20 – Provérbios - Prv

Prv.1.1-         Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel:   

Prv.1.2-         Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras de inteligência;   

Prv.1.3-         para se instruir em sábio procedimento, em retidão, justiça e eqüidade;   

Prv.1.4-         para se dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso.   

Prv.1.5-         Ouça também, o sábio e cresça em ciência, e o entendido adquira habilidade,   

Prv.1.6-         para entender provérbios e parábolas, as palavras dos sábios, e seus enigmas.   

Prv.1.7-         O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução.   

Prv.1.8-         Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe.   

Prv.1.9-         Porque eles serão uma grinalda de graça para a tua cabeça, e colares para o teu pescoço.   

Prv.1.10-       Filho meu, se os pecadores te quiserem seduzir, não consintas.   

Prv.1.11-       Se disserem: Vem conosco; embosquemo-nos para derramar sangue; espreitemos sem razão o inocente;   

Prv.1.12-       traguemo-los vivos, como o Seol, e inteiros como os que descem à cova;   

Prv.1.13-       acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;   

Prv.1.14-       lançarás a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa;   

Prv.1.15-       filho meu, não andes no caminho com eles; guarda da sua vereda o teu pé,   

Prv.1.16-       porque os seus pés correm para o mal, e eles se apressam a derramar sangue.   

Prv.1.17-       Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave.   

Prv.1.18-       Mas estes se põem em emboscadas contra o seu próprio sangue, e as suas próprias vidas espreitam.   

Prv.1.19-       Tais são as veredas de todo aquele que se entrega à cobiça; ela tira a vida dos que a possuem.   

Prv.1.20-       A suprema sabedoria altissonantemente clama nas ruas; nas praças levanta a sua voz.   

Prv.1.21-       Do alto dos muros clama; às entradas das portas e na cidade profere as suas palavras:   

Prv.1.22-       Até quando, ó estúpidos, amareis a estupidez? e até quando se deleitarão no escárnio os escarnecedores, e odiarão os insensatos o conhecimento?   

Prv.1.23-       Convertei-vos pela minha repreensão; eis que derramarei sobre vós o meu; espírito e vos farei saber as minhas palavras.   

Prv.1.24-       Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a minha mão, e nao houve quem desse atenção;   

Prv.1.25-       antes desprezastes todo o meu conselho, e não fizestes caso da minha repreensão;   

Prv.1.26-       também eu me rirei no dia da vossa calamidade; zombarei, quando sobrevier o vosso terror,   

Prv.1.27-       quando o terror vos sobrevier como tempestade, e a vossa calamidade passar como redemoinho, e quando vos sobrevierem aperto e angústia.   

Prv.1.28-       Então a mim clamarão, mas eu não responderei; diligentemente me buscarão, mas não me acharão.   

Prv.1.29-       Porquanto aborreceram o conhecimento, e não preferiram o temor do Senhor;   

Prv.1.30-       não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão;   

Prv.1.31-       portanto comerão do fruto do seu caminho e se fartarão dos seus próprios conselhos.   

Prv.1.32-       Porque o desvio dos néscios os matará, e a prosperidade dos loucos os destruirá.   

Prv.1.33-       Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará tranqüilo, sem receio do mal.   

Prv.2.1-         Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e entesourares contigo os meus mandamentos,   

Prv.2.2-         para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento;   

Prv.2.3-         sim, se clamares por discernimento, e por entendimento alçares a tua voz;   

Prv.2.4-         se o buscares como a prata e o procurares como a tesouros escondidos;   

Prv.2.5-         então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.   

Prv.2.6-         Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca procedem o conhecimento e o entendimento;   

Prv.2.7-         ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; e escudo para os que caminham em integridade,   

Prv.2.8-         guardando-lhes as veredas da justiça, e preservando o caminho dos seus santos.   

Prv.2.9-         Então entenderás a retidão, a justiça, a eqüidade, e todas as boas veredas.   

Prv.2.10-       Pois a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será aprazível à tua alma;   

Prv.2.11-       o bom siso te protegerá, e o discernimento e guardará;   

Prv.2.12-       para te livrar do mau caminho, e do homem que diz coisas perversas;   

Prv.2.13-       dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos das trevas;   

Prv.2.14-       que se alegram de fazer o mal, e se deleitam nas perversidades dos maus;   

Prv.2.15-       dos que são tortuosos nas suas veredas; e iníquos nas suas carreiras;   

Prv.2.16-       e para te livrar da mulher estranha, da estrangeira que lisonjeia com suas palavras;   

Prv.2.17-       a qual abandona o companheiro da sua mocidade e se esquece do concerto do seu Deus;   

Prv.2.18-       pois a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas para as sombras.   

Prv.2.19-       Nenhum dos que se dirigirem a ela, tornara a sair, nem retomará as veredas da vida.   

Prv.2.20-       Assim andarás pelo caminho dos bons, e guardarás as veredas dos justos.   

Prv.2.21-       Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela.   

Prv.2.22-       Mas os ímpios serão exterminados da terra, e dela os aleivosos serão desarraigados.   

Prv.3.1-         Filho meu, não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus mandamentos;   

Prv.3.2-         porque eles te darão longura de dias, e anos de vida e paz.   

Prv.3.3-         Não se afastem de ti a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço, escreve-as na tábua do teu coração;   

Prv.3.4-         assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens.   

Prv.3.5-         Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.   

Prv.3.6-         Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.   

Prv.3.7-         Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.   

Prv.3.8-         Isso será saúde para a tua carne; e refrigério para os teus ossos.   

Prv.3.9-         Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda;   

Prv.3.10-       assim se encherão de fartura os teus celeiros, e trasbordarão de mosto os teus lagares.   

Prv.3.11-       Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão;   

Prv.3.12-       porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.   

Prv.3.13-       Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento;   

Prv.3.14-       pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro.   

Prv.3.15-       Mais preciosa é do que as jóias, e nada do que possas desejar é comparável a ela.   

Prv.3.16-       Longura de dias há na sua mão direita; na sua esquerda riquezas e honra.   

Prv.3.17-       Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas são paz.   

Prv.3.18-       É árvore da vida para os que dela lançam mão, e bem-aventurado é todo aquele que a retém.   

Prv.3.19-       O Senhor pela sabedoria fundou a terra; pelo entendimento estabeleceu o céu.   

Prv.3.20-       Pelo seu conhecimento se fendem os abismos, e as nuvens destilam o orvalho.   

Prv.3.21-       Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos: guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso;   

Prv.3.22-       assim serão elas vida para a tua alma, e adorno para o teu pescoço.   

Prv.3.23-       Então andarás seguro pelo teu caminho, e não tropeçará o teu pé.   

Prv.3.24-       Quando te deitares, não temerás; sim, tu te deitarás e o teu sono será suave.   

Prv.3.25-       Não temas o pavor repentino, nem a assolação dos ímpios quando vier.   

Prv.3.26-       Porque o Senhor será a tua confiança, e guardará os teus pés de serem presos.   

Prv.3.27-       Não negues o bem a quem de direito, estando no teu poder fazê-lo.   

Prv.3.28-       Não digas ao teu próximo: Vai, e volta, amanhã to darei; tendo-o tu contigo.   

Prv.3.29-       Não maquines o mal contra o teu próximo, que habita contigo confiadamente.   

Prv.3.30-       Não contendas com um homem, sem motivo, não te havendo ele feito o mal.   

Prv.3.31-       Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de seus caminhos.   

Prv.3.32-       Porque o perverso é abominação para o Senhor, mas com os retos está o seu segredo.   

Prv.3.33-       A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas ele abençoa a habitação dos justos.   

Prv.3.34-       Ele escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes.   

Prv.3.35-       Os sábios herdarão honra, mas a exaltação dos loucos se converte em ignomínia.   

Prv.4.1-         Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes o entendimento.   

Prv.4.2-         Pois eu vos dou boa doutrina; não abandoneis o meu ensino.   

Prv.4.3-         Quando eu era filho aos pés de meu, pai, tenro e único em estima diante de minha mãe,   

Prv.4.4-         ele me ensinava, e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive.   

Prv.4.5-         Adquire a sabedoria, adquire o entendimento; não te esqueças nem te desvies das palavras da minha boca.   

Prv.4.6-         Não a abandones, e ela te guardará; ama-a, e ela te preservará.   

Prv.4.7-         A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o entendimento.   

Prv.4.8-         Estima-a, e ela te exaltará; se a abraçares, ela te honrará.   

Prv.4.9-         Ela dará à tua cabeça uma grinalda de graça; e uma coroa de glória te entregará.   

Prv.4.10-       Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, para que se multipliquem os anos da tua vida.   

Prv.4.11-       Eu te ensinei o caminho da sabedoria; guiei-te pelas veredas da retidão.   

Prv.4.12-       Quando andares, não se embaraçarão os teus passos; e se correres, não tropeçarás.   

Prv.4.13-       Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.   

Prv.4.14-       Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus.   

Prv.4.15-       Evita-o, não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo.   

Prv.4.16-       Pois não dormem, se não fizerem o mal, e foge deles o sono se não fizerem tropeçar alguém.   

Prv.4.17-       Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência.   

Prv.4.18-       Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.   

Prv.4.19-       O caminho dos ímpios é como a escuridão: não sabem eles em que tropeçam.   

Prv.4.20-       Filho meu, atenta para as minhas palavras; inclina o teu ouvido às minhas instroções.   

Prv.4.21-       Não se apartem elas de diante dos teus olhos; guarda-as dentro do teu coração.   

