20 –
Provérbios
- Prv
Prv.1.1- Provérbios
de Salomão, filho de Davi, rei de Israel:
Prv.1.2- Para
se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras de
inteligência;
Prv.1.3- para
se instruir em sábio procedimento, em retidão, justiça e eqüidade;
Prv.1.4- para
se dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso.
Prv.1.5- Ouça
também, o sábio e cresça em ciência, e o entendido adquira habilidade,
Prv.1.6- para
entender provérbios e parábolas, as palavras dos sábios, e seus enigmas.
Prv.1.7- O
temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a
sabedoria e a instrução.
Prv.1.8- Filho
meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe.
Prv.1.9- Porque
eles serão uma grinalda de graça para a tua cabeça, e colares para o teu
pescoço.
Prv.1.10- Filho meu, se os pecadores te quiserem seduzir, não
consintas.
Prv.1.11- Se disserem: Vem conosco; embosquemo-nos para derramar sangue;
espreitemos sem razão o inocente;
Prv.1.12- traguemo-los vivos, como o Seol, e inteiros como os que descem
à cova;
Prv.1.13- acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas
casas de despojos;
Prv.1.14- lançarás a tua sorte entre nós; teremos todos uma só
bolsa;
Prv.1.15- filho meu, não andes no caminho com eles; guarda da sua vereda
o teu pé,
Prv.1.16- porque os seus pés correm para o mal, e eles se apressam a
derramar sangue.
Prv.1.17- Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave.
Prv.1.18- Mas estes se põem em emboscadas contra o seu próprio sangue, e
as suas próprias vidas espreitam.
Prv.1.19- Tais são as veredas de todo aquele que se entrega à cobiça;
ela tira a vida dos que a possuem.
Prv.1.20- A suprema sabedoria altissonantemente clama nas ruas; nas
praças levanta a sua voz.
Prv.1.21- Do alto dos muros clama; às entradas das portas e na cidade
profere as suas palavras:
Prv.1.22- Até quando, ó estúpidos, amareis a estupidez? e até quando se
deleitarão no escárnio os escarnecedores, e odiarão os insensatos o
conhecimento?
Prv.1.23- Convertei-vos pela minha repreensão; eis que derramarei sobre
vós o meu; espírito e vos farei saber as minhas palavras.
Prv.1.24- Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a minha
mão, e nao houve quem desse atenção;
Prv.1.25- antes desprezastes todo o meu conselho, e não fizestes caso da
minha repreensão;
Prv.1.26- também eu me rirei no dia da vossa calamidade; zombarei,
quando sobrevier o vosso terror,
Prv.1.27- quando o terror vos sobrevier como tempestade, e a vossa
calamidade passar como redemoinho, e quando vos sobrevierem aperto e
angústia.
Prv.1.28- Então a mim clamarão, mas eu não responderei; diligentemente
me buscarão, mas não me acharão.
Prv.1.29- Porquanto aborreceram o conhecimento, e não preferiram o temor
do Senhor;
Prv.1.30- não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha
repreensão;
Prv.1.31- portanto comerão do fruto do seu caminho e se fartarão dos
seus próprios conselhos.
Prv.1.32- Porque o desvio dos néscios os matará, e a prosperidade dos
loucos os destruirá.
Prv.1.33- Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará
tranqüilo, sem receio do mal.
Prv.2.1- Filho
meu, se aceitares as minhas palavras, e entesourares contigo os meus
mandamentos,
Prv.2.2- para
fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao
entendimento;
Prv.2.3- sim,
se clamares por discernimento, e por entendimento alçares a tua voz;
Prv.2.4- se
o buscares como a prata e o procurares como a tesouros escondidos;
Prv.2.5- então
entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.
Prv.2.6- Porque
o Senhor dá a sabedoria; da sua boca procedem o conhecimento e o
entendimento;
Prv.2.7- ele
reserva a verdadeira sabedoria para os retos; e escudo para os que caminham em
integridade,
Prv.2.8- guardando-lhes
as veredas da justiça, e preservando o caminho dos seus santos.
Prv.2.9- Então
entenderás a retidão, a justiça, a eqüidade, e todas as boas veredas.
Prv.2.10- Pois a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será
aprazível à tua alma;
Prv.2.11- o bom siso te protegerá, e o discernimento e guardará;
Prv.2.12- para te livrar do mau caminho, e do homem que diz coisas
perversas;
Prv.2.13- dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos
caminhos das trevas;
Prv.2.14- que se alegram de fazer o mal, e se deleitam nas perversidades
dos maus;
Prv.2.15- dos que são tortuosos nas suas veredas; e iníquos nas suas
carreiras;
Prv.2.16- e para te livrar da mulher estranha, da estrangeira que
lisonjeia com suas palavras;
Prv.2.17- a qual abandona o companheiro da sua mocidade e se esquece do
concerto do seu Deus;
Prv.2.18- pois a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas
para as sombras.
Prv.2.19- Nenhum dos que se dirigirem a ela, tornara a sair, nem
retomará as veredas da vida.
Prv.2.20- Assim andarás pelo caminho dos bons, e guardarás as veredas
dos justos.
Prv.2.21- Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão
nela.
Prv.2.22- Mas os ímpios serão exterminados da terra, e dela os aleivosos
serão desarraigados.
Prv.3.1- Filho
meu, não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus
mandamentos;
Prv.3.2- porque
eles te darão longura de dias, e anos de vida e paz.
Prv.3.3- Não
se afastem de ti a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço,
escreve-as na tábua do teu coração;
Prv.3.4- assim
acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens.
Prv.3.5- Confia
no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio
entendimento.
Prv.3.6- Reconhece-o
em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
Prv.3.7- Não
sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.
Prv.3.8- Isso
será saúde para a tua carne; e refrigério para os teus ossos.
Prv.3.9- Honra
ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda;
Prv.3.10- assim se encherão de fartura os teus celeiros, e trasbordarão
de mosto os teus lagares.
Prv.3.11- Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes
da sua repreensão;
Prv.3.12- porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai
ao filho a quem quer bem.
Prv.3.13- Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire
entendimento;
Prv.3.14- pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a
sua renda do que o ouro.
Prv.3.15- Mais preciosa é do que as jóias, e nada do que possas desejar
é comparável a ela.
Prv.3.16- Longura de dias há na sua mão direita; na sua esquerda
riquezas e honra.
Prv.3.17- Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas
veredas são paz.
Prv.3.18- É árvore da vida para os que dela lançam mão, e bem-aventurado
é todo aquele que a retém.
Prv.3.19- O Senhor pela sabedoria fundou a terra; pelo entendimento
estabeleceu o céu.
Prv.3.20- Pelo seu conhecimento se fendem os abismos, e as nuvens
destilam o orvalho.
Prv.3.21- Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos: guarda
a verdadeira sabedoria e o bom siso;
Prv.3.22- assim serão elas vida para a tua alma, e adorno para o teu
pescoço.
Prv.3.23- Então andarás seguro pelo teu caminho, e não tropeçará o teu
pé.
Prv.3.24- Quando te deitares, não temerás; sim, tu te deitarás e o teu
sono será suave.
Prv.3.25- Não temas o pavor repentino, nem a assolação dos ímpios quando
vier.
Prv.3.26- Porque o Senhor será a tua confiança, e guardará os teus pés
de serem presos.
Prv.3.27- Não negues o bem a quem de direito, estando no teu poder
fazê-lo.
Prv.3.28- Não digas ao teu próximo: Vai, e volta, amanhã to darei;
tendo-o tu contigo.
Prv.3.29- Não maquines o mal contra o teu próximo, que habita contigo
confiadamente.
Prv.3.30- Não contendas com um homem, sem motivo, não te havendo ele
feito o mal.
Prv.3.31- Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de
seus caminhos.
Prv.3.32- Porque o perverso é abominação para o Senhor, mas com os retos
está o seu segredo.
Prv.3.33- A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas ele abençoa
a habitação dos justos.
Prv.3.34- Ele escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos
humildes.
Prv.3.35- Os sábios herdarão honra, mas a exaltação dos loucos se
converte em ignomínia.
Prv.4.1- Ouvi,
filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes o
entendimento.
Prv.4.2- Pois
eu vos dou boa doutrina; não abandoneis o meu ensino.
Prv.4.3- Quando
eu era filho aos pés de meu, pai, tenro e único em estima diante de minha
mãe,
Prv.4.4- ele
me ensinava, e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os
meus mandamentos, e vive.
Prv.4.5- Adquire
a sabedoria, adquire o entendimento; não te esqueças nem te desvies das
palavras da minha boca.
Prv.4.6- Não
a abandones, e ela te guardará; ama-a, e ela te preservará.
Prv.4.7- A
sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que
possuis adquire o entendimento.
Prv.4.8- Estima-a,
e ela te exaltará; se a abraçares, ela te honrará.
Prv.4.9- Ela
dará à tua cabeça uma grinalda de graça; e uma coroa de glória te
entregará.
Prv.4.10- Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, para que se
multipliquem os anos da tua vida.
Prv.4.11- Eu te ensinei o caminho da sabedoria; guiei-te pelas veredas
da retidão.
Prv.4.12- Quando andares, não se embaraçarão os teus passos; e se
correres, não tropeçarás.
Prv.4.13- Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a
tua vida.
Prv.4.14- Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos
maus.
Prv.4.15- Evita-o, não passes por ele; desvia-te dele e passa de
largo.
Prv.4.16- Pois não dormem, se não fizerem o mal, e foge deles o sono se
não fizerem tropeçar alguém.
Prv.4.17- Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da
violência.
Prv.4.18- Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai
brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
Prv.4.19- O caminho dos ímpios é como a escuridão: não sabem eles em que
tropeçam.
Prv.4.20- Filho meu, atenta para as minhas palavras; inclina o teu
ouvido às minhas instroções.
Prv.4.21- Não se apartem elas de diante dos teus olhos; guarda-as dentro
do teu coração.
Prv.4.22- Porque são vida para os que as encontram, e saúde para todo o
seu corpo.
Prv.4.23- Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele
procedem as fontes da vida.
Prv.4.24- Desvia de ti a malignidade da boca, e alonga de ti a perversidade
dos lábios.
Prv.4.25- Dirijam-se os teus olhos para a frente, e olhem as tuas
pálpebras diretamente diante de ti.
Prv.4.26- Pondera a vereda de teus pés, e serão seguros todos os teus
caminhos.
Prv.4.27- Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o
teu pé do mal.
Prv.5.1- Filho
meu, atende à minha sabedoria; inclinão teu ouvido à minha prudência;
Prv.5.2- para
que observes a discrição, e os teus lábios guardem o conhecimento.
Prv.5.3- Porque
os lábios da mulher licenciosa destilam mel, e a sua boca e mais macia do que o
azeite;
Prv.5.4- mas
o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes.
Prv.5.5- Os
seus pés descem à morte; os seus passos seguem no caminho do Seol.
Prv.5.6- Ela
não pondera a vereda da vida; incertos são os seus caminhos, e ela o
ignora.
Prv.5.7- Agora,
pois, filhos, dai-me ouvidos, e não vos desvieis das palavras da minha
boca.
Prv.5.8- Afasta
para longe dela o teu caminho, e não te aproximes da porta da sua casa;
Prv.5.9- para
que não dês a outros a tua honra, nem os teus anos a cruéis;
Prv.5.10- para que não se fartem os estranhos dos teus bens, e não
entrem os teus trabalhos na casa do estrangeiro,
Prv.5.11- e gemas no teu fim, quando se consumirem a tua carne e o teu
corpo,
Prv.5.12- e digas: Como detestei a disciplina! e desprezou o meu coração
a repreensão!
