Maomé (ár. Muhammad) e Jesus (ár. Issá) (YA) (1)
Dois grandes Profetas de Deus (paz esteja
com eles)
(Deverá
“clicar” nas referências, para ter acesso aos textos)
Ao longo da
História, as relações entre o Cristianismo e o Islão têm sido frequentemente
caracterizadas pelo equívoco, pela rivalidade e por uma acostumada hostilidade.
Tais tensões conduziram ao cúmulo dos despropósitos, caracterizado pelas
Cruzadas.
No actual
Mundo pós o 11 de Setembro, há o perigo do reinício e propagação destes mesmos
equívocos, rivalidades e hostilidades, dado o facto de extremistas de ambos os
lados estarem convictos de que Cristianismo e Islão opõem-se radicalmente um ao
outro. Semelhantes alegações apenas poderão ser superadas por um esforço
continuado a favor do diálogo, promotor do entendimento e da reconciliação.
Apenas um intercâmbio sincero e honesto poderá dar origem ao entendimento, o
qual possibilitará que Cristãos e Muçulmanos, juntamente com os Judeus,
coabitem pacificamente no século XXI.
O presente
artigo abordará, em concreto, o diálogo Muçulmano-Cristão, realçando que, na
visão inspirada pelos nossos grandes e sagrados fundadores, Jesus e Muhammad
(paz esteja com eles), podemos descobrir que possuímos muito mais em comum do
que a separar-nos. Caso Jesus e Muhammad tivessem vivido na mesma época, e se
tivessem conhecido de facto, pelo que sabemos deles, parece-nos que se teriam
reconhecido, não como rivais, mas sim como amigos. Foram quatro, os fragmentos
temáticos que encontramos nos Evangelhos e no Sagrado Alcorão que nos convencem
de que os ensinamentos de ambos foram inspirados pela mesma fé e visão
fundamentais para a Humanidade.
Em primeiro
lugar, está claro no Novo Testamento e no Alcorão que Jesus e Muhammad (paz
esteja com eles) foram os amados de Deus. Na tradição Islâmica são
vários os títulos honoríficos pelos quais o Profeta Muhammad (s.a.w.) é conhecido. Por exemplo, é conhecido como Abdullah – “o servo de Deus”, sendo também conhecido pelo nome de Mustafa, “o eleito”; Ahmed, “o
que louva”, é um outro título
comummente utilizado. O nome pelo qual é mais frequentemente conhecido é o de Rassul – o Mensageiro.
Para além destes quatro títulos, é também conhecido por habib ou “o amado por Deus”.
Do mesmo
modo, também Jesus (a.s.) é referido no Novo
Testamento como o amado por Deus. Por exemplo, em Mateus 3:16/17,
quando Jesus (a.s.) é baptizado por João Baptista,
lemos o seguinte:
Baptizado que foi Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe
abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre
ele. E uma voz dos céus dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual pus toda a
Minha complacência”.
Esta mesma
cena repete-se nos Evangelhos de Lucas e de Marcos, servindo para reforçar a convicção
de que Jesus (a.s.) é, de facto, o amado por Deus.
Assim, tanto para Cristãos, como para Muçulmanos, os seus fundadores são
reconhecidos como os amados por Deus. O que daqui se pode deduzir é que, para
os que amam a Deus, sejam Muçulmanos ou Cristãos, é de grande importância amar
a Jesus (a.s.) e amar a Muhammad (s.a.w.).
Para Deus, não existe rivalidade entre eles; ambos são por Si amados. Assim
sendo, os que afirmam ser seus seguidores, deverão ter o mesmo respeito e amor
para com ambos.