Prv.4.22-       Porque são vida para os que as encontram, e saúde para todo o seu corpo.   

Prv.4.23-       Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.   

Prv.4.24-       Desvia de ti a malignidade da boca, e alonga de ti a perversidade dos lábios.   

Prv.4.25-       Dirijam-se os teus olhos para a frente, e olhem as tuas pálpebras diretamente diante de ti.   

Prv.4.26-       Pondera a vereda de teus pés, e serão seguros todos os teus caminhos.   

Prv.4.27-       Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.   

Prv.5.1-         Filho meu, atende à minha sabedoria; inclinão teu ouvido à minha prudência;   

Prv.5.2-         para que observes a discrição, e os teus lábios guardem o conhecimento.   

Prv.5.3-         Porque os lábios da mulher licenciosa destilam mel, e a sua boca e mais macia do que o azeite;   

Prv.5.4-         mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes.   

Prv.5.5-         Os seus pés descem à morte; os seus passos seguem no caminho do Seol.   

Prv.5.6-         Ela não pondera a vereda da vida; incertos são os seus caminhos, e ela o ignora.   

Prv.5.7-         Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos, e não vos desvieis das palavras da minha boca.   

Prv.5.8-         Afasta para longe dela o teu caminho, e não te aproximes da porta da sua casa;   

Prv.5.9-         para que não dês a outros a tua honra, nem os teus anos a cruéis;   

Prv.5.10-       para que não se fartem os estranhos dos teus bens, e não entrem os teus trabalhos na casa do estrangeiro,   

Prv.5.11-       e gemas no teu fim, quando se consumirem a tua carne e o teu corpo,   

Prv.5.12-       e digas: Como detestei a disciplina! e desprezou o meu coração a repreensão!   

Prv.5.13-       e não escutei a voz dos que me ensinavam, nem aos que me instruíam inclinei o meu ouvido!   

Prv.5.14-       Quase cheguei à ruína completa, no meio da congregação e da assembléia.   

Prv.5.15-       Bebe a água da tua própria cisterna, e das correntes do teu poço.   

Prv.5.16-       Derramar-se-iam as tuas fontes para fora, e pelas ruas os ribeiros de águas?   

Prv.5.17-       Sejam para ti só, e não para os estranhos juntamente contigo.   

Prv.5.18-       Seja bendito o teu manancial; e regozija-te na mulher da tua mocidade.   

Prv.5.19-       Como corça amorosa, e graciosa cabra montesa saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê encantado perpetuamente.   

Prv.5.20-       E por que, filho meu, andarias atraído pela mulher licenciosa, e abraÇarias o seio da adúltera?   

Prv.5.21-       Porque os caminhos do homem estão diante dos olhos do Senhor, o qual observa todas as suas veredas.   

Prv.5.22-       Quanto ao ímpio, as suas próprias iniqüidades o prenderão, e pelas cordas do seu pecado será detido.   

Prv.5.23-       Ele morre pela falta de disciplina; e pelo excesso da sua loucura anda errado.   

Prv.6.1-         Filho meu, se ficaste por fiador do teu próximo, se te empenhaste por um estranho,   

Prv.6.2-         estás enredado pelos teus lábios; estás preso pelas palavras da tua boca.   

Prv.6.3-         Faze pois isto agora, filho meu, e livra-te, pois já caíste nas mãos do teu próximo; vai, humilha-te, e importuna o teu próximo;   

Prv.6.4-         não dês sono aos teus olhos, nem adormecimento às tuas pálpebras;   

Prv.6.5-         livra-te como a gazela da mão do caçador, e como a ave da mão do passarinheiro.   

Prv.6.6-         Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos, e sê sábio;   

Prv.6.7-         a qual, não tendo chefe, nem superintendente, nem governador,   

Prv.6.8-         no verão faz a provisão do seu mantimento, e ajunta o seu alimento no tempo da ceifa.   

Prv.6.9-         o preguiçoso, até quando ficarás deitador? quando te levantarás do teu sono?   

Prv.6.10-       um pouco para dormir, um pouco para toscanejar, um pouco para cruzar as mãos em repouso;   

Prv.6.11-       assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado.   

Prv.6.12-       O homem vil, o homem iníquo, anda com a perversidade na boca,   

Prv.6.13-       pisca os olhos, faz sinais com os pés, e acena com os dedos;   

Prv.6.14-       perversidade há no seu coração; todo o tempo maquina o mal; anda semeando contendas.   

Prv.6.15-       Pelo que a sua destruição virá repentinamente; subitamente será quebrantado, sem que haja cura.   

Prv.6.16-       Há seis coisas que o Senhor detesta; sim, há sete que ele abomina:   

Prv.6.17-       olhos altivos, língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente;   

Prv.6.18-       coração que maquina projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal;   

Prv.6.19-       testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.   

Prv.6.20-       Filho meu, guarda o mandamento de, teu pai, e não abandones a instrução de tua mãe;   

Prv.6.21-       ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço.   

Prv.6.22-       Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo.   

Prv.6.23-       Porque o mandamento é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida,   

Prv.6.24-       para te guardarem da mulher má, e das lisonjas da língua da adúltera.   

Prv.6.25-       Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te deixes prender pelos seus olhares.   

Prv.6.26-       Porque o preço da prostituta é apenas um bocado de pão, mas a adúltera anda à caça da própria vida do homem.   

Prv.6.27-       Pode alguém tomar fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem?   

Prv.6.28-       Ou andará sobre as brasas sem que se queimem os seus pés?   

Prv.6.29-       Assim será o que entrar à mulher do seu proximo; não ficará inocente quem a tocar.   

Prv.6.30-       Não é desprezado o ladrão, mesmo quando furta para saciar a fome?   

Prv.6.31-       E, se for apanhado, pagará sete vezes tanto, dando até todos os bens de sua casa.   

Prv.6.32-       O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói-se a si mesmo, quem assim procede.   

Prv.6.33-       Receberá feridas e ignomínia, e o seu opróbrio nunca se apagará;   

Prv.6.34-       porque o ciúme enfurece ao marido, que de maneira nenhuma poupará no dia da vingança.   

Prv.6.35-       Não aceitará resgate algum, nem se aplacará, ainda que multipliques os presentes.   

Prv.7.1-         Filho meu, guarda as minhas palavras, e entesoura contigo os meus mandamentos.   

Prv.7.2-         Observa os meus mandamentos e vive; guarda a minha lei, como a menina dos teus olhos.   

Prv.7.3-         Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração.   

Prv.7.4-         Dizà sabedoria: Tu és minha irmã; e chama ao entendimento teu amigo íntimo,   

Prv.7.5-         para te guardarem da mulher alheia, da adúltera, que lisonjeia com as suas palavras.   

Prv.7.6-         Porque da janela da minha casa, por minhas grades olhando eu,   

Prv.7.7-         vi entre os simples, divisei entre os jovens, um mancebo falto de juízo,   

Prv.7.8-         que passava pela rua junto à esquina da mulher adúltera e que seguia o caminho da sua casa,   

Prv.7.9-         no crepúsculo, à tarde do dia, à noite fechada e na escuridão;   

Prv.7.10-       e eis que uma mulher lhe saiu ao encontro, ornada à moda das prostitutas, e astuta de coração.   

Prv.7.11-       Ela é turbulenta e obstinada; não param em casa os seus pés;   

Prv.7.12-       ora está ela pelas ruas, ora pelas praças, espreitando por todos os cantos.   

Prv.7.13-       Pegou dele, pois, e o beijou; e com semblante impudico lhe disse:   

Prv.7.14-       Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos.   

Prv.7.15-       Por isso saí ao teu encontro a buscar-te diligentemente, e te achei.   

Prv.7.16-       Já cobri a minha cama de cobertas, de colchas de linho do Egito.   

Prv.7.17-       Já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo.   

Prv.7.18-       Vem, saciemo-nos de amores até pela manhã; alegremo-nos com amores.   

Prv.7.19-       Porque meu marido não está em casa; foi fazer uma jornada ao longe;   

Prv.7.20-       um saquitel de dinheiro levou na mão; só lá para o dia da lua cheia voltará para casa.   

Prv.7.21-       Ela o faz ceder com a multidão das suas palavras sedutoras, com as lisonjas dos seus lábios o arrasta.   

Prv.7.22-       Ele a segue logo, como boi que vai ao matadouro, e como o louco ao castigo das prisões;   

Prv.7.23-       até que uma flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se apressa para o laço, sem saber que está armado contra a sua vida.   

Prv.7.24-       Agora, pois, filhos, ouvi-me, e estai atentos às palavras da minha boca.   

Prv.7.25-       Não se desvie para os seus caminhos o teu coração, e não andes perdido nas suas veredas.   

Prv.7.26-       Porque ela a muitos tem feito cair feridos; e são muitíssimos os que por ela foram mortos.   

Prv.7.27-       Caminho de Seol é a sua casa, o qual desce às câmaras da morte.   

Prv.8.1-         Não clama porventura a sabedoria, e não faz o entendimento soar a sua voz?   

Prv.8.2-         No cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas ela se coloca.   

Prv.8.3-         Junto às portas, à entrada da cidade, e à entrada das portas está clamando:   

Prv.8.4-         A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens.   

Prv.8.5-         Aprendei, ó simples, a prudência; entendei, ó loucos, a sabedoria.   

Prv.8.6-         Ouvi vós, porque profiro coisas excelentes; os meus lábios se abrem para a eqüidade.   