Prv.5.13- e não escutei a voz dos que me ensinavam, nem aos que me
instruíam inclinei o meu ouvido!
Prv.5.14- Quase cheguei à ruína completa, no meio da congregação e da
assembléia.
Prv.5.15- Bebe a água da tua própria cisterna, e das correntes do teu
poço.
Prv.5.16- Derramar-se-iam as tuas fontes para fora, e pelas ruas os
ribeiros de águas?
Prv.5.17- Sejam para ti só, e não para os estranhos juntamente
contigo.
Prv.5.18- Seja bendito o teu manancial; e regozija-te na mulher da tua
mocidade.
Prv.5.19- Como corça amorosa, e graciosa cabra montesa saciem-te os seus
seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê encantado perpetuamente.
Prv.5.20- E por que, filho meu, andarias atraído pela mulher licenciosa,
e abraÇarias o seio da adúltera?
Prv.5.21- Porque os caminhos do homem estão diante dos olhos do Senhor,
o qual observa todas as suas veredas.
Prv.5.22- Quanto ao ímpio, as suas próprias iniqüidades o prenderão, e
pelas cordas do seu pecado será detido.
Prv.5.23- Ele morre pela falta de disciplina; e pelo excesso da sua
loucura anda errado.
Prv.6.1- Filho
meu, se ficaste por fiador do teu próximo, se te empenhaste por um
estranho,
Prv.6.2- estás
enredado pelos teus lábios; estás preso pelas palavras da tua boca.
Prv.6.3- Faze
pois isto agora, filho meu, e livra-te, pois já caíste nas mãos do teu próximo;
vai, humilha-te, e importuna o teu próximo;
Prv.6.4- não
dês sono aos teus olhos, nem adormecimento às tuas pálpebras;
Prv.6.5- livra-te
como a gazela da mão do caçador, e como a ave da mão do passarinheiro.
Prv.6.6- Vai
ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos, e sê sábio;
Prv.6.7- a
qual, não tendo chefe, nem superintendente, nem governador,
Prv.6.8- no
verão faz a provisão do seu mantimento, e ajunta o seu alimento no tempo da
ceifa.
Prv.6.9- o
preguiçoso, até quando ficarás deitador? quando te levantarás do teu
sono?
Prv.6.10- um pouco para dormir, um pouco para toscanejar, um pouco para
cruzar as mãos em repouso;
Prv.6.11- assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua
necessidade como um homem armado.
Prv.6.12- O homem vil, o homem iníquo, anda com a perversidade na
boca,
Prv.6.13- pisca os olhos, faz sinais com os pés, e acena com os
dedos;
Prv.6.14- perversidade há no seu coração; todo o tempo maquina o mal;
anda semeando contendas.
Prv.6.15- Pelo que a sua destruição virá repentinamente; subitamente
será quebrantado, sem que haja cura.
Prv.6.16- Há seis coisas que o Senhor detesta; sim, há sete que ele
abomina:
Prv.6.17- olhos altivos, língua mentirosa, e mãos que derramam sangue
inocente;
Prv.6.18- coração que maquina projetos iníquos, pés que se apressam a
correr para o mal;
Prv.6.19- testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia
contendas entre irmãos.
Prv.6.20- Filho meu, guarda o mandamento de, teu pai, e não abandones a
instrução de tua mãe;
Prv.6.21- ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu
pescoço.
Prv.6.22- Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te
guardará; quando acordares, falará contigo.
Prv.6.23- Porque o mandamento é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as
repreensões da disciplina são o caminho da vida,
Prv.6.24- para te guardarem da mulher má, e das lisonjas da língua da
adúltera.
Prv.6.25- Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te deixes prender
pelos seus olhares.
Prv.6.26- Porque o preço da prostituta é apenas um bocado de pão, mas a
adúltera anda à caça da própria vida do homem.
Prv.6.27- Pode alguém tomar fogo no seu seio, sem que os seus vestidos
se queimem?
Prv.6.28- Ou andará sobre as brasas sem que se queimem os seus
pés?
Prv.6.29- Assim será o que entrar à mulher do seu proximo; não ficará
inocente quem a tocar.
Prv.6.30- Não é desprezado o ladrão, mesmo quando furta para saciar a
fome?
Prv.6.31- E, se for apanhado, pagará sete vezes tanto, dando até todos
os bens de sua casa.
Prv.6.32- O que adultera com uma mulher é falto de entendimento;
destrói-se a si mesmo, quem assim procede.
Prv.6.33- Receberá feridas e ignomínia, e o seu opróbrio nunca se
apagará;
Prv.6.34- porque o ciúme enfurece ao marido, que de maneira nenhuma
poupará no dia da vingança.
Prv.6.35- Não aceitará resgate algum, nem se aplacará, ainda que
multipliques os presentes.
Prv.7.1- Filho
meu, guarda as minhas palavras, e entesoura contigo os meus mandamentos.
Prv.7.2- Observa
os meus mandamentos e vive; guarda a minha lei, como a menina dos teus
olhos.
Prv.7.3- Ata-os
aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração.
Prv.7.4- Dizà
sabedoria: Tu és minha irmã; e chama ao entendimento teu amigo íntimo,
Prv.7.5- para
te guardarem da mulher alheia, da adúltera, que lisonjeia com as suas
palavras.
Prv.7.6- Porque
da janela da minha casa, por minhas grades olhando eu,
Prv.7.7- vi
entre os simples, divisei entre os jovens, um mancebo falto de juízo,
Prv.7.8- que
passava pela rua junto à esquina da mulher adúltera e que seguia o caminho da
sua casa,
Prv.7.9- no
crepúsculo, à tarde do dia, à noite fechada e na escuridão;
Prv.7.10- e eis que uma mulher lhe saiu ao encontro, ornada à moda das
prostitutas, e astuta de coração.
Prv.7.11- Ela é turbulenta e obstinada; não param em casa os seus
pés;
Prv.7.12- ora está ela pelas ruas, ora pelas praças, espreitando por
todos os cantos.
Prv.7.13- Pegou dele, pois, e o beijou; e com semblante impudico lhe
disse:
Prv.7.14- Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus
votos.
Prv.7.15- Por isso saí ao teu encontro a buscar-te diligentemente, e te
achei.
Prv.7.16- Já cobri a minha cama de cobertas, de colchas de linho do
Egito.
Prv.7.17- Já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo.
Prv.7.18- Vem, saciemo-nos de amores até pela manhã; alegremo-nos com
amores.
Prv.7.19- Porque meu marido não está em casa; foi fazer uma jornada ao
longe;
Prv.7.20- um saquitel de dinheiro levou na mão; só lá para o dia da lua
cheia voltará para casa.
Prv.7.21- Ela o faz ceder com a multidão das suas palavras sedutoras,
com as lisonjas dos seus lábios o arrasta.
Prv.7.22- Ele a segue logo, como boi que vai ao matadouro, e como o
louco ao castigo das prisões;
Prv.7.23- até que uma flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se
apressa para o laço, sem saber que está armado contra a sua vida.
Prv.7.24- Agora, pois, filhos, ouvi-me, e estai atentos às palavras da
minha boca.
Prv.7.25- Não se desvie para os seus caminhos o teu coração, e não andes
perdido nas suas veredas.
Prv.7.26- Porque ela a muitos tem feito cair feridos; e são muitíssimos
os que por ela foram mortos.
Prv.7.27- Caminho de Seol é a sua casa, o qual desce às câmaras da
morte.
Prv.8.1- Não
clama porventura a sabedoria, e não faz o entendimento soar a sua voz?
Prv.8.2- No
cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas ela se
coloca.
Prv.8.3- Junto
às portas, à entrada da cidade, e à entrada das portas está clamando:
Prv.8.4- A
vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens.
Prv.8.5- Aprendei,
ó simples, a prudência; entendei, ó loucos, a sabedoria.
Prv.8.6- Ouvi
vós, porque profiro coisas excelentes; os meus lábios se abrem para a
eqüidade.
Prv.8.7- Porque
a minha boca profere a verdade, os meus lábios abominam a impiedade.
Prv.8.8- Justas
são todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem
perversa.
Prv.8.9- Todas
elas são retas para o que bem as entende, e justas para os que acham o
conhecimento.
Prv.8.10- Aceitai antes a minha correção, e não a prata; e o
conhecimento, antes do que o ouro escolhido.
Prv.8.11- Porque melhor é a sabedoria do que as jóias; e de tudo o que
se deseja nada se pode comparar com ela.
Prv.8.12- Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e possuo o
conhecimento e a discrição.
Prv.8.13- O temor do Senhor é odiar o mal; a soberba, e a arrogância, e
o mau caminho, e a boca perversa, eu os odeio.
Prv.8.14- Meu é o conselho, e a verdadeira sabedoria; eu sou o
entendimento; minha é a fortaleza.
Prv.8.15- Por mim reinam os reis, e os príncipes decretam o que
justo.
Prv.8.16- Por mim governam os príncipes e os nobres, sim, todos os
juízes da terra.
Prv.8.17- Eu amo aos que me amam, e os que diligentemente me buscam me
acharão.
Prv.8.18- Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e
justiça.
Prv.8.19- Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro
refinado; e a minha renda melhor do que a prata escolhida.
Prv.8.20- Ando pelo caminho da retidão, no meio das veredas da
justiça,
Prv.8.21- dotando de bens permanentes os que me amam, e enchendo os seus
tesouros.
Prv.8.22- O Senhor me criou como a primeira das suas obras, o princípio
dos seus feitos mais antigos.
Prv.8.23- Desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes
de existir a terra.
Prv.8.24- Antes de haver abismos, fui gerada, e antes ainda de haver
fontes cheias d`água.
Prv.8.25- Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros eu
nasci,
Prv.8.26- quando ele ainda não tinha feito a terra com seus campos, nem
sequer o princípio do pó do mundo.
Prv.8.27- Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava um
círculo sobre a face do abismo,
Prv.8.28- quando estabelecia o firmamento em cima, quando se firmavam as
fontes do abismo,
Prv.8.29- quando ele fixava ao mar o seu termo, para que as águas não
traspassassem o seu mando, quando traçava os fundamentos da terra,
Prv.8.30- então eu estava ao seu lado como arquiteto; e era cada dia as
suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo;
Prv.8.31- folgando no seu mundo habitável, e achando as minhas delícias
com os filhos dos homens.
Prv.8.32- Agora, pois, filhos, ouvi-me; porque felizes são os que
guardam os meus caminhos.
Prv.8.33- Ouvi a correção, e sede sábios; e não a rejeiteis.
Prv.8.34- Feliz é o homem que me dá ouvidos, velando cada dia às minhas
entradas, esperando junto às ombreiras da minha porta.
Prv.8.35- Porque o que me achar achará a vida, e alcançará o favor do
Senhor.
Prv.8.36- Mas o que pecar contra mim fará mal à sua própria alma; todos
os que me odeiam amam a morte.
Prv.9.1- A
sabedoria já edificou a sua casa, já lavrou as suas sete colunas;
Prv.9.2- já
imolou as suas vítimas, misturou o seu vinho, e preparou a sua mesa.
Prv.9.3- Já
enviou as suas criadas a clamar sobre as alturas da cidade, dizendo:
Prv.9.4- Quem
é simples, volte-se para cá. Aos faltos de entendimento diz:
Prv.9.5- Vinde,
comei do meu pão, e bebei do vinho que tenho misturado.
Prv.9.6- Deixai
a insensatez, e vivei; e andai pelo caminho do entendimento.
