Comentários ao artigo Maomé e Jesus

(Deverá “clicar” nas referências bíblicas, para ter acesso aos textos)

 

 

Atenção:

1)  Estes comentários referem-se ao artigo Maomé e Jesus (YA) que deverá ler em primeiro lugar, caso ainda não tenha lido.

2) Os comentários referem-se ao artigo supra mencionado que aborda o tema das semelhanças entre Maomé e Cristo. Não se esqueça de que esta é uma página de reflexão teológica. Não se destina a dar testemunho do que pensa, mas a apresentar os fundamentos do seu pensamento, devidamente comprovados com passagens da Bíblia e do Alcorão em apoio da sua posição doutrinária sobre este assunto. Dito por outras palavras: Não nos interessa em que você crê, mas os fundamentos da sua crença. Quando mencionar passagens da Bíblia ou do Alcorão, não basta uma vaga referência ou mesmo a transcrição das passagens, se não mencionar o capítulo e versículo para que os leitores desta página possam comprovar a sua afirmação e examinar o contexto.

3) Como é habitual na Estudos bíblicos sem fronteiras teológicas, só poderão ser seleccionadas para publicação, mensagens que estejam em português e em linguagem correcta, não ofensiva para ninguém.

4) Respeitamos o direito à heresia, de acordo com o seu significado etimológico que significa divergência de opinião (filosófica, política, religiosa, estética etc), desde que apresentada de forma correcta.

5) As mensagens que não correspondam a estas condições, serão apagadas da nossa página.

 

 

 

Marcus César (Crente indenominacional nascido em João Pessoa em 8/12/1965, residente em Vitória ES, Brasil)

Prezado Camilo,

Inteligente e louvável respeitar as convicções religiosas do próximo, porém não posso deixar de comentar um pequeno detalhe que faz uma enorme diferença - do tamanho da salvação - para aqueles que entraram pela porta larga e ainda permanecem trilhando neste caminho:

“...de que Jesus (a.s.) é, de facto, o amado por Deus. Assim, tanto para Cristãos, como para Muçulmanos, os seus fundadores são reconhecidos como os amados por Deus.”  

Não!! Jesus não é o amado por Deus, e sim: “o FILHO amado de Deus”. Este é o meu Filho amado, no qual pus toda a Minha complacência. Mateus 3:16/17

Marcus César, Vitória, ES em 2010-02-03

Conex conexx@terra.com.br

 

 

Osni de Figueiredo

Prezado irmão Camilo. Que a Paz de nosso Senhor Jesus Cristo seja connosco.

Espero que esta lhe encontre gozando de plena saúde e disposição.

Um assunto me inquieta desde seu comentário sobre o artigo do Senhor Yiossuf Adamgy, o que me levou a rever quais os conceitos Islâmicos.

Sabes bem que sou admirador de sua postura segura e acirrada contra aqueles que querem alterar ou adulterar a correcta interpretação da Bíblia Sagrada, tenho o senhor como um atalaia da parte do Senhor, sempre vigilante desafiando os “poderosos” que querem inserir elementos estranhos à graça que nos concedeu Jesus não temendo ser desprezado pelos tais, porém me turbei ao ver que se desapontas com divergências que repelem a coexistência do cristão com uma outra revelação trazida por um anjo, neste caso o anjo Gabriel trazendo o Alcorão, o oriente médio é um exemplo clássico disto, sendo o berço do evangelho de Cristo como disse Paulo aos Gálatas: Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.

O profeta Maomé se alinharia aos profetas do A.T.? (a despeito de Mateus 11:13) já que reivindica doutrinas suspensas tais como a purificação (que consiste em lavar as mãos, os antebraços, a boca, as narinas, a face, em passar água pelas orelhas, pela nuca, pelo cabelo e pelos pés.), os sacrifícios de carneiros e bodes que encerram a peregrinação a Meca e as contribuições obrigatórias que vão de 2,5% do rendimento do crente podendo chegar á 10%, embora sua ideia sobre o julgamento final (Yaum al-Qiyamah) inclua algo semelhante ao purgatório católico.

Provavelmente diriam ser ele um “rasul”.

Entendi perfeitamente a intenção de buscar algo em comum entre as partes ao invés de emergir nossas diferenças, confesso que pratico este exercício no afã de não me tornar retrógrado ou estribado em raciocínio unilateral e tenho feito enormes avanços em relação aos católicos por exemplo, que em muitos pontos superam os protestantes, ou tentar copiar a forma de protesto não-violenta praticado por Mahatma Gandhi inspirado no evangelho muito mais do que na compreensão fundamentalista que o matou e ao mesmo tempo refutar a imposição da forma de fé celibalista ao próprio filho, mas em relação ao Islamismo vejo apenas detalhes como as várias dissidências no que se refere à compreensão legal e teológica, no Brasil têm várias tendências evangélicas discrepantes que seguem o mesmo Cristo navegando ao sabor de seus líderes locais, como também o é no Islamismo tanto dentro da maioria sunita como no meio xiita. Acho que aí em Portugal o Islão xiita ismailita é o mais presente, tendo a sua sede no Centro Ismaili de Lisboa.

Como o Irmão Dr. Martin Luther King jr eu também tenho um sonho, ver o povo de Deus unido num só amor e que tomos cheguemos a uma mesma conclusão.

Caro irmão, por mais que tento manter minha mente aberta e tolerante não consigo absorver a ideia de que Maomé é infalível e que a Bíblia Sagrada foi adulterado pelos judeus e pelos cristãos, nem a falácia que Jesus não morreu crucificado, não ressuscitou e seu nascimento não foi virginal, acho que isso se deve ao meu conservadorismo um tanto rude como sabes, que ainda conserva a máxima: só a Escritura, só a Graça, só a Fé são dignas de toda aceitação. Mas se falando em pontos em comum temos o monoteísmo em comum, que Deus seja louvado acima dos que os homens Lhe associam! Talvez a seita Shira do Islamismo tenha também algo em comum connosco, até começarem a ensinar a igualdade de Nanaque com Deus.

Seria prudente confundir tolerância com aceitação, Irmão Camilo? Ou o excesso de “tolerância” não deixaria de ser virtude!? (ap. 2:20

Claro que submeto minha análise ao crivo, advertências e orientações do erudito irmão (o reconhecimento é sincero).

Paz e Graça.

De teu irmão em Cristo,

Osni de Figueiredo. São Paulo, Brasil

Fevereiro de 2010.

 

 

 

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