Prv.8.7-         Porque a minha boca profere a verdade, os meus lábios abominam a impiedade.   

Prv.8.8-         Justas são todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem perversa.   

Prv.8.9-         Todas elas são retas para o que bem as entende, e justas para os que acham o conhecimento.   

Prv.8.10-       Aceitai antes a minha correção, e não a prata; e o conhecimento, antes do que o ouro escolhido.   

Prv.8.11-       Porque melhor é a sabedoria do que as jóias; e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela.   

Prv.8.12-       Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e possuo o conhecimento e a discrição.   

Prv.8.13-       O temor do Senhor é odiar o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa, eu os odeio.   

Prv.8.14-       Meu é o conselho, e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento; minha é a fortaleza.   

Prv.8.15-       Por mim reinam os reis, e os príncipes decretam o que justo.   

Prv.8.16-       Por mim governam os príncipes e os nobres, sim, todos os juízes da terra.   

Prv.8.17-       Eu amo aos que me amam, e os que diligentemente me buscam me acharão.   

Prv.8.18-       Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça.   

Prv.8.19-       Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e a minha renda melhor do que a prata escolhida.   

Prv.8.20-       Ando pelo caminho da retidão, no meio das veredas da justiça,   

Prv.8.21-       dotando de bens permanentes os que me amam, e enchendo os seus tesouros.   

Prv.8.22-       O Senhor me criou como a primeira das suas obras, o princípio dos seus feitos mais antigos.   

Prv.8.23-       Desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes de existir a terra.   

Prv.8.24-       Antes de haver abismos, fui gerada, e antes ainda de haver fontes cheias d`água.   

Prv.8.25-       Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros eu nasci,   

Prv.8.26-       quando ele ainda não tinha feito a terra com seus campos, nem sequer o princípio do pó do mundo.   

Prv.8.27-       Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava um círculo sobre a face do abismo,   

Prv.8.28-       quando estabelecia o firmamento em cima, quando se firmavam as fontes do abismo,   

Prv.8.29-       quando ele fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando traçava os fundamentos da terra,   

Prv.8.30-       então eu estava ao seu lado como arquiteto; e era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo;   

Prv.8.31-       folgando no seu mundo habitável, e achando as minhas delícias com os filhos dos homens.   

Prv.8.32-       Agora, pois, filhos, ouvi-me; porque felizes são os que guardam os meus caminhos.   

Prv.8.33-       Ouvi a correção, e sede sábios; e não a rejeiteis.   

Prv.8.34-       Feliz é o homem que me dá ouvidos, velando cada dia às minhas entradas, esperando junto às ombreiras da minha porta.   

Prv.8.35-       Porque o que me achar achará a vida, e alcançará o favor do Senhor.   

Prv.8.36-       Mas o que pecar contra mim fará mal à sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte.   

Prv.9.1-         A sabedoria já edificou a sua casa, já lavrou as suas sete colunas;   

Prv.9.2-         já imolou as suas vítimas, misturou o seu vinho, e preparou a sua mesa.   

Prv.9.3-         Já enviou as suas criadas a clamar sobre as alturas da cidade, dizendo:   

Prv.9.4-         Quem é simples, volte-se para cá. Aos faltos de entendimento diz:   

Prv.9.5-         Vinde, comei do meu pão, e bebei do vinho que tenho misturado.   

Prv.9.6-         Deixai a insensatez, e vivei; e andai pelo caminho do entendimento.   

Prv.9.7-         O que repreende ao escarnecedor, traz afronta sobre si; e o que censura ao ímpio, recebe a sua mancha.   

Prv.9.8-         Não repreendas ao escarnecedor, para que não te odeie; repreende ao sábio, e amar-te-á.   

Prv.9.9-         Instrui ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento.   

Prv.9.10-       O temor do Senhor é o princípio sabedoria; e o conhecimento do Santo é o entendimento.   

Prv.9.11-       Porque por mim se multiplicam os teus dias, e anos de vida se te acrescentarão.   

Prv.9.12-       Se fores sábio, para ti mesmo o serás; e, se fores escarnecedor, tu só o suportarás.   

Prv.9.13-       A mulher tola é alvoroçadora; é insensata, e não conhece o pudor.   

Prv.9.14-       Senta-se à porta da sua casa ou numa cadeira, nas alturas da cidade,   

Prv.9.15-       chamando aos que passam e seguem direitos o seu caminho:   

Prv.9.16-       Quem é simples, volte-se para cá! E aos faltos de entendimento diz:   

Prv.9.17-       As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável.   

Prv.9.18-       Mas ele não sabe que ali estão os mortos; que os seus convidados estão nas profundezas do Seol.   

Prv.10.1-       Provérbios de Salomão. Um filho sábio alegra a seu pai; mas um filho insensato é a tristeza de sua mae.   

Prv.10.2-       Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte.   

Prv.10.3-       O Senhor não deixa o justo passar fome; mas o desejo dos ímpios ele rechaça.   

Prv.10.4-       O que trabalha com mão remissa empobrece; mas a mão do diligente enriquece.   

Prv.10.5-       O que ajunta no verão é filho prudente; mas o que dorme na sega é filho que envergonha.   

Prv.10.6-       Bênçãos caem sobre a cabeça do justo; porém a boca dos ímpios esconde a violência.   

Prv.10.7-       A memória do justo é abençoada; mas o nome dos ímpios apodrecerá.   

Prv.10.8-       O sábio de coração aceita os mandamentos; mas o insensato palra dor cairá.   

Prv.10.9-       Quem anda em integridade anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos será conhecido.   

Prv.10.10-     O que acena com os olhos dá dores; e o insensato palrador cairá.   

Prv.10.11-     A boca do justo é manancial de vida, porém a boca dos ímpios esconde a violência.   

Prv.10.12-     O ódio excita contendas; mas o amor cobre todas as transgressões.   

Prv.10.13-     Nos lábios do entendido se acha a sabedoria; mas a vara é para as costas do que é falto de entendimento.   

Prv.10.14-     Os sábios entesouram o conhecimento; porém a boca do insensato é uma destruição iminente.   

Prv.10.15-     Os bens do rico são a sua cidade forte; a ruína dos pobres é a sua pobreza.   

Prv.10.16-     O trabalho do justo conduz à vida; a renda do ímpio, para o pecado.   

Prv.10.17-     O que atende à instrução está na vereda da vida; mas o que rejeita a repreensão anda errado.   

Prv.10.18-     O que encobre o ódio tem lábios falsos; e o que espalha a calúnia é um insensato.   

Prv.10.19-     Na multidão de palavras não falta transgressão; mas o que refreia os seus lábios é prudente.   

Prv.10.20-     A língua do justo é prata escolhida; o coração dos ímpios é de pouco valor.   

Prv.10.21-     Os lábios do justo apascentam a muitos; mas os insensatos, por falta de entendimento, morrem.   

Prv.10.22-     A bênção do Senhor é que enriquece; e ele não a faz seguir de dor alguma.   

Prv.10.23-     E um divertimento para o insensato o praticar a iniqüidade; mas a conduta sábia é o prazer do homem entendido.   

Prv.10.24-     O que o ímpio teme, isso virá sobre ele; mas aos justos se lhes concederá o seu desejo.   

Prv.10.25-     Como passa a tempestade, assim desaparece o impio; mas o justo tem fundamentos eternos.   

Prv.10.26-     Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.   

Prv.10.27-     O temor do Senhor aumenta os dias; mas os anos os impios serão abreviados.   

Prv.10.28-     A esperança dos justos é alegria; mas a expectação dos ímpios perecerá.   

Prv.10.29-     O caminho do Senhor é fortaleza para os retos; mas é destruição para os que praticam a iniqüidade.   

Prv.10.30-     O justo nunca será abalado; mas os ímpios não habitarão a terra.   

Prv.10.31-     A boca do justo produz sabedoria; porém a língua perversa será desarraigada.   

Prv.10.32-     Os lábios do justo sabem o que agrada; porém a boca dos ímpios fala perversidades.   

Prv.11.1-       A balança enganosa é abominação para o Senhor; mas o peso justo é o seu prazer.   

Prv.11.2-       Quando vem a soberba, então vem a desonra; mas com os humildes está a sabedoria.   

Prv.11.3-       A integridade dos retos os guia; porém a perversidade dos desleais os destrói.   

Prv.11.4-       De nada aproveitam as riquezas no dia da ira; porém a justiça livra da morte.   

Prv.11.5-       A justiça dos perfeitos endireita o seu caminho; mas o ímpio cai pela sua impiedade.   

Prv.11.6-       A justiça dos retos os livra; mas os traiçoeiros são apanhados nas, suas próprias cobiças.   

Prv.11.7-       Morrendo o ímpio, perece a sua esperança; e a expectativa da iniqüidade.   

Prv.11.8-       O justo é libertado da angústia; e o ímpio fica em seu lugar.   

Prv.11.9-       O hipócrita com a boca arruína o seu proximo; mas os justos são libertados pelo conhecimento.   

Prv.11.10-     Quando os justos prosperam, exulta a cidade; e quando perecem os ímpios, há júbilo.   

Prv.11.11-     Pela bênção dos retos se exalta a cidade; mas pela boca dos ímpios é derrubada.   

Prv.11.12-     Quem despreza o seu próximo é falto de senso; mas o homem de entendimento se cala.   

Prv.11.13-     O que anda mexericando revela segredos; mas o fiel de espírito encobre o negócio.   

Prv.11.14-     Quando não há sábia direção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança.   