Prv.9.7- O
que repreende ao escarnecedor, traz afronta sobre si; e o que censura ao ímpio,
recebe a sua mancha.
Prv.9.8- Não
repreendas ao escarnecedor, para que não te odeie; repreende ao sábio, e
amar-te-á.
Prv.9.9- Instrui
ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em
entendimento.
Prv.9.10- O temor do Senhor é o princípio sabedoria; e o conhecimento do
Santo é o entendimento.
Prv.9.11- Porque por mim se multiplicam os teus dias, e anos de vida se
te acrescentarão.
Prv.9.12- Se fores sábio, para ti mesmo o serás; e, se fores
escarnecedor, tu só o suportarás.
Prv.9.13- A mulher tola é alvoroçadora; é insensata, e não conhece o
pudor.
Prv.9.14- Senta-se à porta da sua casa ou numa cadeira, nas alturas da
cidade,
Prv.9.15- chamando aos que passam e seguem direitos o seu caminho:
Prv.9.16- Quem é simples, volte-se para cá! E aos faltos de entendimento
diz:
Prv.9.17- As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é
agradável.
Prv.9.18- Mas ele não sabe que ali estão os mortos; que os seus
convidados estão nas profundezas do Seol.
Prv.10.1- Provérbios de Salomão. Um filho sábio alegra a seu pai; mas um
filho insensato é a tristeza de sua mae.
Prv.10.2- Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça
livra da morte.
Prv.10.3- O Senhor não deixa o justo passar fome; mas o desejo dos
ímpios ele rechaça.
Prv.10.4- O que trabalha com mão remissa empobrece; mas a mão do
diligente enriquece.
Prv.10.5- O que ajunta no verão é filho prudente; mas o que dorme na
sega é filho que envergonha.
Prv.10.6- Bênçãos caem sobre a cabeça do justo; porém a boca dos ímpios
esconde a violência.
Prv.10.7- A memória do justo é abençoada; mas o nome dos ímpios
apodrecerá.
Prv.10.8- O sábio de coração aceita os mandamentos; mas o insensato
palra dor cairá.
Prv.10.9- Quem anda em integridade anda seguro; mas o que perverte os
seus caminhos será conhecido.
Prv.10.10- O que acena com os olhos dá dores; e o insensato palrador
cairá.
Prv.10.11- A boca do justo é manancial de vida, porém a boca dos ímpios
esconde a violência.
Prv.10.12- O ódio excita contendas; mas o amor cobre todas as
transgressões.
Prv.10.13- Nos lábios do entendido se acha a sabedoria; mas a vara é para
as costas do que é falto de entendimento.
Prv.10.14- Os sábios entesouram o conhecimento; porém a boca do insensato é
uma destruição iminente.
Prv.10.15- Os bens do rico são a sua cidade forte; a ruína dos pobres é a
sua pobreza.
Prv.10.16- O trabalho do justo conduz à vida; a renda do ímpio, para o
pecado.
Prv.10.17- O que atende à instrução está na vereda da vida; mas o que
rejeita a repreensão anda errado.
Prv.10.18- O que encobre o ódio tem lábios falsos; e o que espalha a calúnia
é um insensato.
Prv.10.19- Na multidão de palavras não falta transgressão; mas o que
refreia os seus lábios é prudente.
Prv.10.20- A língua do justo é prata escolhida; o coração dos ímpios é de
pouco valor.
Prv.10.21- Os lábios do justo apascentam a muitos; mas os insensatos, por
falta de entendimento, morrem.
Prv.10.22- A bênção do Senhor é que enriquece; e ele não a faz seguir de
dor alguma.
Prv.10.23- E um divertimento para o insensato o praticar a iniqüidade; mas
a conduta sábia é o prazer do homem entendido.
Prv.10.24- O que o ímpio teme, isso virá sobre ele; mas aos justos se lhes
concederá o seu desejo.
Prv.10.25- Como passa a tempestade, assim desaparece o impio; mas o justo
tem fundamentos eternos.
Prv.10.26- Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é
o preguiçoso para aqueles que o mandam.
Prv.10.27- O temor do Senhor aumenta os dias; mas os anos os impios serão
abreviados.
Prv.10.28- A esperança dos justos é alegria; mas a expectação dos ímpios
perecerá.
Prv.10.29- O caminho do Senhor é fortaleza para os retos; mas é destruição
para os que praticam a iniqüidade.
Prv.10.30- O justo nunca será abalado; mas os ímpios não habitarão a
terra.
Prv.10.31- A boca do justo produz sabedoria; porém a língua perversa será
desarraigada.
Prv.10.32- Os lábios do justo sabem o que agrada; porém a boca dos ímpios
fala perversidades.
Prv.11.1- A balança enganosa é abominação para o Senhor; mas o peso
justo é o seu prazer.
Prv.11.2- Quando vem a soberba, então vem a desonra; mas com os humildes
está a sabedoria.
Prv.11.3- A integridade dos retos os guia; porém a perversidade dos
desleais os destrói.
Prv.11.4- De nada aproveitam as riquezas no dia da ira; porém a justiça
livra da morte.
Prv.11.5- A justiça dos perfeitos endireita o seu caminho; mas o ímpio
cai pela sua impiedade.
Prv.11.6- A justiça dos retos os livra; mas os traiçoeiros são apanhados
nas, suas próprias cobiças.
Prv.11.7- Morrendo o ímpio, perece a sua esperança; e a expectativa da
iniqüidade.
Prv.11.8- O justo é libertado da angústia; e o ímpio fica em seu
lugar.
Prv.11.9- O hipócrita com a boca arruína o seu proximo; mas os justos
são libertados pelo conhecimento.
Prv.11.10- Quando os justos prosperam, exulta a cidade; e quando perecem os
ímpios, há júbilo.
Prv.11.11- Pela bênção dos retos se exalta a cidade; mas pela boca dos
ímpios é derrubada.
Prv.11.12- Quem despreza o seu próximo é falto de senso; mas o homem de
entendimento se cala.
Prv.11.13- O que anda mexericando revela segredos; mas o fiel de espírito
encobre o negócio.
Prv.11.14- Quando não há sábia direção, o povo cai; mas na multidão de
conselheiros há segurança.
Prv.11.15- Decerto sofrerá prejuízo aquele que fica por fiador do estranho;
mas o que aborrece a fiança estará seguro.
Prv.11.16- A mulher aprazível obtém honra, e os homens violentos obtêm
riquezas.
Prv.11.17- O homem bondoso faz bem à sua, própria alma; mas o cruel faz mal
a si mesmo.
Prv.11.18- O ímpio recebe um salário ilusório; mas o que semeia justiça
recebe galardão seguro.
Prv.11.19- Quem é fiel na retidão encaminha, para a vida, e aquele que
segue o mal encontra a morte.
Prv.11.20- Abominação para o Senhor são os perversos de coração; mas os que
são perfeitos em seu caminho são o seu deleite.
Prv.11.21- Decerto o homem mau não ficará sem castigo; porém a descendência
dos justos será livre.
Prv.11.22- Como jóia de ouro em focinho de porca, assim é a mulher formosa
que se aparta da discrição.
Prv.11.23- O desejo dos justos é somente o bem; porém a expectativa dos
ímpios é a ira.
Prv.11.24- Um dá liberalmente, e se torna mais rico; outro retém mais do
que é justo, e se empobrece.
Prv.11.25- A alma generosa prosperará, e o que regar também será
regado.
Prv.11.26- Ao que retém o trigo o povo o amaldiçoa; mas bênção haverá sobre
a cabeça do que o vende.
Prv.11.27- O que busca diligentemente o bem, busca favor; mas ao que
procura o mal, este lhe sobrevirá.
Prv.11.28- Aquele que confia nas suas riquezas, cairá; mas os justos
reverdecerão como a folhagem.
Prv.11.29- O que perturba a sua casa herdará o vento; e o insensato será
servo do entendido de coração.
Prv.11.30- O fruto do justo é árvore de vida; e o que ganha almas sábio
é.
Prv.11.31- Eis que o justo é castigado na terra; quanto mais o ímpio e o
pecador!
Prv.12.1- O que ama a correção ama o conhecimento; mas o que aborrece a
repreensão é insensato.
Prv.12.2- O homem de bem alcançará o favor do Senhor; mas ao homem de
perversos desígnios ele condenará.
Prv.12.3- O homem não se estabelece pela impiedade; a raiz dos justos,
porém, nunca será, removida.
Prv.12.4- A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede
vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos.
Prv.12.5- Os pensamentos do justo são retos; mas os conselhos do ímpio
são falsos.
Prv.12.6- As palavras dos ímpios são emboscadas para derramarem sangue;
a boca dos retos, porém, os livrará.
Prv.12.7- Transtornados serão os ímpios, e não serão mais; porém a casa
dos justos permanecerá.
Prv.12.8- Segundo o seu entendimento é louvado o homem; mas o perverso
decoração é desprezado.
Prv.12.9- Melhor é o que é estimado em pouco e tem servo, do que quem se
honra a si mesmo e tem falta de pão.
Prv.12.10- O justo olha pela vida dos seus animais; porém as entranhas dos
ímpios são crueis.
Prv.12.11- O que lavra a sua terra se fartará de pão; mas o que segue os
ociosos é falto de entendimento.
Prv.12.12- Deseja o ímpio o despojo dos maus; porém a raiz dos justos
produz o seu próprio fruto.
Prv.12.13- Pela transgressão dos lábios se enlaça o mau; mas o justo escapa
da angústia.
Prv.12.14- Do fruto das suas palavras o homem se farta de bem; e das obras
das suas mãos se lhe retribui.
Prv.12.15- O caminho do insensato é recto aos seus olhos; mas o que dá
ouvidos ao conselho é sábio.
Prv.12.16- A ira do insensato logo se revela; mas o prudente encobre a
afronta.
Prv.12.17- Quem fala a verdade manifesta a justiça; porém a testemunha
falsa produz a fraude.
Prv.12.18- Há palrador cujas palavras ferem como espada; porém a língua dos
sábios traz saúde.
Prv.12.19- O lábio veraz permanece para sempre; mas a língua mentirosa dura
só um momento.
Prv.12.20- Engano há no coração dos que maquinam o mal; mas há gozo para os
que aconselham a paz.
Prv.12.21- Nenhuma desgraça sobrevém ao justo; mas os ímpios ficam cheios
de males.
Prv.12.22- Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor; mas os que
praticam a verdade são o seu deleite.
Prv.12.23- O homem prudente encobre o conhecimento; mas o coração dos tolos
proclama a estultícia.
Prv.12.24- A mão dos diligentes dominará; mas o indolente será tributário
servil.
Prv.12.25- A ansiedade no coração do homem o abate; mas uma boa palavra o
alegra.
Prv.12.26- O justo é um guia para o seu próximo; mas o caminho dos ímpios
os faz errar.
Prv.12.27- O preguiçoso não apanha a sua caça; mas o bem precioso do homem
é para o diligente.
Prv.12.28- Na vereda da justiça está a vida; e no seu caminho não há
morte.
Prv.13.1- O filho sábio ouve a instrução do pai; mas o escarnecedor não
escuta a repreensão.
Prv.13.2- Do fruto da boca o homem come o bem; mas o apetite dos
prevaricadores alimenta-se da violência.
Prv.13.3- O que guarda a sua boca preserva a sua vida; mas o que muito
abre os seus lábios traz sobre si a ruína.
Prv.13.4- O preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança; mas o desejo do
diligente será satisfeito.