Historicamente,
os Muçulmanos demonstraram um maior respeito para com Jesus do que o revelado
pelos Cristãos para com Muhammad. Os Muçulmanos estão muito bem informados a
respeito da vida de Jesus, e é com imenso respeito que se fala dele ao longo de
todo o Alcorão. O mesmo não se verificou relativamente à atitude tradicional
dos Cristãos para com Muhammad ao longo da História. Infelizmente, alguns
destes preconceitos continuam presentes em alguns dos ambientes e sectores de
hoje. Isto deve-se, em grande parte, à insuficiente e inadequada informação a
respeito de Muhammad e da sua vida. Um melhor conhecimento da vida do Profeta
Muhammad (s.a.w.) pode ser de grande utilidade para
ajudar os Cristãos a compreender porque motivo também
ele é conhecido pelo nome de “o amado por Deus” – al habib.
Uma outra
similitude entre Jesus e Muhammad é evidente na sua firme e inflexível
perspectiva sobre a justiça social. Ambos reconheceram as desigualdades e
injustiças existentes nas respectivas sociedades em que se inseriam, e ambos
foram fervorosos defensores dos pobres, das viúvas e dos órfãos. Por exemplo,
no Alcorão Deus fala por intermédio do Seu mensageiro, Muhammad (s.a.w.), dizendo o seguinte: As esmolas são somente para os pobres e
necessitados, para os funcionários empregados na sua administração, para
aqueles cujos corações têm de ser reconciliados, para libertar os escravos e os
devedores, para a causa de Deus e para os viajantes; isso é um preceito emanado
de Deus, e Deus é Sábio e Prudente.
Alcorão 9:60
Tendo por
base fragmentos como o em cima citado, o conceito de zakat
(esmola) passou a ser um dos cinco pilares do Islão, tornando-se, desse modo,
um acto de devoção obrigatório a todo o Muçulmano. O sentido de igualdade entre
todas as pessoas que deriva deste princípio é um dos fundamentos chave do
Islão. O mesmo está também exemplificado nas diversas Sunnah
(4) e Ahadices (5) do Profeta
Muhammad (s.a.w.); por exemplo, a honra por si
concedida a abissínio Bilal, ao convidá-lo
pessoalmente para ser o primeiro a entoar as palavras do adzan
(6), convocando os Muçulmanos para a oração. Este foi um
gesto verdadeiramente revolucionário para o lugar e para a época em que foi
praticado.
Um outro
exemplo da Sunnah (4), tal como foi
novamente narrado por Karen Armstrong no seu livro “Muhammad”, é a
história de um homem pobre que havia cometido um crime menor e a quem foi dito
que desse esmola aos pobres como penitência pelo que fizera. No exacto momento
em que o homem disse ao Profeta (s.a.w.) que nada
possuía para dar, levaram uma cesta de tâmaras à Mesquita como presente para
Muhammad (s.a.w.). Perante a resposta do homem, o
Profeta (s.a.w.) deu-lhe a cesta, sugerindo-lhe que
distribuísse as tâmaras pelos pobres. O homem respondeu-lhe que não conhecia
ninguém mais pobre do que ele, o que causou o riso de Muhammad (s.a.w.), que lhe disse para que ele mesmo comesse as
tâmaras, como penitência.
Tal como
Muhammad (s.a.w.), também Jesus (a.s.)
falou frequentemente a favor dos pobres e dos desfavorecidos. O famoso ensino
das bem-aventuranças, que fazem parte do Sermão da Montanha, são disso exemplo. Um outro exemplo encontra-se no Evangelho de
Lucas, capítulo IV, onde o Profeta Jesus (a.s.) usa
as palavras do Profeta Isaías para referir-se a si mesmo, conforme é possível
ler-se no manuscrito:
O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para
anunciar a Boa Nova aos pobres, enviou-me a proclamar a libertação aos cativos
e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a
proclamar um ano favorável da parte do Senhor. Depois, enrolou o manuscrito e começou a
falar-lhes: “Hoje, esta Escritura cumpre-se perante
vós”. Lucas 4:16/20
Jesus (a.s.) não só pregou esta enérgica mensagem de amor e
justiça para com todos os membros mais marginalizados da sociedade, como também
a colocou em prática com os seus próprios gestos. Os quatro Evangelhos fazem
frequentemente referência à especial compaixão de Jesus (a.s.)
para com os doentes, os pobres, os esquecidos e repudiados pela sociedade. Além
disso, em Mateus
25:31/46, sugere que os seus discípulos sejam conhecidos e julgados pelos
seus actos a alimentar o pobre, vestir o desnudo e visitar o doente e o
prisioneiro. De facto, sempre que alguém realiza um destes actos até para com o
“mais pequeno” dos seus
irmãos, é como se o estivesse a fazer para com o próprio Jesus. Possivelmente,
é esta a razão pela qual o Alcorão honra e respeita Jesus (a.s.).