Prv.11.15-     Decerto sofrerá prejuízo aquele que fica por fiador do estranho; mas o que aborrece a fiança estará seguro.   

Prv.11.16-     A mulher aprazível obtém honra, e os homens violentos obtêm riquezas.   

Prv.11.17-     O homem bondoso faz bem à sua, própria alma; mas o cruel faz mal a si mesmo.   

Prv.11.18-     O ímpio recebe um salário ilusório; mas o que semeia justiça recebe galardão seguro.   

Prv.11.19-     Quem é fiel na retidão encaminha, para a vida, e aquele que segue o mal encontra a morte.   

Prv.11.20-     Abominação para o Senhor são os perversos de coração; mas os que são perfeitos em seu caminho são o seu deleite.   

Prv.11.21-     Decerto o homem mau não ficará sem castigo; porém a descendência dos justos será livre.   

Prv.11.22-     Como jóia de ouro em focinho de porca, assim é a mulher formosa que se aparta da discrição.   

Prv.11.23-     O desejo dos justos é somente o bem; porém a expectativa dos ímpios é a ira.   

Prv.11.24-     Um dá liberalmente, e se torna mais rico; outro retém mais do que é justo, e se empobrece.   

Prv.11.25-     A alma generosa prosperará, e o que regar também será regado.   

Prv.11.26-     Ao que retém o trigo o povo o amaldiçoa; mas bênção haverá sobre a cabeça do que o vende.   

Prv.11.27-     O que busca diligentemente o bem, busca favor; mas ao que procura o mal, este lhe sobrevirá.   

Prv.11.28-     Aquele que confia nas suas riquezas, cairá; mas os justos reverdecerão como a folhagem.   

Prv.11.29-     O que perturba a sua casa herdará o vento; e o insensato será servo do entendido de coração.   

Prv.11.30-     O fruto do justo é árvore de vida; e o que ganha almas sábio é.   

Prv.11.31-     Eis que o justo é castigado na terra; quanto mais o ímpio e o pecador!   

Prv.12.1-       O que ama a correção ama o conhecimento; mas o que aborrece a repreensão é insensato.   

Prv.12.2-       O homem de bem alcançará o favor do Senhor; mas ao homem de perversos desígnios ele condenará.   

Prv.12.3-       O homem não se estabelece pela impiedade; a raiz dos justos, porém, nunca será, removida.   

Prv.12.4-       A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos.   

Prv.12.5-       Os pensamentos do justo são retos; mas os conselhos do ímpio são falsos.   

Prv.12.6-       As palavras dos ímpios são emboscadas para derramarem sangue; a boca dos retos, porém, os livrará.   

Prv.12.7-       Transtornados serão os ímpios, e não serão mais; porém a casa dos justos permanecerá.   

Prv.12.8-       Segundo o seu entendimento é louvado o homem; mas o perverso decoração é desprezado.   

Prv.12.9-       Melhor é o que é estimado em pouco e tem servo, do que quem se honra a si mesmo e tem falta de pão.   

Prv.12.10-     O justo olha pela vida dos seus animais; porém as entranhas dos ímpios são crueis.   

Prv.12.11-     O que lavra a sua terra se fartará de pão; mas o que segue os ociosos é falto de entendimento.   

Prv.12.12-     Deseja o ímpio o despojo dos maus; porém a raiz dos justos produz o seu próprio fruto.   

Prv.12.13-     Pela transgressão dos lábios se enlaça o mau; mas o justo escapa da angústia.   

Prv.12.14-     Do fruto das suas palavras o homem se farta de bem; e das obras das suas mãos se lhe retribui.   

Prv.12.15-     O caminho do insensato é recto aos seus olhos; mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio.   

Prv.12.16-     A ira do insensato logo se revela; mas o prudente encobre a afronta.   

Prv.12.17-     Quem fala a verdade manifesta a justiça; porém a testemunha falsa produz a fraude.   

Prv.12.18-     Há palrador cujas palavras ferem como espada; porém a língua dos sábios traz saúde.   

Prv.12.19-     O lábio veraz permanece para sempre; mas a língua mentirosa dura só um momento.   

Prv.12.20-     Engano há no coração dos que maquinam o mal; mas há gozo para os que aconselham a paz.   

Prv.12.21-     Nenhuma desgraça sobrevém ao justo; mas os ímpios ficam cheios de males.   

Prv.12.22-     Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor; mas os que praticam a verdade são o seu deleite.   

Prv.12.23-     O homem prudente encobre o conhecimento; mas o coração dos tolos proclama a estultícia.   

Prv.12.24-     A mão dos diligentes dominará; mas o indolente será tributário servil.   

Prv.12.25-     A ansiedade no coração do homem o abate; mas uma boa palavra o alegra.   

Prv.12.26-     O justo é um guia para o seu próximo; mas o caminho dos ímpios os faz errar.   

Prv.12.27-     O preguiçoso não apanha a sua caça; mas o bem precioso do homem é para o diligente.   

Prv.12.28-     Na vereda da justiça está a vida; e no seu caminho não há morte.   

Prv.13.1-       O filho sábio ouve a instrução do pai; mas o escarnecedor não escuta a repreensão.   

Prv.13.2-       Do fruto da boca o homem come o bem; mas o apetite dos prevaricadores alimenta-se da violência.   

Prv.13.3-       O que guarda a sua boca preserva a sua vida; mas o que muito abre os seus lábios traz sobre si a ruína.   

Prv.13.4-       O preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança; mas o desejo do diligente será satisfeito.   

Prv.13.5-       O justo odeia a palavra mentirosa, mas o ímpio se faz odioso e se cobre de vergonha.   

Prv.13.6-       A justiça guarda ao que é recto no seu caminho; mas a perversidade transtorna o pecador.   

Prv.13.7-       Há quem se faça rico, não tendo coisa alguma; e quem se faça pobre, tendo grande riqueza.   

Prv.13.8-       O resgate da vida do homem são as suas riquezas; mas o pobre não tem meio de se resgatar.   

Prv.13.9-       A luz dos justos alegra; porem a lâmpada dos impios se apagará.   

Prv.13.10-     Da soberba só provém a contenda; mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.   

Prv.13.11-     A riqueza adquirida às pressas diminuira; mas quem a ajunta pouco a pouco terá aumento.   

Prv.13.12-     A esperança adiada entristece o coração; mas o desejo cumprido é árvore devida.   

Prv.13.13-     O que despreza a palavra traz sobre si a destruição; mas o que teme o mandamento será galardoado.   

Prv.13.14-     O ensino do sábio é uma fonte devida para desviar dos laços da morte.   

Prv.13.15-     O bom senso alcança favor; mas o caminho dos prevaricadores é aspero:   

Prv.13.16-     Em tudo o homem prudente procede com conhecimento; mas o tolo espraia a sua insensatez.   

Prv.13.17-     O mensageiro perverso faz cair no mal; mas o embaixador fiel traz saúde.   

Prv.13.18-     Pobreza e afronta virão ao que rejeita a correção; mas o que guarda a repreensão será honrado.   

Prv.13.19-     O desejo que se cumpre deleita a alma; mas apartar-se do ma e abominação para os tolos.   

Prv.13.20-     Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição.   

Prv.13.21-     O mal persegue os pecadores; mas os justos são galardoados com o bem.   

Prv.13.22-     O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos; a riqueza do pecador, porém, é reservada para o justo.   

Prv.13.23-     Abundância de mantimento há, na lavoura do pobre; mas se perde por falta de juízo.   

Prv.13.24-     Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a seu tempo o castiga.   

Prv.13.25-     O justo come e fica satisfeito; mas o apetite dos ímpios nunca se satisfaz.   

Prv.14.1-       Toda mulher sábia edifica a sua casa; a insensata, porém, derruba-a com as suas mãos.   

Prv.14.2-       Quem anda na sua retidão teme ao Senhor; mas aquele que é perverso nos seus caminhos despreza-o.   

Prv.14.3-       Na boca do tolo está a vara da soberba, mas os lábios do sábio preservá-lo-ão.   

Prv.14.4-       Onde não há bois, a manjedoura está vazia; mas pela força do boi há abundância de colheitas.   

Prv.14.5-       A testemunha verdadeira não mentirá; a testemunha falsa, porém, se desboca em mentiras.   

Prv.14.6-       O escarnecedor busca sabedoria, e não a encontra; mas para o prudente o conhecimento é fácil.   

Prv.14.7-       Vai-te da presença do homem insensato, pois nele não acharás palavras de ciência.   

Prv.14.8-       A sabedoria do prudente é entender o seu caminho; porém a estultícia dos tolos é enganar.   

Prv.14.9-       A culpa zomba dos insensatos; mas os retos têm o favor de Deus.   

Prv.14.10-     O coração conhece a sua própria amargura; e o estranho não participa da sua alegria.   

Prv.14.11-     A casa dos ímpios se desfará; porém a tenda dos retos florescerá.   

Prv.14.12-     Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte.   

Prv.14.13-     Até no riso terá dor o coração; e o fim da alegria é tristeza.   

Prv.14.14-     Dos seus próprios caminhos se fartará o infiel de coração, como também o homem bom se contentará dos seus.   

Prv.14.15-     O simples dá crédito a tudo; mas o prudente atenta para os seus passos.   

Prv.14.16-     O sábio teme e desvia-se do mal, mas o tolo é arrogante e dá-se por seguro.   

Prv.14.17-     Quem facilmente se ira fará doidices; mas o homem discreto é paciente;   

Prv.14.18-     Os simples herdam a estultícia; mas os prudentes se coroam de conhecimento.   

