Reciprocidade
Romanos 12:10 - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos
outros.
Romanos 13:8 - A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com
que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a
lei.
Romanos 14:13 - Não nos julguemos mais uns aos
outros; pelo contrário, tomai o propósito de não
pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.
Romanos 15:7 - Portanto,
acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória
de Deus.
Romanos 15:14 - E certo estou, meus irmãos, sim,
eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo
o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros.
Romanos 16:16 - Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam.
I Coríntios 16:20
- Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos
uns aos outros com ósculo santo.
II Coríntios 13:12
- Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.
Gálatas 5:26 - Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos
outros, tendo inveja uns dos outros.
Efésios 4:2 - com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos
uns aos outros em amor.
Efésios 4:32 - Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.
Efésios 5:21 - sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.
Colossenses 3:9 - Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus
feitos
Colossenses 3:13 - Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim
como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;
I Tessalonicenses 4:9
- No tocante ao amor fraternal, não há
necessidade de que eu vos escreva, porquanto vós mesmos estais por Deus
instruídos que deveis amar-vos uns aos outros;
I Tessalonicenses 4:18
- Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.
I Tessalonicenses 5:11
- Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.
Hebreus 10:24 - Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor
e às boas obras.
Tiago 5:16 - Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados.
Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.
I Pedro 1:22 - Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à
verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos,
de coração, uns aos outros ardentemente.
I Pedro 4:10 - Servi uns aos outros,
cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça
de Deus.
I Pedro
5:14 - Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Paz a todos vós que vos achais em Cristo.
1ª João 3:11 - Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta:
que nos amemos uns aos outros.
1ª João 3:23 - Ora, o seu mandamento é este: que creiamos em o nome de
seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o
mandamento que nos ordenou.
1ª João 4:7 - Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor
procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
1ª João 4:11 - Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.
1ª João 4:12 - Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.
2ª João 1:5 - E agora, senhora, peço-te, não
como se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o princípio: que
nos amemos uns aos outros.
(1) Todas as citações bíblicas neste artigo são da versão
de Almeida Revista e Atualizada (ARA) publicada pela Sociedade Bíblica do
Brasil a menos que outra tradução seja indicada.
(2) Benny Hinn declarou ter visitado os túmulos de Aimee
Semple McPherson fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular e de Katherine
Kuhlman, evangelista que lotou por cerca de 20 anos o grande auditório
“Carnegie Hall” em Ohio com suas mensagens acerca de cura divina.
(3) Defenestração significa: lançar pessoa ou objeto pela
janela afora. A palavra possui um contexto histórico que é conhecido como a
“Defenestração de Praga” ou "Der Prager Fenstersturz", quando, após a
Reforma, em 1618, o povo lançou para fora das janelas os líderes
político-religiosos de Praga. Foi este evento que ensejou a mais conhecida “Paz
de Westfália” que deu fim à famigerada “Guerra dos Trinta Anos”. Este
é o motivo porque qualifiquei a mesma como uma atitude espiritual. Não queremos
ninguém sendo literalmente lançado para fora pela janela; não é mesmo?
São Paulo – Brasil – Maio de 2007
Estudos
bíblicos sem fronteiras teológicas