O seu sentimento de caridade e justiça, muito mais enraizado na justiça
proclamada pelos Hebreus, encontra-se totalmente em harmonia com a visão de
justiça instruída e praticada pelo Profeta Muhammad (s.a.w.).
Uma terceira
faceta por ambos partilhada é o seu amor para com
Deus. Jesus (a.s.) referiu-se a Deus como abba, palavra aramaica que significa “pai”, e
Muhammad (s.a.w.) dirigiu-se a Deus como Allah, a palavra árabe para Deus. Para ambos, Deus
era o centro das suas vidas, tendo sempre vivido profundamente conscientes do
poder e da presença de Deus e de si próprios enquanto amados por Deus. Os
Evangelhos fazem frequentemente referência a Jesus (a.s.)
como caminhando enquanto reza – no deserto, na montanha ou num jardim (caso do
Jardim dos Olivais, onde rezou na noite que precedeu o seu castigo na cruz). O
escritor espiritual Anthony Padavano diz-nos o
seguinte:
Ele reza a todo o momento, em qualquer ocasião, todo o dia,
durante a noite, enquanto está na água, perdido nas montanhas, sozinho no
templo, abandonado no jardim, na cena com os seus amigos, ao longo de toda a
terrível experiência da cruz. (Retirado do seu livro “Dawn without Darkness” – “Amanhecer
sem escuridão”). A fortaleza do ministério de Jesus (a.s.)
foi a relação que o próprio cultivou com Deus por meio da oração. Jesus (a.s.) foi um homem de Deus porque era um homem de oração.
Do mesmo modo,
também o Profeta Muhammad (s.a.w.) é reconhecido por
todos os seus seguidores como alguém profundamente consciente de Deus e da
oração. A própria revelação do Alcorão deu-se quando Muhammad (s.a.w.) estava a orar no Monte Hirah,
e os dois grandes momentos de epifania que teve o privilégio de receber, i.e.,
a Noite da Ascensão (laylat al-mi'raj)
(10) e a Noite do Poder (laylat
al-qadr)(10), são exemplos da profunda devoção e da profunda
intensidade da sua oração. De facto, acerca da Noite do Poder, o Alcorão
diz-nos o seguinte: “A
Noite do Poder é melhor do que mil meses”. A prática da salat (9) cinco vezes ao dia tem como objectivo consciencializar
todos os Muçulmanos de Deus a todas as horas do dia, seguindo, assim, o exemplo
do Profeta Muhammad (s.a.w.) na sua profunda devoção
a Deus e na sua consciência de Deus, que tudo abrange. Para além das cinco
orações diárias, existe uma oração conhecida por du'a,
a qual corresponderia mais ao que os Cristãos conhecem por orações
suplicatórias. São várias as tradições existentes na Sunnah
(4) e nos Ahadice (5) acerca da
dedicação de Muhammad (s.a.w.) em orar durante várias
e diferentes alturas do dia e os longos períodos de tempo que dedicou à salat (9). Assim como
com Jesus (a.s.), o ritmo da vida diária de Muhammad
(s.a.w.) baseava-se na oração, na devoção e na
consciência de Deus. Que a paz esteja com os dois.