Prv.14.19-     Os maus inclinam-se perante os bons; e os ímpios diante das portas dos justos.   

Prv.14.20-     O pobre é odiado até pelo seu vizinho; mas os amigos dos ricos são muitos.   

Prv.14.21-     O que despreza ao seu vizinho peca; mas feliz é aquele que se compadece dos pobres.   

Prv.14.22-     Porventura não erram os que maquinam o mal? mas há beneficência e fidelidade para os que planejam o bem.   

Prv.14.23-     Em todo trabalho há proveito; meras palavras, porém, só encaminham para a penúria.   

Prv.14.24-     A coroa dos sábios é a sua riqueza; porém a estultícia dos tolos não passa de estultícia.   

Prv.14.25-     A testemunha verdadeira livra as almas; mas o que fala mentiras é traidor.   

Prv.14.26-     No temor do Senhor há firme confiança; e os seus filhos terão um lugar de refúgio.   

Prv.14.27-     O temor do Senhor é uma fonte de vida, para o homem se desviar dos laços da morte.   

Prv.14.28-     Na multidão do povo está a glória do rei; mas na falta de povo está a ruína do príncipe.   

Prv.14.29-     Quem é tardio em irar-se é grande em entendimento; mas o que é de ânimo precipitado exalta a loucura.   

Prv.14.30-     O coração tranqüilo é a vida da carne; a inveja, porém, é a podridão dos ossos.   

Prv.14.31-     O que oprime ao pobre insulta ao seu Criador; mas honra-o aquele que se compadece do necessitado.   

Prv.14.32-     O ímpio é derrubado pela sua malícia; mas o justo até na sua morte acha refúgio.   

Prv.14.33-     No coração do prudente repousa a sabedoria; mas no coração dos tolos não é conhecida.   

Prv.14.34-     A justiça exalta as nações; mas o pecado é o opróbrio dos povos.   

Prv.14.35-     O favor do rei é concedido ao servo que procede sabiamente; mas sobre o que procede indignamente cairá o seu furor.   

Prv.15.1-       A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.   

Prv.15.2-       A língua dos sábios destila o conhecimento; porém a boca dos tolos derrama a estultícia.   

Prv.15.3-       Os olhos do Senhor estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons.   

Prv.15.4-       Uma língua suave é árvore de vida; mas a língua perversa quebranta o espírito.   

Prv.15.5-       O insensato despreza a correção e seu pai; mas o que atende à admoestação prudentemente se haverá.   

Prv.15.6-       Na casa do justo há um grande tesouro; mas nos lucros do ímpio há perturbação.   

Prv.15.7-       Os lábios dos sábios difundem conhecimento; mas não o faz o coração dos tolos.   

Prv.15.8-       O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor; mas a oração dos retos lhe é agradável.   

Prv.15.9-       O caminho do ímpio é abominável ao Senhor; mas ele ama ao que segue a justiça.   

Prv.15.10-     Há disciplina severa para o que abandona a vereda; e o que aborrece a repreensão morrerá.   

Prv.15.11-     O Seol e o Abadom estão abertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens!   

Prv.15.12-     O escarnecedor não gosta daquele que o repreende; não irá ter com os sábios.   

Prv.15.13-     O coração alegre aformoseia o rosto; mas pela dor do coração o espírito se abate.   

Prv.15.14-     O coração do inteligente busca o conhecimento; mas a boca dos tolos se apascenta de estultícia.   

Prv.15.15-     Todos os dias do aflito são maus; mas o coração contente tem um banquete contínuo.   

Prv.15.16-     Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro, e com ele a inquietação.   

Prv.15.17-     Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi gordo, e com ele o ódio.   

Prv.15.18-     O homem iracundo suscita contendas; mas o longânimo apazigua a luta.   

Prv.15.19-     O caminho do preguiçoso é como a sebe de espinhos; porém a vereda dos justos é uma estrada real.   

Prv.15.20-     O filho sábio alegra a seu pai; mas o homem insensato despreza a sua mãe.   

Prv.15.21-     A estultícia é alegria para o insensato; mas o homem de entendimento anda retamente.   

Prv.15.22-     Onde não há conselho, frustram-se os projetos; mas com a multidão de conselheiros se estabelecem.   

Prv.15.23-     O homem alegra-se em dar uma resposta adequada; e a palavra a seu tempo quão boa é!   

Prv.15.24-     Para o sábio o caminho da vida é para cima, a fim de que ele se desvie do Seol que é em baixo.   

Prv.15.25-     O Senhor desarraiga a casa dos soberbos, mas estabelece a herança da viúva.   

Prv.15.26-     Os desígnios dos maus são abominação para o Senhor; mas as palavras dos limpos lhe são aprazíveis.   

Prv.15.27-     O que se dá à cobiça perturba a sua própria casa; mas o que aborrece a peita viverá.   

Prv.15.28-     O coração do justo medita no que há de responder; mas a boca dos ímpios derrama coisas más.   

Prv.15.29-     Longe está o Senhor dos ímpios, mas ouve a oração dos justos.   

Prv.15.30-     A luz dos olhos alegra o coração, e boas-novas engordam os ossos.   

Prv.15.31-     O ouvido que escuta a advertência da vida terá a sua morada entre os sábios.   

Prv.15.32-     Quem rejeita a correção menospreza a sua alma; mas aquele que escuta a advertência adquire entendimento.   

Prv.15.33-     O temor do Senhor é a instrução da sabedoria; e adiante da honra vai a humildade.   

Prv.16.1-       Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor.   

Prv.16.2-       Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos; mas o Senhor pesa os espíritos.   

Prv.16.3-       Entrega ao Senhor as tuas obras, e teus desígnios serão estabelecidos.   

Prv.16.4-       O Senhor fez tudo para um fim; sim, até o ímpio para o dia do mal.   

Prv.16.5-       Todo homem arrogante é abominação ao Senhor; certamente não ficará impune.   

Prv.16.6-       Pela misericórdia e pela verdade expia-se a iniqüidade; e pelo temor do Senhor os homens se desviam do mal.   

Prv.16.7-       Quando os caminhos do homem agradam ao Senhor, faz que até os seus inimigos tenham paz com ele.   

Prv.16.8-       Melhor é o pouco com justiça, do que grandes rendas com injustiça.   

Prv.16.9-       O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe dirige os passos.   

Prv.16.10-     Nos lábios do rei acham-se oráculos; em juízo a sua boca não prevarica.   

Prv.16.11-     O peso e a balança justos são do Senhor; obra sua são todos os pesos da bolsa.   

Prv.16.12-     Abominação é para os reis o praticarem a impiedade; porque com justiça se estabelece o trono.   

Prv.16.13-     Lábios justos são o prazer dos reis; e eles amam aquele que fala coisas retas.   

Prv.16.14-     O furor do rei é mensageiro da morte; mas o homem sábio o aplacará.   

Prv.16.15-     Na luz do semblante do rei está a vida; e o seu favor é como a nuvem de chuva serôdia.   

Prv.16.16-     Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quanto mais excelente é escolher o entendimento do que a prata!   

Prv.16.17-     A estrada dos retos desvia-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua vida.   

Prv.16.18-     A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda.   

Prv.16.19-     Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.   

Prv.16.20-     O que atenta prudentemente para a palavra prosperará; e feliz é aquele que confia no Senhor.   

Prv.16.21-     O sábio de coração será chamado prudente; e a doçura dos lábios aumenta o saber.   

Prv.16.22-     O entendimento, para aquele que o possui, é uma fonte de vida, porém a estultícia é o castigo dos insensatos.   

Prv.16.23-     O coração do sábio instrui a sua boca, e aumenta o saber nos seus lábios.   

Prv.16.24-     Palavras suaves são como favos de mel, doçura para a alma e saúde para o corpo.   

Prv.16.25-     Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte.   

Prv.16.26-     O apetite do trabalhador trabalha por ele, porque a sua fome o incita a isso.   

Prv.16.27-     O homem vil suscita o mal; e nos seus lábios há como que um fogo ardente.   

Prv.16.28-     O homem perverso espalha contendas; e o difamador separa amigos íntimos.   

Prv.16.29-     O homem violento alicia o seu vizinho, e guia-o por um caminho que não é bom.   

Prv.16.30-     Quando fecha os olhos fá-lo para maquinar perversidades; quando morde os lábios, efetua o mal.   

Prv.16.31-     Coroa de honra são as cãs, a qual se obtém no caminho da justiça.   

Prv.16.32-     Melhor é o longânimo do que o valente; e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade.   

Prv.16.33-     A sorte se lança no regaço; mas do Senhor procede toda a disposição dela.   

Prv.17.1-       Melhor é um bocado seco, e com ele a tranqüilidade, do que a casa cheia de festins, com rixas.   

Prv.17.2-       O servo prudente dominará sobre o filho que procede indignamente; e entre os irmãos receberá da herança.   

Prv.17.3-       O crisol é para a prata, e o forno para o ouro; mas o Senhor é que prova os corações.   

Prv.17.4-       O malfazejo atenta para o lábio iníquo; o mentiroso inclina os ouvidos para a língua maligna.   

Prv.17.5-       O que escarnece do pobre insulta ao seu Criador; o que se alegra da calamidade não ficará impune.   

Prv.17.6-       Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais.   

Prv.17.7-       Não convém ao tolo a fala excelente; quanto menos ao príncipe o lábio mentiroso!   