Prv.13.5- O justo odeia a palavra mentirosa, mas o ímpio se faz odioso e
se cobre de vergonha.
Prv.13.6- A justiça guarda ao que é recto no seu caminho; mas a
perversidade transtorna o pecador.
Prv.13.7- Há quem se faça rico, não tendo coisa alguma; e quem se faça
pobre, tendo grande riqueza.
Prv.13.8- O resgate da vida do homem são as suas riquezas; mas o pobre
não tem meio de se resgatar.
Prv.13.9- A luz dos justos alegra; porem a lâmpada dos impios se
apagará.
Prv.13.10- Da soberba só provém a contenda; mas com os que se aconselham se
acha a sabedoria.
Prv.13.11- A riqueza adquirida às pressas diminuira; mas quem a ajunta
pouco a pouco terá aumento.
Prv.13.12- A esperança adiada entristece o coração; mas o desejo cumprido é
árvore devida.
Prv.13.13- O que despreza a palavra traz sobre si a destruição; mas o que
teme o mandamento será galardoado.
Prv.13.14- O ensino do sábio é uma fonte devida para desviar dos laços da
morte.
Prv.13.15- O bom senso alcança favor; mas o caminho dos prevaricadores é
aspero:
Prv.13.16- Em tudo o homem prudente procede com conhecimento; mas o tolo
espraia a sua insensatez.
Prv.13.17- O mensageiro perverso faz cair no mal; mas o embaixador fiel
traz saúde.
Prv.13.18- Pobreza e afronta virão ao que rejeita a correção; mas o que
guarda a repreensão será honrado.
Prv.13.19- O desejo que se cumpre deleita a alma; mas apartar-se do ma e
abominação para os tolos.
Prv.13.20- Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos
sofre aflição.
Prv.13.21- O mal persegue os pecadores; mas os justos são galardoados com o
bem.
Prv.13.22- O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos; a
riqueza do pecador, porém, é reservada para o justo.
Prv.13.23- Abundância de mantimento há, na lavoura do pobre; mas se perde
por falta de juízo.
Prv.13.24- Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a
seu tempo o castiga.
Prv.13.25- O justo come e fica satisfeito; mas o apetite dos ímpios nunca
se satisfaz.
Prv.14.1- Toda mulher sábia edifica a sua casa; a insensata, porém,
derruba-a com as suas mãos.
Prv.14.2- Quem anda na sua retidão teme ao Senhor; mas aquele que é
perverso nos seus caminhos despreza-o.
Prv.14.3- Na boca do tolo está a vara da soberba, mas os lábios do sábio
preservá-lo-ão.
Prv.14.4- Onde não há bois, a manjedoura está vazia; mas pela força do
boi há abundância de colheitas.
Prv.14.5- A testemunha verdadeira não mentirá; a testemunha falsa,
porém, se desboca em mentiras.
Prv.14.6- O escarnecedor busca sabedoria, e não a encontra; mas para o
prudente o conhecimento é fácil.
Prv.14.7- Vai-te da presença do homem insensato, pois nele não acharás
palavras de ciência.
Prv.14.8- A sabedoria do prudente é entender o seu caminho; porém a
estultícia dos tolos é enganar.
Prv.14.9- A culpa zomba dos insensatos; mas os retos têm o favor de
Deus.
Prv.14.10- O coração conhece a sua própria amargura; e o estranho não
participa da sua alegria.
Prv.14.11- A casa dos ímpios se desfará; porém a tenda dos retos
florescerá.
Prv.14.12- Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz
à morte.
Prv.14.13- Até no riso terá dor o coração; e o fim da alegria é
tristeza.
Prv.14.14- Dos seus próprios caminhos se fartará o infiel de coração, como
também o homem bom se contentará dos seus.
Prv.14.15- O simples dá crédito a tudo; mas o prudente atenta para os seus
passos.
Prv.14.16- O sábio teme e desvia-se do mal, mas o tolo é arrogante e dá-se
por seguro.
Prv.14.17- Quem facilmente se ira fará doidices; mas o homem discreto é
paciente;
Prv.14.18- Os simples herdam a estultícia; mas os prudentes se coroam de
conhecimento.
Prv.14.19- Os maus inclinam-se perante os bons; e os ímpios diante das
portas dos justos.
Prv.14.20- O pobre é odiado até pelo seu vizinho; mas os amigos dos ricos
são muitos.
Prv.14.21- O que despreza ao seu vizinho peca; mas feliz é aquele que se
compadece dos pobres.
Prv.14.22- Porventura não erram os que maquinam o mal? mas há beneficência
e fidelidade para os que planejam o bem.
Prv.14.23- Em todo trabalho há proveito; meras palavras, porém, só
encaminham para a penúria.
Prv.14.24- A coroa dos sábios é a sua riqueza; porém a estultícia dos tolos
não passa de estultícia.
Prv.14.25- A testemunha verdadeira livra as almas; mas o que fala mentiras
é traidor.
Prv.14.26- No temor do Senhor há firme confiança; e os seus filhos terão um
lugar de refúgio.
Prv.14.27- O temor do Senhor é uma fonte de vida, para o homem se desviar
dos laços da morte.
Prv.14.28- Na multidão do povo está a glória do rei; mas na falta de povo
está a ruína do príncipe.
Prv.14.29- Quem é tardio em irar-se é grande em entendimento; mas o que é
de ânimo precipitado exalta a loucura.
Prv.14.30- O coração tranqüilo é a vida da carne; a inveja, porém, é a
podridão dos ossos.
Prv.14.31- O que oprime ao pobre insulta ao seu Criador; mas honra-o aquele
que se compadece do necessitado.
Prv.14.32- O ímpio é derrubado pela sua malícia; mas o justo até na sua
morte acha refúgio.
Prv.14.33- No coração do prudente repousa a sabedoria; mas no coração dos
tolos não é conhecida.
Prv.14.34- A justiça exalta as nações; mas o pecado é o opróbrio dos
povos.
Prv.14.35- O favor do rei é concedido ao servo que procede sabiamente; mas
sobre o que procede indignamente cairá o seu furor.
Prv.15.1- A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a
ira.
Prv.15.2- A língua dos sábios destila o conhecimento; porém a boca dos
tolos derrama a estultícia.
Prv.15.3- Os olhos do Senhor estão em todo lugar, vigiando os maus e os
bons.
Prv.15.4- Uma língua suave é árvore de vida; mas a língua perversa
quebranta o espírito.
Prv.15.5- O insensato despreza a correção e seu pai; mas o que atende à
admoestação prudentemente se haverá.
Prv.15.6- Na casa do justo há um grande tesouro; mas nos lucros do ímpio
há perturbação.
Prv.15.7- Os lábios dos sábios difundem conhecimento; mas não o faz o
coração dos tolos.
Prv.15.8- O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor; mas a oração
dos retos lhe é agradável.
Prv.15.9- O caminho do ímpio é abominável ao Senhor; mas ele ama ao que
segue a justiça.
Prv.15.10- Há disciplina severa para o que abandona a vereda; e o que
aborrece a repreensão morrerá.
Prv.15.11- O Seol e o Abadom estão abertos perante o Senhor; quanto mais o
coração dos filhos dos homens!
Prv.15.12- O escarnecedor não gosta daquele que o repreende; não irá ter
com os sábios.
Prv.15.13- O coração alegre aformoseia o rosto; mas pela dor do coração o
espírito se abate.
Prv.15.14- O coração do inteligente busca o conhecimento; mas a boca dos
tolos se apascenta de estultícia.
Prv.15.15- Todos os dias do aflito são maus; mas o coração contente tem um
banquete contínuo.
Prv.15.16- Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande
tesouro, e com ele a inquietação.
Prv.15.17- Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi
gordo, e com ele o ódio.
Prv.15.18- O homem iracundo suscita contendas; mas o longânimo apazigua a
luta.
Prv.15.19- O caminho do preguiçoso é como a sebe de espinhos; porém a
vereda dos justos é uma estrada real.
Prv.15.20- O filho sábio alegra a seu pai; mas o homem insensato despreza a
sua mãe.
Prv.15.21- A estultícia é alegria para o insensato; mas o homem de
entendimento anda retamente.
Prv.15.22- Onde não há conselho, frustram-se os projetos; mas com a
multidão de conselheiros se estabelecem.
Prv.15.23- O homem alegra-se em dar uma resposta adequada; e a palavra a
seu tempo quão boa é!
Prv.15.24- Para o sábio o caminho da vida é para cima, a fim de que ele se
desvie do Seol que é em baixo.
Prv.15.25- O Senhor desarraiga a casa dos soberbos, mas estabelece a
herança da viúva.
Prv.15.26- Os desígnios dos maus são abominação para o Senhor; mas as
palavras dos limpos lhe são aprazíveis.
Prv.15.27- O que se dá à cobiça perturba a sua própria casa; mas o que
aborrece a peita viverá.
Prv.15.28- O coração do justo medita no que há de responder; mas a boca dos
ímpios derrama coisas más.
Prv.15.29- Longe está o Senhor dos ímpios, mas ouve a oração dos
justos.
Prv.15.30- A luz dos olhos alegra o coração, e boas-novas engordam os
ossos.
Prv.15.31- O ouvido que escuta a advertência da vida terá a sua morada
entre os sábios.
Prv.15.32- Quem rejeita a correção menospreza a sua alma; mas aquele que
escuta a advertência adquire entendimento.
Prv.15.33- O temor do Senhor é a instrução da sabedoria; e adiante da honra
vai a humildade.
Prv.16.1- Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da
língua é do Senhor.
Prv.16.2- Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos; mas o
Senhor pesa os espíritos.
Prv.16.3- Entrega ao Senhor as tuas obras, e teus desígnios serão
estabelecidos.
Prv.16.4- O Senhor fez tudo para um fim; sim, até o ímpio para o dia do
mal.
Prv.16.5- Todo homem arrogante é abominação ao Senhor; certamente não
ficará impune.
Prv.16.6- Pela misericórdia e pela verdade expia-se a iniqüidade; e pelo
temor do Senhor os homens se desviam do mal.
Prv.16.7- Quando os caminhos do homem agradam ao Senhor, faz que até os
seus inimigos tenham paz com ele.
Prv.16.8- Melhor é o pouco com justiça, do que grandes rendas com
injustiça.
Prv.16.9- O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe
dirige os passos.
Prv.16.10- Nos lábios do rei acham-se oráculos; em juízo a sua boca não
prevarica.
Prv.16.11- O peso e a balança justos são do Senhor; obra sua são todos os
pesos da bolsa.
Prv.16.12- Abominação é para os reis o praticarem a impiedade; porque com
justiça se estabelece o trono.
Prv.16.13- Lábios justos são o prazer dos reis; e eles amam aquele que fala
coisas retas.
Prv.16.14- O furor do rei é mensageiro da morte; mas o homem sábio o
aplacará.
Prv.16.15- Na luz do semblante do rei está a vida; e o seu favor é como a
nuvem de chuva serôdia.
Prv.16.16- Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quanto
mais excelente é escolher o entendimento do que a prata!
Prv.16.17- A estrada dos retos desvia-se do mal; o que guarda o seu caminho
preserva a sua vida.
Prv.16.18- A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede
a queda.
Prv.16.19- Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir
o despojo com os soberbos.
Prv.16.20- O que atenta prudentemente para a palavra prosperará; e feliz é
aquele que confia no Senhor.
Prv.16.21- O sábio de coração será chamado prudente; e a doçura dos lábios
aumenta o saber.
Prv.16.22- O entendimento, para aquele que o possui, é uma fonte de vida,
porém a estultícia é o castigo dos insensatos.
