A Palavra é Jesus (OC)
(Deverá “clicar” nas referências
bíblicas, para ter acesso aos textos)
É na Bíblia que se encontra a mensagem divina para a Humanidade,
mas essa mensagem é o Cristo de Deus, o Messias, Aquele que as Sagradas Escrituras
põem em evidência. De facto, Ele é o personagem central da Bíblia. O Antigo
Testamento consiste numa introdução à revelação histórica do Filho de Deus. E,
no Novo Testamento, a partir de Actos dos Apóstolos, encontramos a projecção do
Cristo.
No centro, nos evangelhos, temos a grande manifestação do Verbo
eterno que é a Palavra viva do próprio Deus. Ele é, pois, a Palavra de Deus na
sua máxima expressão, pois é Palavra de Graça, de Autoridade, Palavra Eterna,
Espírito e Vida, é Deus comunicando-Se. Mateus 24:35 Lucas 4:22 e 32 João 1:1 e 14, João 6:63, João 17:8, João 17:17, 1ª João 5:7 e Apocalipse 19:13
Nos quatro Evangelhos se transmite a Boa-Nova, a essência da
mensagem libertadora que Jesus incarnou e proclamou. Essa mensagem foi, desde
logo, posta em causa por quem pretendia sobrepôr-lhe
tradições Marcos 7:13,
mas ao mesmo tempo essa mensagem produz efeitos maravilhosamente positivos
naqueles que a recebem. João 6:68 e João 8:51.
Jesus é o “grão de trigo” que, ao morrer, dá muito fruto. Lucas 8:11. E ao
apresentar-Se assim, como semente viva que morre para frutificar, Cristo aponta
para o Calvário, onde se entregaria para a redenção do Homem. E é esta semente
que tem de continuar a ser espalhada pelos cristãos. Cristãos
no sentido em que sê-lo significa estar em Cristo, nascendo n’Ele para a
vida eterna. Cristãos que são novas pessoas, que se desenvolvem através da
adopção do estilo de vida de Jesus Cristo e pela valorização e imitação de tudo
o que caracterizou a Sua personalidade humana.
Tem havido “cristãos” judaizantes, comprometidos com concepções
judaicas obsoletas. E tem havido também “cristãos” apostolizantes, isto é,
imitadores de Paulo, de Pedro, de Maria e de outras figuras dos tempos
apostólicos. Mas ser cristão é seguir a Cristo, vinculando-se a Ele, que é a
Pedra, pedra viva, pedra de toque. 1ª Pedro 2:4 Ou
seja: Tudo deve ser aferido pelo Seu ensino e pelo seu exemplo.
Os Profetas e os Apóstolos (no Antigo e no Novo Testamentos) são
documentos fidedignos, são história, são cânticos, são cartas, são exortações.
São, afinal, o antecedente e o consequente de Jesus. Há muito neles de proveito
e até aplicação actual. Mas não é tudo. O que os cristãos primitivos disseram e
fizeram, mostra-nos que é preciso dar continuidade a Cristo, hoje, como eles Lhe deram no seu tempo. Mostra-nos que é preciso
redescobrir Jesus e reproduzi-Lo, vivê-Lo nos nossos dias, em termos e em
condições do nosso presente histórico e sócio-cultural.
Há, pois, que trazer Cristo para o nosso tempo. É necessário que
nós O expressemos em termos actuais. Por exemplo: falar de ósculo santo, véu na
cabeça, comer ou não comer sangue, silenciar a mulher na igreja, usar cabelo
curto ou comprido, ungir doentes com óleo, enaltecer o celibato etc., pode
significar pouco ou nada, actualmente, em termos normativos. Pedro, Paulo,
João, Tiago, tiveram as suas experiências pessoais de conhecer Cristo, de O
interpretar, e deram recomendações, sugestões e até ordens à luz das
circunstâncias específicas da sua época. O que eles fizeram foi dar o seu
testemunho, dar sequência à mensagem de Cristo, dar continuidade ao Evangelho.
Cumpre-nos a nós, cristãos de hoje, volvidos que são já dois mil
anos, continuar a fazer a história do Cristianismo, a dar também sequência aos
evangelhos, a realizar os nossos actos e a escrever as nossas epístolas. Pedro,
Tiago e João já passaram. Mas Jesus Cristo não passou. Ele é sempre actual. É
de hoje e para hoje, porque é a Palavra de Deus eterna, sempre actualizada. É o
Alfa e o Ómega.
Ele tem a última palavra. Ele é a palavra final, o “metro-padrão”
que serve de critério único e todo suficiente no que concerne à doutrina e à
ética cristãs. Ao ser e ao proceder.
Para além das religiões, das tradições e das múltiplas confusões,
uma só verdade existe. Jesus afirmou: Eu sou... a verdade... De que mais
precisamos nós ? Ou, no dizer dos discípulos, outrora:
Para quem iremos nós ..... ? João 6:68 e João 14:6.
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