Prv.17.8-       Pedra preciosa é a peita aos olhos de quem a oferece; para onde quer que ele se volte, serve-lhe de proveito.   

Prv.17.9-       O que perdoa a transgressão busca a amizade; mas o que renova a questão, afastam amigos íntimos.   

Prv.17.10-     Mais profundamente entra a repreensão no prudente, do que cem açoites no insensato.   

Prv.17.11-     O rebelde não busca senão o mal; portanto um mensageiro cruel será enviado contra ele.   

Prv.17.12-     Encontre-se o homem com a ursa roubada dos filhotes, mas não com o insensato na sua estultícia.   

Prv.17.13-     Quanto àquele que torna mal por bem, não se apartará o mal da sua casa.   

Prv.17.14-     O princípio da contenda é como o soltar de águas represadas; deixa por isso a porfia, antes que haja rixas.   

Prv.17.15-     O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, são abomináveis ao Senhor, tanto um como o outro.   

Prv.17.16-     De que serve o preço na mão do tolo para comprar a sabedoria, visto que ele não tem entendimento?   

Prv.17.17-     O amigo ama em todo o tempo; e para a angústia nasce o irmão.   

Prv.17.18-     O homem falto de entendimento compromete-se, tornando-se fiador na presença do seu vizinho.   

Prv.17.19-     O que ama a contenda ama a transgressao; o que faz alta a sua porta busca a ruína.   

Prv.17.20-     O perverso de coração nunca achará o bem; e o que tem a língua dobre virá a cair no mal.   

Prv.17.21-     O que gera um tolo, para sua tristeza o faz; e o pai do insensato não se alegrará.   

Prv.17.22-     O coração alegre serve de bom remédio; mas o espírito abatido seca os ossos.   

Prv.17.23-     O ímpio recebe do regaço a peita, para perverter as veredas da justiça.   

Prv.17.24-     O alvo do inteligente é a sabedoria; mas os olhos do insensato estão nas extremidades da terra.   

Prv.17.25-     O filho insensato é tristeza para seu, pai, e amargura para quem o deu à luz.   

Prv.17.26-     Não é bom punir ao justo, nem ferir aos nobres por causa da sua retidão.   

Prv.17.27-     Refreia as suas palavras aquele que possui o conhecimento; e o homem de entendimento é de espírito sereno.   

Prv.17.28-     Até o tolo, estando calado, é tido por sábio; e o que cerra os seus lábios, por entendido.   

Prv.18.1-       Aquele que vive isolado busca seu próprio desejo; insurge-se contra a verdadeira sabedoria.   

Prv.18.2-       O tolo não toma prazer no entendimento, mas tão somente em revelar a sua opinião.   

Prv.18.3-       Quando vem o ímpio, vem também o desprezo; e com a desonra vem o opróbrio.   

Prv.18.4-       Aguas profundas são as palavras da boca do homem; e a fonte da sabedoria é um ribeiro que corre.   

Prv.18.5-       Não é bom ter respeito à pessoa do impio, nem privar o justo do seu direito.   

Prv.18.6-       Os lábios do tolo entram em contendas, e a sua boca clama por açoites.   

Prv.18.7-       A boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios um laço para a sua alma.   

Prv.18.8-       As palavras do difamador são como bocados doces, que penetram até o íntimo das entranhas.   

Prv.18.9-       Aquele que é remisso na sua obra é irmão do que é destruidor.   

Prv.18.10-     Torre forte é o nome do Senhor; para ela corre o justo, e está seguro.   

Prv.18.11-     Os bens do rico são a sua cidade forte, e como um muro alto na sua imaginação.   

Prv.18.12-     Antes da ruína eleva-se o coração do homem; e adiante da honra vai a humildade.   

Prv.18.13-     Responder antes de ouvir, é estultícia e vergonha.   

Prv.18.14-     O espírito do homem o sustentará na sua enfermidade; mas ao espírito abatido quem o levantará?   

Prv.18.15-     O coração do entendido adquire conhecimento; e o ouvido dos sábios busca conhecimento;   

Prv.18.16-     O presente do homem alarga-lhe o caminho, e leva-o à presença dos grandes.   

Prv.18.17-     O que primeiro começa o seu pleito parece justo; até que vem o outro e o examina.   

Prv.18.18-     A sorte faz cessar os pleitos, e decide entre os poderosos.   

Prv.18.19-     um irmão ajudado pelo irmão é como uma cidade fortificada; é forte como os ferrolhos dum castelo.   

Prv.18.20-     O homem se fartará do fruto da sua boca; dos renovos dos seus lábios se fartará.   

Prv.18.21-     A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto.   

Prv.18.22-     Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa; e alcança o favor do Senhor.   

Prv.18.23-     O pobre fala com rogos; mas o rico responde com durezas.   

Prv.18.24-     O homem que tem muitos amigos, tem-nos para a sua ruína; mas há um amigo que é mais chegado do que um irmão.   

Prv.19.1-       Melhor é o pobre que anda na sua integridade, do que aquele que é perverso de lábios e tolo.   

Prv.19.2-       Não é bom agir sem refletir; e o que se apressa com seus pés erra o caminho.   

Prv.19.3-       A estultícia do homem perverte o seu caminho, e o seu coração se irrita contra o Senhor.   

Prv.19.4-       As riquezas granjeiam muitos amigos; mas do pobre o seu próprio amigo se separa.   

Prv.19.5-       A testemunha falsa não ficará impune; e o que profere mentiras não escapará.   

Prv.19.6-       Muitos procurarão o favor do liberal; e cada um é amigo daquele que dá presentes.   

Prv.19.7-       Todos os irmãos do pobre o aborrecem; quanto mais se afastam dele os seus amigos! persegue-os com súplicas, mas eles já se foram.   

Prv.19.8-       O que adquire a sabedoria é amigo de si mesmo; o que guarda o entendimento prosperará.   

Prv.19.9-       A testemunha falsa não ficará impune, e o que profere mentiras perecerá.   

Prv.19.10-     Ao tolo não convém o luxo; quanto menos ao servo dominar os príncipes!   

Prv.19.11-     A discrição do homem fá-lo tardio em irar-se; e sua glória está em esquecer ofensas.   

Prv.19.12-     A ira do rei é como o bramido o leão; mas o seu favor é como o orvalho sobre a erva.   

Prv.19.13-     O filho insensato é a calamidade do pai; e as rixas da mulher são uma goteira contínua.   

Prv.19.14-     Casa e riquezas são herdadas dos pais; mas a mulher prudente vem do Senhor.   

Prv.19.15-     A preguiça faz cair em profundo sono; e o ocioso padecerá fome.   

Prv.19.16-     Quem guarda o mandamento guarda a sua alma; mas aquele que não faz caso dos seus caminhos morrerá.   

Prv.19.17-     O que se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe retribuirá o seu benefício.   

Prv.19.18-     Corrige a teu filho enquanto há esperança; mas não te incites a destruí-lo.   

Prv.19.19-     Homem de grande ira tem de sofrer o castigo; porque se o livrares, terás de o fazer de novo.   

Prv.19.20-     Ouve o conselho, e recebe a correção, para que sejas sábio nos teus últimos dias.   

Prv.19.21-     Muitos são os planos no coração do homem; mas o desígnio do Senhor, esse prevalecerá.   

Prv.19.22-     O que faz um homem desejável é a sua benignidade; e o pobre é melhor do que o mentiroso.   

Prv.19.23-     O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.   

Prv.19.24-     O preguiçoso esconde a sua mão no prato, e nem ao menos quer levá-la de novo à boca.   

Prv.19.25-     Fere ao escarnecedor, e o simples aprenderá a prudência; repreende ao que tem entendimento, e ele crescerá na ciencia.   

Prv.19.26-     O que aflige a seu pai, e faz fugir a sua mãe, é filho que envergonha e desonra.   

Prv.19.27-     Cessa, filho meu, de ouvir a instrução, e logo te desviarás das palavras do conhecimento.   

Prv.19.28-     A testemunha vil escarnece da justiça; e a boca dos ímpios engole a iniqüidade.   

Prv.19.29-     A condenação está preparada para os escarnecedores, e os açoites para as costas dos tolos.   

Prv.20.1-       O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar não e sábio.   

Prv.20.2-       Como o bramido do leão é o terror do rei; quem o provoca a ira peca contra a sua própria vida.   

Prv.20.3-       Honroso é para o homem o desviar-se de questões; mas todo insensato se entremete nelas.   

Prv.20.4-       O preguiçoso não lavra no outono; pelo que mendigará na sega, e nada receberá.   

Prv.20.5-       Como águas profundas é o propósito no coração do homem; mas o homem inteligente o descobrirá.   

Prv.20.6-       Muitos há que proclamam a sua própria bondade; mas o homem fiel, quem o achará?   

Prv.20.7-       O justo anda na sua integridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele.   

Prv.20.8-       Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos joeira a todo malfeitor.   

Prv.20.9-       Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado?   

Prv.20.10-     O peso fraudulento e a medida falsa são abominação ao Senhor, tanto uma como outra coisa.   

Prv.20.11-     Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se a sua conduta é pura e reta.   

Prv.20.12-     O ouvido que ouve, e o olho que vê, o Senhor os fez a ambos.   

Prv.20.13-     Não ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos, e te fartarás de pão.   

Prv.20.14-     Nada vale, nada vale, diz o comprador; mas, depois de retirar-se, então se gaba.   

Prv.20.15-     Há ouro e abundância de pedras preciosas; mas os lábios do conhecimento são jóia de grande valor.   