Prv.16.23- O coração do sábio instrui a sua boca, e aumenta o saber nos
seus lábios.
Prv.16.24- Palavras suaves são como favos de mel, doçura para a alma e
saúde para o corpo.
Prv.16.25- Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz
à morte.
Prv.16.26- O apetite do trabalhador trabalha por ele, porque a sua fome o
incita a isso.
Prv.16.27- O homem vil suscita o mal; e nos seus lábios há como que um fogo
ardente.
Prv.16.28- O homem perverso espalha contendas; e o difamador separa amigos
íntimos.
Prv.16.29- O homem violento alicia o seu vizinho, e guia-o por um caminho
que não é bom.
Prv.16.30- Quando fecha os olhos fá-lo para maquinar perversidades; quando
morde os lábios, efetua o mal.
Prv.16.31- Coroa de honra são as cãs, a qual se obtém no caminho da
justiça.
Prv.16.32- Melhor é o longânimo do que o valente; e o que domina o seu
espírito do que o que toma uma cidade.
Prv.16.33- A sorte se lança no regaço; mas do Senhor procede toda a
disposição dela.
Prv.17.1- Melhor é um bocado seco, e com ele a tranqüilidade, do que a
casa cheia de festins, com rixas.
Prv.17.2- O servo prudente dominará sobre o filho que procede
indignamente; e entre os irmãos receberá da herança.
Prv.17.3- O crisol é para a prata, e o forno para o ouro; mas o Senhor é
que prova os corações.
Prv.17.4- O malfazejo atenta para o lábio iníquo; o mentiroso inclina os
ouvidos para a língua maligna.
Prv.17.5- O que escarnece do pobre insulta ao seu Criador; o que se
alegra da calamidade não ficará impune.
Prv.17.6- Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos
filhos são seus pais.
Prv.17.7- Não convém ao tolo a fala excelente; quanto menos ao príncipe
o lábio mentiroso!
Prv.17.8- Pedra preciosa é a peita aos olhos de quem a oferece; para
onde quer que ele se volte, serve-lhe de proveito.
Prv.17.9- O que perdoa a transgressão busca a amizade; mas o que renova
a questão, afastam amigos íntimos.
Prv.17.10- Mais profundamente entra a repreensão no prudente, do que cem
açoites no insensato.
Prv.17.11- O rebelde não busca senão o mal; portanto um mensageiro cruel
será enviado contra ele.
Prv.17.12- Encontre-se o homem com a ursa roubada dos filhotes, mas não com
o insensato na sua estultícia.
Prv.17.13- Quanto àquele que torna mal por bem, não se apartará o mal da
sua casa.
Prv.17.14- O princípio da contenda é como o soltar de águas represadas;
deixa por isso a porfia, antes que haja rixas.
Prv.17.15- O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, são
abomináveis ao Senhor, tanto um como o outro.
Prv.17.16- De que serve o preço na mão do tolo para comprar a sabedoria,
visto que ele não tem entendimento?
Prv.17.17- O amigo ama em todo o tempo; e para a angústia nasce o
irmão.
Prv.17.18- O homem falto de entendimento compromete-se, tornando-se fiador
na presença do seu vizinho.
Prv.17.19- O que ama a contenda ama a transgressao; o que faz alta a sua
porta busca a ruína.
Prv.17.20- O perverso de coração nunca achará o bem; e o que tem a língua
dobre virá a cair no mal.
Prv.17.21- O que gera um tolo, para sua tristeza o faz; e o pai do
insensato não se alegrará.
Prv.17.22- O coração alegre serve de bom remédio; mas o espírito abatido
seca os ossos.
Prv.17.23- O ímpio recebe do regaço a peita, para perverter as veredas da
justiça.
Prv.17.24- O alvo do inteligente é a sabedoria; mas os olhos do insensato
estão nas extremidades da terra.
Prv.17.25- O filho insensato é tristeza para seu, pai, e amargura para quem
o deu à luz.
Prv.17.26- Não é bom punir ao justo, nem ferir aos nobres por causa da sua
retidão.
Prv.17.27- Refreia as suas palavras aquele que possui o conhecimento; e o
homem de entendimento é de espírito sereno.
Prv.17.28- Até o tolo, estando calado, é tido por sábio; e o que cerra os
seus lábios, por entendido.
Prv.18.1- Aquele que vive isolado busca seu próprio desejo; insurge-se
contra a verdadeira sabedoria.
Prv.18.2- O tolo não toma prazer no entendimento, mas tão somente em
revelar a sua opinião.
Prv.18.3- Quando vem o ímpio, vem também o desprezo; e com a desonra vem
o opróbrio.
Prv.18.4- Aguas profundas são as palavras da boca do homem; e a fonte da
sabedoria é um ribeiro que corre.
Prv.18.5- Não é bom ter respeito à pessoa do impio, nem privar o justo
do seu direito.
Prv.18.6- Os lábios do tolo entram em contendas, e a sua boca clama por
açoites.
Prv.18.7- A boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios um
laço para a sua alma.
Prv.18.8- As palavras do difamador são como bocados doces, que penetram
até o íntimo das entranhas.
Prv.18.9- Aquele que é remisso na sua obra é irmão do que é
destruidor.
Prv.18.10- Torre forte é o nome do Senhor; para ela corre o justo, e está
seguro.
Prv.18.11- Os bens do rico são a sua cidade forte, e como um muro alto na
sua imaginação.
Prv.18.12- Antes da ruína eleva-se o coração do homem; e adiante da honra
vai a humildade.
Prv.18.13- Responder antes de ouvir, é estultícia e vergonha.
Prv.18.14- O espírito do homem o sustentará na sua enfermidade; mas ao
espírito abatido quem o levantará?
Prv.18.15- O coração do entendido adquire conhecimento; e o ouvido dos
sábios busca conhecimento;
Prv.18.16- O presente do homem alarga-lhe o caminho, e leva-o à presença
dos grandes.
Prv.18.17- O que primeiro começa o seu pleito parece justo; até que vem o
outro e o examina.
Prv.18.18- A sorte faz cessar os pleitos, e decide entre os
poderosos.
Prv.18.19- um irmão ajudado pelo irmão é como uma cidade fortificada; é
forte como os ferrolhos dum castelo.
Prv.18.20- O homem se fartará do fruto da sua boca; dos renovos dos seus
lábios se fartará.
Prv.18.21- A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama
comerá do seu fruto.
Prv.18.22- Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa; e alcança o favor
do Senhor.
Prv.18.23- O pobre fala com rogos; mas o rico responde com durezas.
Prv.18.24- O homem que tem muitos amigos, tem-nos para a sua ruína; mas há
um amigo que é mais chegado do que um irmão.
Prv.19.1- Melhor é o pobre que anda na sua integridade, do que aquele
que é perverso de lábios e tolo.
Prv.19.2- Não é bom agir sem refletir; e o que se apressa com seus pés
erra o caminho.
Prv.19.3- A estultícia do homem perverte o seu caminho, e o seu coração
se irrita contra o Senhor.
Prv.19.4- As riquezas granjeiam muitos amigos; mas do pobre o seu
próprio amigo se separa.
Prv.19.5- A testemunha falsa não ficará impune; e o que profere mentiras
não escapará.
Prv.19.6- Muitos procurarão o favor do liberal; e cada um é amigo
daquele que dá presentes.
Prv.19.7- Todos os irmãos do pobre o aborrecem; quanto mais se afastam
dele os seus amigos! persegue-os com súplicas, mas eles já se foram.
Prv.19.8- O que adquire a sabedoria é amigo de si mesmo; o que guarda o
entendimento prosperará.
Prv.19.9- A testemunha falsa não ficará impune, e o que profere mentiras
perecerá.
Prv.19.10- Ao tolo não convém o luxo; quanto menos ao servo dominar os
príncipes!
Prv.19.11- A discrição do homem fá-lo tardio em irar-se; e sua glória está
em esquecer ofensas.
Prv.19.12- A ira do rei é como o bramido o leão; mas o seu favor é como o
orvalho sobre a erva.
Prv.19.13- O filho insensato é a calamidade do pai; e as rixas da mulher
são uma goteira contínua.
Prv.19.14- Casa e riquezas são herdadas dos pais; mas a mulher prudente vem
do Senhor.
Prv.19.15- A preguiça faz cair em profundo sono; e o ocioso padecerá
fome.
Prv.19.16- Quem guarda o mandamento guarda a sua alma; mas aquele que não
faz caso dos seus caminhos morrerá.
Prv.19.17- O que se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe
retribuirá o seu benefício.
Prv.19.18- Corrige a teu filho enquanto há esperança; mas não te incites a
destruí-lo.
Prv.19.19- Homem de grande ira tem de sofrer o castigo; porque se o
livrares, terás de o fazer de novo.
Prv.19.20- Ouve o conselho, e recebe a correção, para que sejas sábio nos
teus últimos dias.
Prv.19.21- Muitos são os planos no coração do homem; mas o desígnio do
Senhor, esse prevalecerá.
Prv.19.22- O que faz um homem desejável é a sua benignidade; e o pobre é
melhor do que o mentiroso.
Prv.19.23- O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará
satisfeito, e mal nenhum o visitará.
Prv.19.24- O preguiçoso esconde a sua mão no prato, e nem ao menos quer levá-la
de novo à boca.
Prv.19.25- Fere ao escarnecedor, e o simples aprenderá a prudência;
repreende ao que tem entendimento, e ele crescerá na ciencia.
Prv.19.26- O que aflige a seu pai, e faz fugir a sua mãe, é filho que
envergonha e desonra.
Prv.19.27- Cessa, filho meu, de ouvir a instrução, e logo te desviarás das
palavras do conhecimento.
Prv.19.28- A testemunha vil escarnece da justiça; e a boca dos ímpios
engole a iniqüidade.
Prv.19.29- A condenação está preparada para os escarnecedores, e os açoites
para as costas dos tolos.
Prv.20.1- O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo
aquele que neles errar não e sábio.
Prv.20.2- Como o bramido do leão é o terror do rei; quem o provoca a ira
peca contra a sua própria vida.
Prv.20.3- Honroso é para o homem o desviar-se de questões; mas todo
insensato se entremete nelas.
Prv.20.4- O preguiçoso não lavra no outono; pelo que mendigará na sega,
e nada receberá.
Prv.20.5- Como águas profundas é o propósito no coração do homem; mas o
homem inteligente o descobrirá.
Prv.20.6- Muitos há que proclamam a sua própria bondade; mas o homem
fiel, quem o achará?
Prv.20.7- O justo anda na sua integridade; bem-aventurados serão os seus
filhos depois dele.
Prv.20.8- Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos
joeira a todo malfeitor.
Prv.20.9- Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu
pecado?
Prv.20.10- O peso fraudulento e a medida falsa são abominação ao Senhor,
tanto uma como outra coisa.
Prv.20.11- Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se a sua
conduta é pura e reta.
Prv.20.12- O ouvido que ouve, e o olho que vê, o Senhor os fez a
ambos.
Prv.20.13- Não ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos, e
te fartarás de pão.
Prv.20.14- Nada vale, nada vale, diz o comprador; mas, depois de
retirar-se, então se gaba.
Prv.20.15- Há ouro e abundância de pedras preciosas; mas os lábios do
conhecimento são jóia de grande valor.
Prv.20.16- Tira a roupa àquele que fica por fiador do estranho; e toma
penhor daquele que se obriga por estrangeiros.
Prv.20.17- Suave é ao homem o pão da mentira; mas depois a sua boca se
enche de pedrinhas.