Uma quarta
característica partilhada por Jesus (a.s.) e Muhammad
(s.a.w.) foi o respeito pela igualdade das
mulheres. Viveram ambos numa cultura predominantemente patriarcal, em que
as mulheres eram gravemente subjugadas, tinham poucos direitos e eram
frequentemente tratadas de forma severa e injusta. Ao saírem em defesa dos
direitos das mulheres, Jesus (a.s.) e Muhammad (s.a.w.) opuseram-se às normas predominantes das suas
respectivas heranças religiosa e cultural. Verificamos, por exemplo, no modo
como Jesus (a.s.) se relacionou com as mulheres, um
ensino completamente revolucionário para a época. Ele falava com as mulheres,
tratando-as sempre com o respeito e a dignidade que mereciam. É uma mulher,
Maria Madalena, que é conhecida como tratando-se de uma das suas seguidoras
mais próximas, e foi a ela que Jesus (a.s.) confiou a
tarefa de informar os restantes discípulos de que havia ascendido aos Céus. Na
compreensão de Jesus (a.s.) acerca do Reino de Deus,
homens e mulheres são iguais.
Também o
Profeta Muhammad (s.a.w.) se opôs veemente às normas
predominantes do seu tempo relativamente às mulheres. No capítulo quarto do
Alcorão, Deus recorda o seguinte aos crentes: Ó humanidade! Temei o vosso
Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de
ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres. Temei a Deus, em nome do
Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços de parentesco. Na
verdade, Deus observa-vos. Alcorão 4:1
Para além
deste versículo do Alcorão, existe um hadice (8) no qual
Muhammad (s.a.w.) diz que as mulheres são a metade gémea do homem. A reunião destes ensinamentos são
a prova convicta da essencial igualdade existente entre homens e mulheres,
conforme foi revelada a Muhammad (s.a.w.). É este
reconhecimento de igualdade que está na base de várias das leis da Shariah (7) que protegem os direitos das mulheres. Existem, por
exemplos, leis que protegem o direito feminino à herança, ao divórcio, a votar
e a dirigir uma repartição, o direito da mulher a uma pensão alimentícia, mesmo
após a separação, e leis estritas que limitam a poligamia.
De facto, uma das principais razões para
limitadas condições sob as quais a poligamia podia ser praticada era a
protecção de muitas viúvas e órfãos, que viviam sem esposo ou pai na violenta
sociedade da Arábia do século VII.
Embora por
vezes o Islão seja criticado por ser opressivo para com a mulher, o facto é que
os ensinamentos e o exemplo do Profeta Muhammad (s.a.w.)
demonstram algo completamente diferente. Muhammad (s.a.w.),
tal como Jesus (a.s.), ao defender os direitos da
mulher opôs-se às normas culturais de então. Normalmente, foram os seguidores
de Muhammad (s.a.w.) e de Jesus (a.s.)
que entenderam mal ou deturparam a verdadeira natureza do ponto de vista de um
e do outro a respeito da mulher e do seu legítimo papel na sociedade e
respectiva religião.
Indubitavelmente,
existem outras afinidades entre as vidas destes dois grandes Mensageiros de
Deus que podem ser referidas e, certamente, existem algumas diferenças;
contudo, as quatro semelhanças mencionadas – amados por Deus, defensores dos
pobres, devoção pela oração e erguer da voz em nome dos direitos das mulheres –
servem para destacar o quanto teriam em comum Muhammad (s.a.w.)
e Jesus (a.s.). Embora nascidos com vários séculos a
separá-los, nasceram ambos na mesma parte do Mundo. É impossível evitarmos
perguntar e especular como teria sido se tivessem vivido na mesma época e se se
tivessem conhecido. Esta é, sem dúvida alguma, uma pergunta hipotética;
contudo, as provas e os indícios parecem indicar que não se teriam considerado
rivais, pelo contrário: teriam revelado imenso respeito um para com o outro. A famosa Noite da Ascensão, em
que Muhammad (s.a.w.) foi levado aos Céus (laylat al-miraj) (10) apresenta
uma extraordinária analogia com o evangelho que fala a respeito da
transfiguração de Jesus (a.s.), em que este se reúne
com os profetas Abraão e Elias. Na mística visão de Muhammad (s.a.w.), também ele se reúne com Jesus (a.s.).
Que imagem harmoniosa. O que teriam dito um ao outro? Trata-se de uma questão
fascinante, sobre a qual há que reflectir.
