Salmo – 18 (17)
18.1 Eu te amo, ó Senhor, força
minha.
18.2 O Senhor é a minha rocha, a
minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem me
refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio.
18.3 Invoco o Senhor, que é digno de
louvor, e sou salvo dos meus inimigos.
18.4 Cordas de morte me cercaram, e
torrentes de perdição me amedrontaram.
18.5 Cordas de Seol
me cingiram, laços de morte me surpreenderam.
18.6 Na minha angústia invoquei o
Senhor, sim, clamei ao meu Deus; do seu templo ouviu ele a minha voz; o clamor
que eu lhe fiz chegou aos seus ouvidos.
18.7 Então a terra se abalou e
tremeu, e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto
ele se indignou.
18.8 Das suas narinas subiu fumaça,
e da sua boca saiu fogo devorador; dele saíram brasas ardentes.
18.9 Ele abaixou os céus e desceu;
trevas espessas havia debaixo de seus pés.
18.10 Montou num querubim, e voou;
sim, voou sobre as asas do vento.
18.11 Fez das trevas o seu retiro
secreto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as espessas
nuvens do céu.
18.12 Do resplendor da sua presença
saíram, pelas suas espessas nuvens, saraiva e brasas de fogo.
18.13 O Senhor trovejou a sua voz; e
havia saraiva e brasas de fogo.
18.14 Despediu as suas setas, e os
espalhou; multiplicou raios, e os perturbou.
18.15 Então foram vistos os leitos
das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, à tua repreensão,
Senhor, ao sopro do vento das tuas narinas.
18.16 Do alto estendeu o braço e me
tomou; tirou-me das muitas águas.
18.17 Livrou-me do meu inimigo forte
e daqueles que me odiavam; pois eram mais poderosos do que eu.
18.18 Surpreenderam-me eles no dia
da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo.
18.19 Trouxe-me para um lugar
espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim.
18.20 Recompensou-me o Senhor
conforme a minha justiça, retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos.
18.21 Pois tenho guardado os
caminhos do Senhor, e não me apartei impiamente do meu Deus.
18.22 Porque todas as suas
ordenanças estão diante de mim, e nunca afastei de mim os seus estatutos.
18.23 Também fui irrepreensível
diante dele, e me guardei da iniquidade.
18.24 Pelo que o Senhor me
recompensou conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante
os seus olhos.
18.25 Para com o benigno te mostras
benigno, e para com o homem perfeito te mostras perfeito.
18.26 Para com o puro te mostras
puro, e para com o perverso te mostras contrário.
18.27 Porque tu livras o povo
aflito, mas os olhos altivos tu os abates.
18.28 Sim, tu acendes a minha
candeia; o Senhor meu Deus alumia as minhas trevas.
18.29 Com o teu auxílio dou numa
tropa; com o meu Deus salto uma muralha.
18.30 Quanto a Deus, o seu caminho é
perfeito; a promessa do Senhor é provada; ele é um escudo para todos os que
nele confiam.
18.31 Pois, quem é Deus senão o
Senhor? E quem é rochedo senão o nosso Deus?
18.32 Ele é o Deus que me cinge de
força e torna perfeito o meu caminho;
18.33 faz
os meus pés como os das corças, e me coloca em segurança nos meus lugares
altos.
18.34 Adestra as minhas mãos para a
peleja, de sorte que os meus braços vergam um arco de bronze.
18.35 Também me deste o escudo da
tua salvação; a tua mão direita me sustém, e a tua clemência me engrandece.
18.36 Alargas o caminho diante de
mim, e os meus pés não resvalam.
18.37 Persigo os meus inimigos, e os alcanço; não volto senão depois de os ter consumido.
18.38 Atravesso-os, de modo que
nunca mais se podem levantar; caem debaixo dos meus pés.
18.39 Pois me cinges de força para a
peleja; prostras debaixo de mim aqueles que contra mim se levantam.
18.40 Fazes também que os meus
inimigos me dêem as costas; aos que me odeiam eu os destruo.
18.41 Clamam, porém não há
libertador; clamam ao Senhor, mas ele não lhes responde.
18.42 Então os esmiúço como o pó
diante do vento; lanço-os fora como a lama das ruas.
18.43 Livras-me das contendas do
povo, e me fazes cabeça das nações; um povo que eu não conhecia se me sujeita.
18.44 Ao ouvirem de mim, logo me
obedecem; com lisonja os estrangeiros se me submetem.
18.45 Os estrangeiros desfalecem e,
tremendo, saem dos seus esconderijos.
18.46 Vive o Senhor; bendita seja a
minha rocha, e exaltado seja o Deus da minha salvação,
18.47 o Deus
que me dá vingança, e sujeita os povos debaixo de mim,
18.48 que
me livra de meus inimigos; sim, tu me exaltas sobre os que se levantam contra
mim; tu me livras do homem violento.
18.49 Pelo que, ó Senhor, te louvarei entre as nações, e entoarei louvores ao teu
nome.
18.50 Ele dá grande livramento ao seu rei, e usa
de benignidade para com o seu ungido, para com David e sua posteridade, para
sempre.
Estudos
bíblicos sem fronteiras teológicas