Prv.20.18- Os projetos se confirmam pelos conselhos; assim, pois, com
prudencia faz a guerra.
Prv.20.19- O que anda mexericando revela segredos; pelo que não te metas
com quem muito abre os seus lábios.
Prv.20.20- O que amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe, apagar-se-lhe-á a sua
lâmpada nas, mais densas trevas.
Prv.20.21- A herança que no princípio é adquirida às pressas, não será
abençoada no seu fim.
Prv.20.22- Não digas: vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor e ele te
livrará.
Prv.20.23- Pesos fraudulentos são abomináveis ao Senhor; e balanças
enganosas não são boas.
Prv.20.24- Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, poderá
o homem entender o seu caminho?
Prv.20.25- Laço é para o homem dizer precipitadamente: É santo; e, feitos
os votos, então refletir.
Prv.20.26- O rei sábio joeira os ímpios e faz girar sobre eles a
roda.
Prv.20.27- O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha
todo o mais íntimo do coração.
Prv.20.28- A benignidade e a verdade guardam o rei; e com a benignidade
sustém ele o seu trono.
Prv.20.29- A glória dos jovens é a sua força; e a beleza dos velhos são as
cãs.
Prv.20.30- Os açoites que ferem purificam do mal; e as feridas penetram até
o mais íntimo do corpo.
Prv.21.1- Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele
o inclina para onde quer.
Prv.21.2- Todo caminho do homem é recto aos seus olhos; mas o Senhor
pesa os corações.
Prv.21.3- Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor
do que oferecer-lhe sacrifício.
Prv.21.4- Olhar altivo e coração orgulhoso, tal lâmpada dos ímpios é
pecado.
Prv.21.5- Os planos do diligente conduzem à abundância; mas todo
precipitado apressa-se para a penúria.
Prv.21.6- Ajuntar tesouros com língua falsa é uma vaidade fugitiva;
aqueles que os buscam, buscam a morte.
Prv.21.7- A violência dos ímpios arrebatá-los-á, porquanto recusam
praticar a justiça.
Prv.21.8- O caminho do homem perverso é tortuoso; mas o proceder do puro
é reto.
Prv.21.9- Melhor é morar num canto do eirado, do que com a mulher rixosa
numa casa ampla.
Prv.21.10- A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus
olhos.
Prv.21.11- Quando o escarnecedor é castigado, o simples torna-se sábio; e,
quando o sábio é instruído, recebe o conhecimento.
Prv.21.12- O justo observa a casa do ímpio; precipitam-se os ímpios na
ruína.
Prv.21.13- Quem tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, também clamará e não
será ouvido.
Prv.21.14- O presente que se dá em segredo aplaca a ira; e a dádiva às
escondidas, a forte indignação.
Prv.21.15- A execução da justiça é motivo de alegria para o justo; mas é
espanto para os que praticam a iniqüidade.
Prv.21.16- O homem que anda desviado do caminho do entendimento repousará
na congregação dos mortos.
Prv.21.17- Quem ama os prazeres empobrecerá; quem ama o vinho e o azeite
nunca enriquecera.
Prv.21.18- Resgate para o justo é o ímpio; e em lugar do recto ficará o
prevaricador.
Prv.21.19- Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e
iracunda.
Prv.21.20- Há tesouro precioso e azeite na casa do sábio; mas o homem
insensato os devora.
Prv.21.21- Aquele que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça
e a honra.
Prv.21.22- O sábio escala a cidade dos valentes, e derriba a fortaleza em
que ela confia.
Prv.21.23- O que guarda a sua boca e a sua língua, guarda das angústias a
sua alma.
Prv.21.24- Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; ele procede
com insolente orgulho.
Prv.21.25- O desejo do preguiçoso o mata; porque as suas mãos recusam-se a
trabalhar.
Prv.21.26- Todo o dia o ímpio cobiça; mas o justo dá, e não retém.
Prv.21.27- O sacrifício dos ímpios é abominaçao; quanto mais oferecendo-o
com intenção maligna!
Prv.21.28- A testemunha mentirosa perecerá; mas o homem que ouve falará sem
ser contestado.
Prv.21.29- O homem ímpio endurece o seu rosto; mas o recto considera os
seus caminhos.
Prv.21.30- Não há sabedoria, nem entendimento, nem conselho contra o
Senhor.
Prv.21.31- O cavalo prepara-se para o dia da batalha; mas do Senhor vem a
vitória.
Prv.22.1- Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas
riquezas; e o favor é melhor do que a prata e o ouro.
Prv.22.2- O rico e o pobre se encontram; quem os faz a ambos é o
Senhor.
Prv.22.3- O prudente vê o perigo e esconde-se; mas os simples passam
adiante e sofrem a pena.
Prv.22.4- O galardão da humildade e do temor do Senhor é riquezas, e
honra e vida.
Prv.22.5- Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua
alma retira-se para longe deles.
Prv.22.6- Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando
envelhecer não se desviará dele.
Prv.22.7- O rico domina sobre os pobres; e o que toma emprestado é servo
do que empresta.
Prv.22.8- O que semear a perversidade segará males; e a vara da sua
indignação falhará.
Prv.22.9- Quem vê com olhos bondosos será abençoado; porque dá do seu
pão ao pobre.
Prv.22.10- Lança fora ao escarnecedor, e a contenda se irá; cessarao a rixa
e a injúria.
Prv.22.11- O que ama a pureza do coração, e que tem graça nos seus lábios,
terá por seu amigo o rei.
Prv.22.12- Os olhos do Senhor preservam o que tem conhecimento; mas ele
transtorna as palavras do prevaricador.
Prv.22.13- Diz o preguiçoso: um leão está lá fora; serei morto no meio das
ruas.
Prv.22.14- Cova profunda é a boca da adúltera; aquele contra quem o Senhor
está irado cairá nela.
Prv.22.15- A estultícia está ligada ao coração do menino; mas a vara da
correção a afugentará dele.
Prv.22.16- O que para aumentar o seu lucro oprime o pobre, e dá ao rico,
certamente chegará à: penuria.
Prv.22.17- Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o
teu coração ao meu conhecimento.
Prv.22.18- Porque será coisa suave, se os guardares no teu peito, se
estiverem todos eles prontos nos teus lábios.
Prv.22.19- Para que a tua confiança esteja no senhor, a ti tos fiz saber
hoje, sim, a ti mesmo.
Prv.22.20- Porventura não te escrevi excelentes coisas acerca dos conselhos
e do conhecimento,
Prv.22.21- para te fazer saber a certeza das palavras de verdade, para que
possas responder com palavras de verdade aos que te enviarem?
Prv.22.22- Não roubes ao pobre, porque é pobre; nem oprimas ao aflito na
porta;
Prv.22.23- porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo, e aos que os
roubam lhes tirará a vida.
Prv.22.24- Não faças amizade com o iracundo; nem andes com o homem
colérico;
Prv.22.25- para que não aprendas as suas veredas, e tomes um laço para a
tua alma.
Prv.22.26- Não estejas entre os que se comprometem, que ficam por fiadores
de dívidas.
Prv.22.27- Se não tens com que pagar, por que tirariam a tua cama de
debaixo de ti?
Prv.22.28- Não removas os limites antigos que teus pais fixaram.
Prv.22.29- Vês um homem hábil na sua obrar? esse perante reis assistirá; e
não assistirá perante homens obscuros.
Prv.23.1- Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem
para aquele que está diante de ti;
Prv.23.2- e põe uma faca à tua garganta, se fores homem de grande
apetite.
Prv.23.3- Não cobices os seus manjares gostosos, porque é comida
enganadora.
Prv.23.4- Não te fatigues para seres rico; dá de mão à tua própria
sabedoria:
Prv.23.5- Fitando tu os olhos nas riquezas, elas se vão; pois fazem para
si asas, como a águia, voam para o céu.
Prv.23.6- Não comas o pão do avarento, nem cobices os seus manjares
gostosos.
Prv.23.7- Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é; ele te diz:
Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.
Prv.23.8- Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves
palavras.
Prv.23.9- Não fales aos ouvidos do tolo; porque desprezará a sabedoria
das tuas palavras.
Prv.23.10- Não removas os limites antigos; nem entres nos campos dos
órfãos,
Prv.23.11- porque o seu redentor é forte; ele lhes pleiteará a causa contra
ti.
Prv.23.12- Aplica o teu coração à instrução, e os teus ouvidos às palavras
do conhecimento.
Prv.23.13- Não retires da criança a disciplina; porque, fustigando-a tu com
a vara, nem por isso morrerá.
Prv.23.14- Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do Seol.
Prv.23.15- Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu
coração, sim, ó, meu próprio;
Prv.23.16- e exultará o meu coração, quando os teus lábios falarem coisas
retas.
Prv.23.17- Não tenhas inveja dos pecadores; antes conserva-te no temor do
Senhor todo o dia.
Prv.23.18- Porque deveras terás uma recompensa; não será malograda a tua
esperança.
Prv.23.19- Ouve tu, filho meu, e sê sábio; e dirige no caminho o teu
coração.
Prv.23.20- Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões
de carne.
Prv.23.21- Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência
cobrirá de trapos o homem.
Prv.23.22- Ouve a teu pai, que te gerou; e não desprezes a tua mãe, quando
ela envelhecer.
Prv.23.23- Compra a verdade, e não a vendas; sim, a sabedoria, a
disciplina, e o entendimento.
Prv.23.24- Grandemente se regozijará o pai do justo; e quem gerar um filho
sábio, nele se alegrará.
Prv.23.25- Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se aquela que te deu à
luz.
Prv.23.26- Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos
meus caminhos.
Prv.23.27- Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a
aventureira.
Prv.23.28- Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica
entre os homens os prevaricadores.
Prv.23.29- Para quem são os ais? para quem os pesares? para quem as
pelejas, para quem as queixas? para quem as feridas sem causa? e para quem os
olhos vermelhos?
Prv.23.30- Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam
buscando bebida misturada.
Prv.23.31- Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece
no copo e se escoa suavemente.
Prv.23.32- No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco
picará.
Prv.23.33- Os teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás
perversidades.
Prv.23.34- o serás como o que se deita no meio do mar, e como o que dorme
no topo do mastro.
Prv.23.35- E diràs: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o
senti; quando virei a despertar? ainda tornarei a buscá-lo outra vez.
Prv.24.1- Não tenhas inveja dos homens malignos; nem desejes estar com
eles;
Prv.24.2- porque o seu coração medita a violência; e os seus lábios
falam maliciosamente.
Prv.24.3- Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se
estabelece;
Prv.24.4- e pelo conhecimento se encherão as câmaras de todas as riquezas
preciosas e deleitáveis.
Prv.24.5- O sábio é mais poderoso do que o forte; e o inteligente do que
o que possui a força.
Prv.24.6- Porque com conselhos prudentes tu podes fazer a guerra; e há
vitória na multidão dos conselheiros.
Prv.24.7- A sabedoria é alta demais para o insensato; ele não abre a sua
boca na porta.
Prv.24.8- Aquele que cuida em fazer o mal, mestre de maus intentos o
chamarão.
Prv.24.9- O desígnio do insensato é pecado; e abominável aos homens é o
escarnecedor.
Prv.24.10- Se enfraqueces no dia da angústia, a tua força é pequena.
Prv.24.11- Livra os que estão sendo levados à morte, detém os que vão
tropeçando para a matança.
Prv.24.12- Se disseres: Eis que não o sabemos; porventura aquele que pesa
os corações não o percebe? e aquele que guarda a tua vida não o sabe? e não
retribuirá a cada um conforme a sua obra?
Prv.24.13- Come mel, filho meu, porque é bom, e do favo de mel, que é doce
ao teu paladar.