Prv.20.16-     Tira a roupa àquele que fica por fiador do estranho; e toma penhor daquele que se obriga por estrangeiros.   

Prv.20.17-     Suave é ao homem o pão da mentira; mas depois a sua boca se enche de pedrinhas.   

Prv.20.18-     Os projetos se confirmam pelos conselhos; assim, pois, com prudencia faz a guerra.   

Prv.20.19-     O que anda mexericando revela segredos; pelo que não te metas com quem muito abre os seus lábios.   

Prv.20.20-     O que amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe, apagar-se-lhe-á a sua lâmpada nas, mais densas trevas.   

Prv.20.21-     A herança que no princípio é adquirida às pressas, não será abençoada no seu fim.   

Prv.20.22-     Não digas: vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor e ele te livrará.   

Prv.20.23-     Pesos fraudulentos são abomináveis ao Senhor; e balanças enganosas não são boas.   

Prv.20.24-     Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?   

Prv.20.25-     Laço é para o homem dizer precipitadamente: É santo; e, feitos os votos, então refletir.   

Prv.20.26-     O rei sábio joeira os ímpios e faz girar sobre eles a roda.   

Prv.20.27-     O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do coração.   

Prv.20.28-     A benignidade e a verdade guardam o rei; e com a benignidade sustém ele o seu trono.   

Prv.20.29-     A glória dos jovens é a sua força; e a beleza dos velhos são as cãs.   

Prv.20.30-     Os açoites que ferem purificam do mal; e as feridas penetram até o mais íntimo do corpo.   

Prv.21.1-       Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer.   

Prv.21.2-       Todo caminho do homem é recto aos seus olhos; mas o Senhor pesa os corações.   

Prv.21.3-       Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício.   

Prv.21.4-       Olhar altivo e coração orgulhoso, tal lâmpada dos ímpios é pecado.   

Prv.21.5-       Os planos do diligente conduzem à abundância; mas todo precipitado apressa-se para a penúria.   

Prv.21.6-       Ajuntar tesouros com língua falsa é uma vaidade fugitiva; aqueles que os buscam, buscam a morte.   

Prv.21.7-       A violência dos ímpios arrebatá-los-á, porquanto recusam praticar a justiça.   

Prv.21.8-       O caminho do homem perverso é tortuoso; mas o proceder do puro é reto.   

Prv.21.9-       Melhor é morar num canto do eirado, do que com a mulher rixosa numa casa ampla.   

Prv.21.10-     A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus olhos.   

Prv.21.11-     Quando o escarnecedor é castigado, o simples torna-se sábio; e, quando o sábio é instruído, recebe o conhecimento.   

Prv.21.12-     O justo observa a casa do ímpio; precipitam-se os ímpios na ruína.   

Prv.21.13-     Quem tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, também clamará e não será ouvido.   

Prv.21.14-     O presente que se dá em segredo aplaca a ira; e a dádiva às escondidas, a forte indignação.   

Prv.21.15-     A execução da justiça é motivo de alegria para o justo; mas é espanto para os que praticam a iniqüidade.   

Prv.21.16-     O homem que anda desviado do caminho do entendimento repousará na congregação dos mortos.   

Prv.21.17-     Quem ama os prazeres empobrecerá; quem ama o vinho e o azeite nunca enriquecera.   

Prv.21.18-     Resgate para o justo é o ímpio; e em lugar do recto ficará o prevaricador.   

Prv.21.19-     Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda.   

Prv.21.20-     Há tesouro precioso e azeite na casa do sábio; mas o homem insensato os devora.   

Prv.21.21-     Aquele que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.   

Prv.21.22-     O sábio escala a cidade dos valentes, e derriba a fortaleza em que ela confia.   

Prv.21.23-     O que guarda a sua boca e a sua língua, guarda das angústias a sua alma.   

Prv.21.24-     Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; ele procede com insolente orgulho.   

Prv.21.25-     O desejo do preguiçoso o mata; porque as suas mãos recusam-se a trabalhar.   

Prv.21.26-     Todo o dia o ímpio cobiça; mas o justo dá, e não retém.   

Prv.21.27-     O sacrifício dos ímpios é abominaçao; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna!   

Prv.21.28-     A testemunha mentirosa perecerá; mas o homem que ouve falará sem ser contestado.   

Prv.21.29-     O homem ímpio endurece o seu rosto; mas o recto considera os seus caminhos.   

Prv.21.30-     Não há sabedoria, nem entendimento, nem conselho contra o Senhor.   

Prv.21.31-     O cavalo prepara-se para o dia da batalha; mas do Senhor vem a vitória.   

Prv.22.1-       Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e o favor é melhor do que a prata e o ouro.   

Prv.22.2-       O rico e o pobre se encontram; quem os faz a ambos é o Senhor.   

Prv.22.3-       O prudente vê o perigo e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena.   

Prv.22.4-       O galardão da humildade e do temor do Senhor é riquezas, e honra e vida.   

Prv.22.5-       Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe deles.   

Prv.22.6-       Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.   

Prv.22.7-       O rico domina sobre os pobres; e o que toma emprestado é servo do que empresta.   

Prv.22.8-       O que semear a perversidade segará males; e a vara da sua indignação falhará.   

Prv.22.9-       Quem vê com olhos bondosos será abençoado; porque dá do seu pão ao pobre.   

Prv.22.10-     Lança fora ao escarnecedor, e a contenda se irá; cessarao a rixa e a injúria.   

Prv.22.11-     O que ama a pureza do coração, e que tem graça nos seus lábios, terá por seu amigo o rei.   

Prv.22.12-     Os olhos do Senhor preservam o que tem conhecimento; mas ele transtorna as palavras do prevaricador.   

Prv.22.13-     Diz o preguiçoso: um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas.   

Prv.22.14-     Cova profunda é a boca da adúltera; aquele contra quem o Senhor está irado cairá nela.   

Prv.22.15-     A estultícia está ligada ao coração do menino; mas a vara da correção a afugentará dele.   

Prv.22.16-     O que para aumentar o seu lucro oprime o pobre, e dá ao rico, certamente chegará à: penuria.   

Prv.22.17-     Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração ao meu conhecimento.   

Prv.22.18-     Porque será coisa suave, se os guardares no teu peito, se estiverem todos eles prontos nos teus lábios.   

Prv.22.19-     Para que a tua confiança esteja no senhor, a ti tos fiz saber hoje, sim, a ti mesmo.   

Prv.22.20-     Porventura não te escrevi excelentes coisas acerca dos conselhos e do conhecimento,   

Prv.22.21-     para te fazer saber a certeza das palavras de verdade, para que possas responder com palavras de verdade aos que te enviarem?   

Prv.22.22-     Não roubes ao pobre, porque é pobre; nem oprimas ao aflito na porta;   

Prv.22.23-     porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo, e aos que os roubam lhes tirará a vida.   

Prv.22.24-     Não faças amizade com o iracundo; nem andes com o homem colérico;   

Prv.22.25-     para que não aprendas as suas veredas, e tomes um laço para a tua alma.   

Prv.22.26-     Não estejas entre os que se comprometem, que ficam por fiadores de dívidas.   

Prv.22.27-     Se não tens com que pagar, por que tirariam a tua cama de debaixo de ti?   

Prv.22.28-     Não removas os limites antigos que teus pais fixaram.   

Prv.22.29-     Vês um homem hábil na sua obrar? esse perante reis assistirá; e não assistirá perante homens obscuros.   

Prv.23.1-       Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti;   

Prv.23.2-       e põe uma faca à tua garganta, se fores homem de grande apetite.   

Prv.23.3-       Não cobices os seus manjares gostosos, porque é comida enganadora.   

Prv.23.4-       Não te fatigues para seres rico; dá de mão à tua própria sabedoria:   

Prv.23.5-       Fitando tu os olhos nas riquezas, elas se vão; pois fazem para si asas, como a águia, voam para o céu.   

Prv.23.6-       Não comas o pão do avarento, nem cobices os seus manjares gostosos.   

Prv.23.7-       Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.   

Prv.23.8-       Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves palavras.   

Prv.23.9-       Não fales aos ouvidos do tolo; porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.   

Prv.23.10-     Não removas os limites antigos; nem entres nos campos dos órfãos,   

Prv.23.11-     porque o seu redentor é forte; ele lhes pleiteará a causa contra ti.   

Prv.23.12-     Aplica o teu coração à instrução, e os teus ouvidos às palavras do conhecimento.   

Prv.23.13-     Não retires da criança a disciplina; porque, fustigando-a tu com a vara, nem por isso morrerá.   

Prv.23.14-     Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do Seol.   

Prv.23.15-     Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, ó, meu próprio;   

Prv.23.16-     e exultará o meu coração, quando os teus lábios falarem coisas retas.   

Prv.23.17-     Não tenhas inveja dos pecadores; antes conserva-te no temor do Senhor todo o dia.   

Prv.23.18-     Porque deveras terás uma recompensa; não será malograda a tua esperança.   

Prv.23.19-     Ouve tu, filho meu, e sê sábio; e dirige no caminho o teu coração.   

Prv.23.20-     Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.   

Prv.23.21-     Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência cobrirá de trapos o homem.   

Prv.23.22-     Ouve a teu pai, que te gerou; e não desprezes a tua mãe, quando ela envelhecer.   

Prv.23.23-     Compra a verdade, e não a vendas; sim, a sabedoria, a disciplina, e o entendimento.   