Não é
difícil imaginá-los felizes por se verem, abraçando-se como amigos e
estabelecendo um diálogo verdadeiro e profundo.
Não é, de
facto, difícil imaginar Jesus (a.s.) e Muhammad (s.a.w.) amigos, unidos pelo seu amor a Deus e pela sua
visão de um mundo caracterizado pela justiça, compaixão e igualdade – um Mundo
em que as pessoas vivem em submissão a Deus e sempre d'Ele conscientes.
Reconhecem-se como amigos, porque ambos eram amigos de Deus. Partilhavam das
mesmas esperanças e expectativas para com os seus seguidores.
Que nós, que
somos seus seguidores, aprendamos com eles!
Yiossuf Adamgy –
Lisboa, Portugal
Fevereiro de
2010
_________________
NOTAS:
(1). Muhammad é a correcta pronunciação do nome do Profeta em arábico. Maomé é uma palavra aportuguesada do francês Maomet, a nosso ver incorrectamente e sem necessidade.
Citando o arabista Prof. Pedro Machado, «em português, além da forma "Muhâmade", que, até na pronúncia, corresponde ao árabe Muhammad (esta proferida por todos os Muçulmanos de hoje), existe uma outra, também usual, mas não para fins religiosos – "Mafoma" —, que se lê nos mais antigos textos da língua portuguesa, e certamente corresponde ao que diziam na idade Média os crentes do Islão no Andaluz, antes e depois do rei D. Afonso Henriques, que reconheceu o seu culto e privilégios em foral. Esta última forma tem origem na vocalização que se espalhara em alguns países árabes, com a lição Mahommad, que os clássicos do idioma arábico procuravam corrigir, mas que explica certas formas hoje desusadas como "Mafomede" e "Mafamede", e o turco Mahomet, que passou a francês (italiano: Maometto), e que se aportuguesou, entre nós, por "Maomé", sem necessidade, como se viu». Por isso, nós (Muçulmanos) utilizamos a palavra Muhammad que é o nome próprio do último Profeta de Deus, e, aconselhamos que assim seja escrita na Imprensa Portuguesa.
(2) “(s.a.w.)” – abreviatura de “Sallallahu alaihi wa sallam” = “Que Deus derrame paz e bênçãos sobre ele”, cuja abreviatura, em português, será (p.e.c.e).. É uma expressão arábica utilizada de cada vez que o nome do Profeta Muhammad (s.a.w.) é mencionado.
(3) “(a.s.)” – abreviatura de “Alaihis Salam” = “que a paz esteja com ele”, expressão arábica utilizada de cada vez que o nome de algum Profeta de Deus é mencionado.
(4) Sunnah [sunna] = Exemplo do Profeta Maomé, seu modo de fazer as coisas. Tradição, costume, hábito.
(5) Ahadice (Ahdith) = Plural de Hadice.
(6) Adzan [adzân] = A Chamada para convocar os muçulmanos à Oração. Faz-se desde as Mesquitas, ou desde qualquer lugar de culto (onde se faça a oração em congregação).
(7) Sharia = Literalmente “via que conduz ao bebedouro”. ”O caminho recto da religião”. O muçulmano se protege com a lei que rege a sua vida diária. “Tao” da antiga China, “Dharma” budista, “Nomos" grego, “Sharia” islâmica, “Halaha” judaica, são diferentes conceitos que, com pequenos matizes, expressam um mesmo princípio fundamental: a ordem, a harmonia; a lei primordial que governa o cosmos e a natureza devem estender o seu domínio à sociedade humana. Esta “lei universal” se considera reflexo do Princípio divino.
(8) Hadice [hadîth] = Dito do Profeta Maomé (p.e.c.e.). Literalmente, “relato”.
(9) Salat [salâ] = Oração ou reza; é um acto ritual transcendental e um dos pilares em que se fundamenta a prática do Islão. Se efectua voltado em direcção à Meca.
(10) Laylat al-mi'raj = A Noite de Mi'raj; a Noite de Ascenção do Profeta Maomé aos Céus.
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