Prv.24.14- Sabe que é assim a sabedoria para a tua alma: se a achares,
haverá para ti recompensa, e não será malograda a tua esperança.
Prv.24.15- Não te ponhas de emboscada, ó ímpio, contra a habitação do
justo; nem assoles a sua pousada.
Prv.24.16- Porque sete vezes cai o justo, e se levanta; mas os ímpios são
derribados pela calamidade.
Prv.24.17- Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e quando tropeçar,
não se regozije o teu coração;
Prv.24.18- para que o Senhor não o veja, e isso seja mau aos seus olhos, e
desvie dele, a sua ira.
Prv.24.19- Não te aflijas por causa dos malfeitores; nem tenhas inveja dos
ímpios;
Prv.24.20- porque o maligno não tem futuro; e a lâmpada dos ímpios se
apagará.
Prv.24.21- Filho meu, teme ao Senhor, e ao rei; e não te entremetas com os
que gostam de mudanças.
Prv.24.22- Porque de repente se levantará a sua calamidade; e a ruína
deles, quem a conhecerá?
Prv.24.23- Também estes são provérbios dos sábios: Fazer acepção de pessoas
no juízo não é bom.
Prv.24.24- Aquele que disser ao ímpio: Justo és; os povos o amaldiçoarão,
as nações o detestarão;
Prv.24.25- mas para os que julgam retamente haverá delícias, e sobre eles
virá copiosa bênção.
Prv.24.26- O que responde com palavras retas beija os lábios.
Prv.24.27- Prepara os teus trabalhos de fora, apronta bem o teu campo; e
depois edifica a tua casa.
Prv.24.28- Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo; e não
enganes com os teus lábios.
Prv.24.29- Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei
a cada um segundo a sua obra.
Prv.24.30- Passei junto ao campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem
falto de entendimento;
Prv.24.31- e eis que tudo estava cheio de cardos, e a sua superfície
coberta de urtigas, e o seu muro de pedra estava derrubado.
Prv.24.32- O que tendo eu visto, o considerei; e, vendo-o, recebi
instrução.
Prv.24.33- Um pouco para dormir, um pouco para toscanejar, um pouco para
cruzar os braços em repouso;
Prv.24.34- assim sobrevirá a tua pobreza como um salteador, e a tua
necessidade como um homem armado.
Prv.25.1- Também estes são provérbios de Salomão, os quais transcreveram
os homens de Ezequias, rei de Judá.
Prv.25.2- A glória de Deus é encobrir as coisas; mas a glória dos reis é
esquadrinhá-las.
Prv.25.3- Como o céu na sua altura, e como a terra na sua profundidade,
assim o coração dos reis é inescrutável.
Prv.25.4- Tira da prata a escória, e sairá um vaso para o
fundidor.
Prv.25.5- Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na
justiça.
Prv.25.6- Não reclames para ti honra na presença do rei, nem te ponhas
no lugar dos grandes;
Prv.25.7- porque melhor é que te digam: Sobe, para aqui; do que seres
humilhado perante o príncipe.
Prv.25.8- O que os teus olhos viram, não te apresses a revelar, para
depois, ao fim, não saberes o que hás de fazer, podendo-te confundir o teu
próximo.
Prv.25.9- Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo; e não reveles o
segredo de outrem;
Prv.25.10- para que não te desonre aquele que o ouvir, não se apartando de
ti a infâmia.
Prv.25.11- Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a
seu tempo.
Prv.25.12- Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro puro, assim é o
sábio repreensor para o ouvido obediente.
Prv.25.13- Como o frescor de neve no tempo da sega, assim é o mensageiro
fiel para com os que o enviam, porque refrigera o espírito dos seus
senhores.
Prv.25.14- como nuvens e ventos que não trazem chuva, assim é o homem que
se gaba de dádivas que não fez.
Prv.25.15- Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda
quebranta os ossos.
Prv.25.16- Se achaste mel, come somente o que te basta, para que porventura
não te fartes dele, e o venhas a vomitar.
Prv.25.17- Põe raramente o teu pé na casa do teu próximo, para que não se
enfade de ti, e te aborreça.
Prv.25.18- Malho, e espada, e flecha aguda é o homem que levanta falso
testemunho contra o seu próximo.
Prv.25.19- Como dente quebrado, e pé deslocado, é a confiança no homem
desleal, no dia da angústia.
Prv.25.20- O que entoa canções ao coração aflito é como aquele que despe
uma peça de roupa num dia de frio, e como vinagre sobre a chaga.
Prv.25.21- Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer, e se tiver
sede, dá-lhe água para beber;
Prv.25.22- porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça, e o Senhor te
recompensará.
Prv.25.23- O vento norte traz chuva, e a língua caluniadora, o rosto
irado.
Prv.25.24- Melhor é morar num canto do eirado, do que com a mulher rixosa
numa casa ampla.
Prv.25.25- Como água fresca para o homem sedento, tais são as boas-novas de
terra remota.
Prv.25.26- Como fonte turva, e manancial poluído, assim é o justo que cede
lugar diante do ímpio.
Prv.25.27- comer muito mel não é bom; não multipliques, pois, as palavras
de lisonja.
Prv.25.28- Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que
não pode conter o seu espírito.
Prv.26.1- Como a neve no verão, e como a chuva no tempo da ceifa, assim
não convém ao tolo a honra.
Prv.26.2- Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu voar,
assim a maldição sem causa não encontra pouso.
Prv.26.3- O açoite é para o cavalo, o freio para o jumento, e a vara
para as costas dos tolos.
Prv.26.4- Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia, para que
também não te faças semelhante a ele.
Prv.26.5- Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que ele não
seja sábio aos seus próprios olhos.
Prv.26.6- Os pés decepa, e o dano bebe, quem manda mensagens pela mão
dum tolo.
Prv.26.7- As pernas do coxo pendem frouxas; assim é o provérbio na boca
dos tolos.
Prv.26.8- Como o que ata a pedra na funda, assim é aquele que dá honra
ao tolo.
Prv.26.9- Como o espinho que entra na mão do ébrio, assim é o provérbio
na mão dos tolos.
Prv.26.10- Como o flecheiro que fere a todos, assim é aquele que assalaria
ao transeunte tolo, ou ao ébrio.
Prv.26.11- Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o tolo que reitera a
sua estultícia.
Prv.26.12- Vês um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança
há para o tolo do que para ele.
Prv.26.13- Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas
ruas.
Prv.26.14- Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim o faz o preguiçoso
na sua cama.
Prv.26.15- O preguiçoso esconde a sua mão no prato, e nem ao menos quer
levá-la de novo à boca.
Prv.26.16- Mais sábio é o preguiçoso a seus olhos do que sete homens que
sabem responder bem.
Prv.26.17- O que, passando, se mete em questão alheia é como aquele que
toma um cão pelas orelhas.
Prv.26.18- Como o louco que atira tições, flechas, e morte,
Prv.26.19- assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por
brincadeira.
Prv.26.20- Faltando lenha, apaga-se o fogo; e não havendo difamador, cessa
a contenda.
Prv.26.21- Como o carvão para as brasas, e a lenha para o fogo, assim é o
homem contencioso para acender rixas.
Prv.26.22- As palavras do difamador são como bocados deliciosos, que descem
ao íntimo do ventre.
Prv.26.23- Como o vaso de barro coberto de escória de prata, assim são os
lábios ardentes e o coração maligno.
Prv.26.24- Aquele que odeia dissimula com os seus lábios; mas no seu
interior entesoura o engano.
Prv.26.25- Quando te suplicar com voz suave, não o creias; porque sete
abominações há no teu coração.
Prv.26.26- Ainda que o seu ódio se encubra com dissimulação, na congregação
será revelada a sua malícia.
Prv.26.27- O que faz uma cova cairá nela; e a pedra voltará sobre aquele
que a revolve.
Prv.26.28- A língua falsa odeia aqueles a quem ela tenha ferido; e a boca
lisonjeira opera a ruína.
Prv.27.1- Não te glories do dia de amanhã; porque não sabes o que
produzirá o dia.
Prv.27.2- Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estranho, e não
os teus lábios.
Prv.27.3- Pesada é a pedra, e a areia também; mas a ira do insensato é
mais pesada do que elas ambas.
Prv.27.4- Cruel é o furor, e impetuosa é a ira; mas quem pode resistir à
inveja?
Prv.27.5- Melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto.
Prv.27.6- Fiéis são as feridas dum amigo; mas os beijos dum inimigo são
enganosos.
Prv.27.7- O que está farto despreza o favo de mel; mas para o faminto
todo amargo é doce.
Prv.27.8- Qual a ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que
anda vagueando longe do seu lugar.
Prv.27.9- O óleo e o perfume alegram o coração; assim é o doce conselho
do homem para o seu amigo.
Prv.27.10- Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na
casa de teu irmão no dia de tua adversidade. Mais vale um vizinho que está
perto do que um irmão que está longe.
Prv.27.11- Sê sábio, filho meu, e alegra o meu coração, para que eu tenha o
que responder àquele que me vituperar.
Prv.27.12- O prudente vê o mal e se esconde; mas os insensatos passam
adiante e sofrem a pena.
Prv.27.13- Tira a roupa àquele que fica por fiador do estranho, e toma
penhor daquele que se obriga por uma estrangeira.
Prv.27.14- O que bendiz ao seu amigo em alta voz, levantando-se de
madrugada, isso lhe será contado como maldição.
Prv.27.15- A goteira contínua num dia chuvoso e a mulher rixosa são
semelhantes;
Prv.27.16- retê-la é reter o vento, ou segurar o óleo com a destra.
Prv.27.17- Afia-se o ferro com o ferro; assim o homem afia o rosto do seu
amigo.
Prv.27.18- O que cuida da figueira comerá do fruto dela; e o que vela pelo
seu senhor será honrado.
Prv.27.19- Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do
homem ao homem.
Prv.27.20- O Seol e o Abadom nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se
satisfazem.
Prv.27.21- O crisol é para a prata, e o forno para o ouro, e o homem é
provado pelos louvores que recebe.
Prv.27.22- Ainda que pisasses o insensato no gral entre grãos pilados,
contudo não se apartaria dele a sua estultícia.
Prv.27.23- Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem dos teus
rebanhos;
Prv.27.24- porque as riquezas não duram para sempre; e duraria a coroa de
geração em geração?
Prv.27.25- Quando o feno é removido, e aparece a erva verde, e recolhem-se
as ervas dos montes,
Prv.27.26- os cordeiros te proverão de vestes, e os bodes, do preço do
campo.
Prv.27.27- E haverá bastante leite de cabras para o teu sustento, para o
sustento da tua casa e das tuas criadas.
Prv.28.1- Fogem os ímpios, sem que ninguém os persiga; mas os justos são
ousados como o leão.
Prv.28.2- Por causa da transgressão duma terra são muitos os seus
príncipes; mas por virtude de homens prudentes e entendidos, ela subsistirá por
longo tempo.
Prv.28.3- O homem pobre que oprime os pobres, é como chuva impetuosa,
que não deixa trigo nenhum.
Prv.28.4- Os que abandonam a lei louvam os ímpios; mas os que guardam a
lei pelejam contra eles.
Prv.28.5- Os homens maus não entendem a justiça; mas os que buscam ao
Senhor a entendem plenamente.
Prv.28.6- Melhor é o pobre que anda na sua integridade, do que o rico
perverso nos seus caminhos.
Prv.28.7- O que guarda a lei é filho sábio; mas o companheiro dos
comilões envergonha a seu pai.
