Vinho na Santa Ceia – Comentários recebidos

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Para compreender estas mensagens, leia primeiro (caso ainda não tenha lido), o artigo Vinho na Santa Ceia (CC)

 

David Oliveira – Goiânia, Brasil

Uma vez, li um livro em que o autor fez referência a um pastor que estava indo para a ceia em sua igreja. No caminho, teve a seguinte “revelação”: a ceia deveria ser feita em obediência máxima à Páscoa dos judeus, de acordo com a Lei. Não deveria ter vinho, porque “continha fermento” e o pão seria também sem fermento. Como já estava perto do culto e tinha que levar os elementos da ceia, comprou logo o suco de uva, mas o pão seria o mesmo que sempre utilizavam nas ceias: com fermento, pois não achara o outro pão. Em fim, fizeram uma “ceia mista”, pois além do pão conter fermento, ele se esqueceu de que em sucos de uvas podem ter uma série de aditivos químicos como Corantes, Aromatizantes, Conservantes Antioxidantes Estabilizantes e Acidulantes.

Uma das maiores dificuldades da Igreja do Senhor Jesus é a sua desvinculação com o judaísmo e com a Lei e os profetas do Velho Testamento. Mesmo com tantos ensinos apostólicos e palavras de nosso Senhor, como a que está em Lucas 16:16 A lei e os profetas duraram até João Batista, ainda há essa teima de retroceder à escravidão.

Todos aqueles, pois, que são das obras da lei, estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las. Gálatas 3:10.

 

 

José Mário Carneiro - Médico cirurgião brasileiro de Olinda, actualmente em estágio para doutoramento em França.

Acredito que o maior problema continua sendo querer comparar a Bíblia (livro espiritual de um povo numa determinada época), a uma obra científica.

Passagens mosaicas, como a proibição da carne de porco para um povo que atravessava o deserto sem condição frigorífica para manter um alimento de deterioração proteica rápida foi, sem dúvida, uma espetacular medida de saúde pública.

Por outro lado, quando Jesus comeu sem lavar as mãos e falou que o problema é o que sai da boca do homem não pode, em nenhuma hipótese médica, ser considerado como um exemplo de prevenção a ser seguido. Ora, o contexto deve, e só deve, ser interpretado à época. Provavelmente, hoje, Ele usaria outra frase de efeito.

Jesus foi um espetacular transgressor dos costumes judaicos. Precisava sê-lo para aposicionar novos ideais profundamente contrastantes de guerra e amor, temor (que se impõe) e obediência (que se conquista), hipocrisia e verdade.

O Filho do Homem foi às lágrimas quando encontrou seu amigo Lázaro morto. Cristo o ressuscitou.

O alimento a que somente Cristo tinha acesso oposicionava ao Homem que gostava de vinho. Era necessário aproximar-se dos rudes comendo o que eles comiam (muitos missionários devem ter feito isto) e bebendo o que eles bebiam.

Esta dualidade Deus e Homem, mantinha a Unidade em harmonia e equilíbrio.

O combate à hipocrisia me leva a acreditar que Jesus tomou VINHO e pode até ter comido alimentos proibidos na Sua Ceia Pascal.

O êxtase de Pedro antes de ir à casa de Cornélio promove uma boa visualização das Novas Recomendações.

Quando Paulo aconselhou vinho a Timóteo, demonstra que eles (os apóstolos), tinham conhecimento das propriedades anti-radicais livres do vinho (propriedades quase inexistentes no suco de uva). Estando eles cheios do Espírito Santo…

 

 

Estudos bíblicos sem fronteiras teológicas