Prv.28.8- O que aumenta a sua riqueza com juros e usura, ajunta-a para o
que se compadece do pobre.
Prv.28.9- O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração
é abominável.
Prv.28.10- O que faz com que os retos se desviem para um mau caminho, ele
mesmo cairá na cova que abriu; mas os inocentes herdarão o bem.
Prv.28.11- O homem rico é sábio aos seus próprios olhos; mas o pobre que
tem entendimento o esquadrinha.
Prv.28.12- Quando os justos triunfam há grande, glória; mas quando os
ímpios sobem, escondem-se os homens.
Prv.28.13- O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que
as confessa e deixa, alcançará misericórdia.
Prv.28.14- Feliz é o homem que teme ao Senhor continuamente; mas o que
endurece o seu coração virá a cair no mal.
Prv.28.15- Como leão bramidor, e urso faminto, assim é o ímpio que domina
sobre um povo pobre.
Prv.28.16- O príncipe falto de entendimento é também opressor cruel; mas o
que aborrece a avareza prolongará os seus dias.
Prv.28.17- O homem culpado do sangue de qualquer pessoa será fugitivo até a
morte; ninguém o ajude.
Prv.28.18- O que anda retamente salvar-se-á; mas o perverso em seus
caminhos cairá de repente.
Prv.28.19- O que lavra a sua terra se fartará de pão; mas o que segue os
ociosos se encherá de pobreza.
Prv.28.20- O homem fiel gozará de abundantes bênçãos; mas o que se apressa
a enriquecer não ficará impune.
Prv.28.21- Fazer acepção de pessoas não é bom; mas até por um bocado de pão
prevaricará o homem.
Prv.28.22- Aquele que é cobiçoso corre atrás das riquezas; e não sabe que
há de vir sobre ele a penúria.
Prv.28.23- O que repreende a um homem achará depois mais favor do que
aquele que lisonjeia com a língua.
Prv.28.24- O que rouba a seu pai, ou a sua mãe, e diz: Isso não é
transgressão; esse é companheiro do destruidor.
Prv.28.25- O cobiçoso levanta contendas; mas o que confia no senhor
prosperará.
Prv.28.26- O que confia no seu próprio coração é insensato; mas o que anda
sabiamente será livre.
Prv.28.27- O que dá ao pobre não terá falta; mas o que esconde os seus
olhos terá muitas maldições.
Prv.28.28- Quando os ímpios sobem, escondem-se os homens; mas quando eles
perecem, multiplicam-se os justos.
Prv.29.1- Aquele que, sendo muitas vezes repreendido, endurece a cerviz,
será quebrantado de repente sem que haja cura.
Prv.29.2- Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o
ímpio domina, o povo geme.
Prv.29.3- O que ama a sabedoria alegra a seu pai; mas o companheiro de
prostitutas desperdiça a sua riqueza.
Prv.29.4- O rei pela justiça estabelece a terra; mas o que exige
presentes a transtorna.
Prv.29.5- O homem que lisonjeia a seu próximo arma-lhe uma rede aos
passos.
Prv.29.6- Na transgressão do homem mau há laço; mas o justo canta e se
regozija.
Prv.29.7- O justo toma conhecimento da causa dos pobres; mas o ímpio não
tem entendimento para a conhecer.
Prv.29.8- Os escarnecedores abrasam a cidade; mas os sábios desviam a
ira.
Prv.29.9- O sábio que pleiteia com o insensato, quer este se agaste quer
se ria, não terá descanso.
Prv.29.10- Os homens sanguinários odeiam o íntegro; mas os retos procuram o
seu bem.
Prv.29.11- O tolo derrama toda a sua ira; mas o sábio a reprime e
aplaca.
Prv.29.12- O governador que dá atenção às palavras mentirosas achará que
todos os seus servos são ímpios.
Prv.29.13- O pobre e o opressor se encontram; o Senhor alumia os olhos de
ambos.
Prv.29.14- Se o rei julgar os pobres com eqüidade, o seu trono será
estabelecido para sempre.
Prv.29.15- A vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si
mesma envergonha a sua mãe.
Prv.29.16- Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as
transgressões; mas os justos verão a queda deles.
Prv.29.17- Corrige a teu filho, e ele te dará descanso; sim, deleitará o
teu coração.
Prv.29.18- Onde não há profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei
esse é bem-aventurado.
Prv.29.19- O servo não se emendará com palavras; porque, ainda que entenda,
não atenderá.
Prv.29.20- Vês um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há
para o tolo do que para ele.
Prv.29.21- Aquele que cria delicadamente o seu servo desde a meninice, no
fim tê-lo-á por herdeiro.
Prv.29.22- O homem iracundo levanta contendas, e o furioso multiplica as
transgressões.
Prv.29.23- A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá
honra.
Prv.29.24- O que é sócio do ladrão odeia a sua própria alma; sendo
ajuramentado, nada denuncia.
Prv.29.25- O receio do homem lhe arma laços; mas o que confia no Senhor
está seguro.
Prv.29.26- Muitos buscam o favor do príncipe; mas é do Senhor que o homem
recebe a justiça.
Prv.29.27- O ímpio é abominação para os justos; e o que é recto no seu
caminho é abominação para o ímpio.
Prv.30.1- Palavras de Agur, filho de Jaqué de Massá. Diz o homem a
Itiel, e a Ucal:
Prv.30.2- Na verdade que eu sou mais estúpido do que ninguém; não tenho
o entendimento do homem;
Prv.30.3- não aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do
Santo.
Prv.30.4- Quem subiu ao céu e desceu? quem encerrou os ventos nos seus
punhos? mas amarrou as águas no seu manto? quem estabeleceu todas as
extremidades da terra? qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho?
Certamente o sabes!
Prv.30.5- Toda palavra de Deus é pura; ele é um escudo para os que nele
confiam.
Prv.30.6- Nada acrescentes às suas palavras, para que ele não te
repreenda e tu sejas achado mentiroso.
Prv.30.7- Duas coisas te peço; não mas negues, antes que morra:
Prv.30.8- Alonga de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a
pobreza nem a riqueza: dá-me só o pão que me é necessário;
Prv.30.9- para que eu de farto não te negue, e diga: Quem é o Senhor?
ou, empobrecendo, não venha a furtar, e profane o nome de Deus.
Prv.30.10- Não calunies o servo diante de seu senhor, para que ele não te
amaldiçoe e fiques tu culpado.
Prv.30.11- Há gente que amaldiçoa a seu pai, e que não bendiz a sua
mãe.
Prv.30.12- Há gente que é pura aos seus olhos, e contudo nunca foi lavada
da sua imundícia.
Prv.30.13- Há gente cujos olhos são altivos, e cujas pálpebras são
levantadas para cima.
Prv.30.14- Há gente cujos dentes são como espadas; e cujos queixais sao
como facas, para devorarem da terra os aflitos, e os necessitados dentre os
homens.
Prv.30.15- A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas
que nunca se fartam; sim, quatro que nunca dizem: Basta;
Prv.30.16- o Seol, a madre estéril, a terra que não se farta d`água, e o
fogo que nunca diz: Basta.
Prv.30.17- Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência à mãe,
serão arrancados pelos corvos do vale e devorados pelos filhos da águia.
Prv.30.18- Há três coisas que são maravilhosas demais para mim, sim, há
quatro que não conheço:
Prv.30.19- o caminho da águia no ar, o caminho da cobra na penha, o caminho
do navio no meio do mar, e o caminho do homem com uma virgem.
Prv.30.20- Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua
boca, e diz: não pratiquei iniqüidade.
Prv.30.21- Por três coisas estremece a terra, sim, há quatro que não pode
suportar:
Prv.30.22- o escravo quando reina; o tolo quando se farta de comer;
Prv.30.23- a mulher desdenhada quando se casa; e a serva quando fica
herdeira da sua senhora.
Prv.30.24- Quatro coisas há na terra que são pequenas, entretanto são
extremamente sábias;
Prv.30.25- as formigas são um povo sem força, todavia no verão preparam a
sua comida;
Prv.30.26- os querogrilos são um povo débil, contudo fazem a sua casa nas
rochas;
Prv.30.27- os gafanhotos não têm rei, contudo marcham todos
enfileirados;
Prv.30.28- a lagartixa apanha-se com as mãos, contudo anda nos palácios dos
reis.
Prv.30.29- Há três que andam com elegância, sim, quatro que se movem
airosamente:
Prv.30.30- o leão, que é o mais forte entre os animais, e que não se desvia
diante de ninguém;
Prv.30.31- o galo emproado, o bode, e o rei à frente do seu povo.
Prv.30.32- Se procedeste loucamente em te elevares, ou se maquinaste o mal,
põe a mão sobre a boca.
Prv.30.33- Como o espremer do leite produz queijo verde, e o espremer do
nariz produz sangue, assim o espremer da ira produz contenda.
Prv.31.1- As palavras do rei Lemuel, rei de Massá, que lhe ensinou sua
mãe.
Prv.31.2- Que te direi, filho meu? e que te direi, ó filho do meu
ventre? e que te direi, ó filho dos meus votos?
Prv.31.3- Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos às que
destroem os reis.
Prv.31.4- Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos
príncipes desejar bebida forte;
Prv.31.5- para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o
direito de quem anda aflito.
Prv.31.6- Dai bebida forte ao que está para perecer, e o vinho ao que
está em amargura de espírito.
Prv.31.7- Bebam e se esqueçam da sua pobreza, e da sua miséria não se
lembrem mais.
Prv.31.8- Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos
os desamparados.
Prv.31.9- Abre a tua boca; julga retamente, e faz justiça aos pobres e
aos necessitados.
Prv.31.10- Álefe. Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor
muito excede ao de jóias preciosas.
Prv.31.11- Bete. O coração do seu marido confia nela, e não lhe haverá
falta de lucro.
Prv.31.12- Guímel. Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua
vida.
Prv.31.13- Dálete. Ela busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com as
mãos.
Prv.31.14- Hê. É como os navios do negociante; de longe traz o seu
pão.
Prv.31.15- Vave. E quando ainda está escuro, ela se levanta, e dá
mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas.
Prv.31.16- Zaine. Considera um campo, e compra-o; planta uma vinha com o fruto
de suas maos.
Prv.31.17- Hete. Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus
braços.
Prv.31.18- Tete. Prova e vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não
se apaga de noite.
Prv.31.19- Iode. Estende as mãos ao fuso, e as suas mãos pegam na
roca.
Prv.31.20- Cafe. Abre a mão para o pobre; sim, ao necessitado estende as
suas mãos.
Prv.31.21- Lâmede. Não tem medo da neve pela sua família; pois todos os da
sua casa estão vestidos de escarlate.
Prv.31.22- Meme. Faz para si cobertas; de linho fino e de púrpura é o seu
vestido.
Prv.31.23- Nune. Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta
entre os anciãos da terra.
Prv.31.24- Sâmerue. Faz vestidos de linho, e vende-os, e entrega cintas aos
mercadores.
Prv.31.25- Aine. A força e a dignidade são os seus vestidos; e ri-se do
tempo vindouro.
Prv.31.26- Pê. Abre a sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência
está na sua língua.
Prv.31.27- Tsadê. Olha pelo governo de sua casa, e não come o pão da
preguiça.
Prv.31.28- Côfe. Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada, como
também seu marido, que a louva, dizendo:
Prv.31.29- Reche. Muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas tu a
todas sobrepujas.
Prv.31.30- Chine. Enganosa é a graça, e vã é a formosura; mas a mulher que
teme ao Senhor, essa será louvada.
Prv.31.31- Tau. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as
suas obras.