Prv.23.24-     Grandemente se regozijará o pai do justo; e quem gerar um filho sábio, nele se alegrará.   

Prv.23.25-     Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se aquela que te deu à luz.   

Prv.23.26-     Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.   

Prv.23.27-     Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a aventureira.   

Prv.23.28-     Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica entre os homens os prevaricadores.   

Prv.23.29-     Para quem são os ais? para quem os pesares? para quem as pelejas, para quem as queixas? para quem as feridas sem causa? e para quem os olhos vermelhos?   

Prv.23.30-     Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.   

Prv.23.31-     Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.   

Prv.23.32-     No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará.   

Prv.23.33-     Os teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás perversidades.   

Prv.23.34-     o serás como o que se deita no meio do mar, e como o que dorme no topo do mastro.   

Prv.23.35-     E diràs: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? ainda tornarei a buscá-lo outra vez.   

Prv.24.1-       Não tenhas inveja dos homens malignos; nem desejes estar com eles;   

Prv.24.2-       porque o seu coração medita a violência; e os seus lábios falam maliciosamente.   

Prv.24.3-       Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece;   

Prv.24.4-       e pelo conhecimento se encherão as câmaras de todas as riquezas preciosas e deleitáveis.   

Prv.24.5-       O sábio é mais poderoso do que o forte; e o inteligente do que o que possui a força.   

Prv.24.6-       Porque com conselhos prudentes tu podes fazer a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros.   

Prv.24.7-       A sabedoria é alta demais para o insensato; ele não abre a sua boca na porta.   

Prv.24.8-       Aquele que cuida em fazer o mal, mestre de maus intentos o chamarão.   

Prv.24.9-       O desígnio do insensato é pecado; e abominável aos homens é o escarnecedor.   

Prv.24.10-     Se enfraqueces no dia da angústia, a tua força é pequena.   

Prv.24.11-     Livra os que estão sendo levados à morte, detém os que vão tropeçando para a matança.   

Prv.24.12-     Se disseres: Eis que não o sabemos; porventura aquele que pesa os corações não o percebe? e aquele que guarda a tua vida não o sabe? e não retribuirá a cada um conforme a sua obra?   

Prv.24.13-     Come mel, filho meu, porque é bom, e do favo de mel, que é doce ao teu paladar.   

Prv.24.14-     Sabe que é assim a sabedoria para a tua alma: se a achares, haverá para ti recompensa, e não será malograda a tua esperança.   

Prv.24.15-     Não te ponhas de emboscada, ó ímpio, contra a habitação do justo; nem assoles a sua pousada.   

Prv.24.16-     Porque sete vezes cai o justo, e se levanta; mas os ímpios são derribados pela calamidade.   

Prv.24.17-     Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e quando tropeçar, não se regozije o teu coração;   

Prv.24.18-     para que o Senhor não o veja, e isso seja mau aos seus olhos, e desvie dele, a sua ira.   

Prv.24.19-     Não te aflijas por causa dos malfeitores; nem tenhas inveja dos ímpios;   

Prv.24.20-     porque o maligno não tem futuro; e a lâmpada dos ímpios se apagará.   

Prv.24.21-     Filho meu, teme ao Senhor, e ao rei; e não te entremetas com os que gostam de mudanças.   

Prv.24.22-     Porque de repente se levantará a sua calamidade; e a ruína deles, quem a conhecerá?   

Prv.24.23-     Também estes são provérbios dos sábios: Fazer acepção de pessoas no juízo não é bom.   

Prv.24.24-     Aquele que disser ao ímpio: Justo és; os povos o amaldiçoarão, as nações o detestarão;   

Prv.24.25-     mas para os que julgam retamente haverá delícias, e sobre eles virá copiosa bênção.   

Prv.24.26-     O que responde com palavras retas beija os lábios.   

Prv.24.27-     Prepara os teus trabalhos de fora, apronta bem o teu campo; e depois edifica a tua casa.   

Prv.24.28-     Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo; e não enganes com os teus lábios.   

Prv.24.29-     Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.   

Prv.24.30-     Passei junto ao campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento;   

Prv.24.31-     e eis que tudo estava cheio de cardos, e a sua superfície coberta de urtigas, e o seu muro de pedra estava derrubado.   

Prv.24.32-     O que tendo eu visto, o considerei; e, vendo-o, recebi instrução.   

Prv.24.33-     Um pouco para dormir, um pouco para toscanejar, um pouco para cruzar os braços em repouso;   

Prv.24.34-     assim sobrevirá a tua pobreza como um salteador, e a tua necessidade como um homem armado.   

Prv.25.1-       Também estes são provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá.   

Prv.25.2-       A glória de Deus é encobrir as coisas; mas a glória dos reis é esquadrinhá-las.   

Prv.25.3-       Como o céu na sua altura, e como a terra na sua profundidade, assim o coração dos reis é inescrutável.   

Prv.25.4-       Tira da prata a escória, e sairá um vaso para o fundidor.   

Prv.25.5-       Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça.   

Prv.25.6-       Não reclames para ti honra na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes;   

Prv.25.7-       porque melhor é que te digam: Sobe, para aqui; do que seres humilhado perante o príncipe.   

Prv.25.8-       O que os teus olhos viram, não te apresses a revelar, para depois, ao fim, não saberes o que hás de fazer, podendo-te confundir o teu próximo.   

Prv.25.9-       Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo; e não reveles o segredo de outrem;   

Prv.25.10-     para que não te desonre aquele que o ouvir, não se apartando de ti a infâmia.   

Prv.25.11-     Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.   

Prv.25.12-     Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro puro, assim é o sábio repreensor para o ouvido obediente.   

Prv.25.13-     Como o frescor de neve no tempo da sega, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam, porque refrigera o espírito dos seus senhores.   

Prv.25.14-     como nuvens e ventos que não trazem chuva, assim é o homem que se gaba de dádivas que não fez.   

Prv.25.15-     Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda quebranta os ossos.   

Prv.25.16-     Se achaste mel, come somente o que te basta, para que porventura não te fartes dele, e o venhas a vomitar.   

Prv.25.17-     Põe raramente o teu pé na casa do teu próximo, para que não se enfade de ti, e te aborreça.   

Prv.25.18-     Malho, e espada, e flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra o seu próximo.   

Prv.25.19-     Como dente quebrado, e pé deslocado, é a confiança no homem desleal, no dia da angústia.   

Prv.25.20-     O que entoa canções ao coração aflito é como aquele que despe uma peça de roupa num dia de frio, e como vinagre sobre a chaga.   

Prv.25.21-     Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer, e se tiver sede, dá-lhe água para beber;   

Prv.25.22-     porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça, e o Senhor te recompensará.   

Prv.25.23-     O vento norte traz chuva, e a língua caluniadora, o rosto irado.   

Prv.25.24-     Melhor é morar num canto do eirado, do que com a mulher rixosa numa casa ampla.   

Prv.25.25-     Como água fresca para o homem sedento, tais são as boas-novas de terra remota.   

Prv.25.26-     Como fonte turva, e manancial poluído, assim é o justo que cede lugar diante do ímpio.   

Prv.25.27-     comer muito mel não é bom; não multipliques, pois, as palavras de lisonja.   

Prv.25.28-     Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.   

Prv.26.1-       Como a neve no verão, e como a chuva no tempo da ceifa, assim não convém ao tolo a honra.   

Prv.26.2-       Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu voar, assim a maldição sem causa não encontra pouso.   

Prv.26.3-       O açoite é para o cavalo, o freio para o jumento, e a vara para as costas dos tolos.   

Prv.26.4-       Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia, para que também não te faças semelhante a ele.   

Prv.26.5-       Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que ele não seja sábio aos seus próprios olhos.   

Prv.26.6-       Os pés decepa, e o dano bebe, quem manda mensagens pela mão dum tolo.   

Prv.26.7-       As pernas do coxo pendem frouxas; assim é o provérbio na boca dos tolos.   

Prv.26.8-       Como o que ata a pedra na funda, assim é aquele que dá honra ao tolo.   

Prv.26.9-       Como o espinho que entra na mão do ébrio, assim é o provérbio na mão dos tolos.   

Prv.26.10-     Como o flecheiro que fere a todos, assim é aquele que assalaria ao transeunte tolo, ou ao ébrio.   

Prv.26.11-     Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o tolo que reitera a sua estultícia.   

Prv.26.12-     Vês um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança há para o tolo do que para ele.   

Prv.26.13-     Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas.   

Prv.26.14-     Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim o faz o preguiçoso na sua cama.   

Prv.26.15-     O preguiçoso esconde a sua mão no prato, e nem ao menos quer levá-la de novo à boca.   

Prv.26.16-     Mais sábio é o preguiçoso a seus olhos do que sete homens que sabem responder bem.   

Prv.26.17-     O que, passando, se mete em questão alheia é como aquele que toma um cão pelas orelhas.   

Prv.26.18-     Como o louco que atira tições, flechas, e morte,   

Prv.26.19-     assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira.   

Prv.26.20-     Faltando lenha, apaga-se o fogo; e não havendo difamador, cessa a contenda.   

Prv.26.21-     Como o carvão para as brasas, e a lenha para o fogo, assim é o homem contencioso para acender rixas.   

Prv.26.22-     As palavras do difamador são como bocados deliciosos, que descem ao íntimo do ventre.   

Prv.26.23-     Como o vaso de barro coberto de escória de prata, assim são os lábios ardentes e o coração maligno.   

Prv.26.24-     Aquele que odeia dissimula com os seus lábios; mas no seu interior entesoura o engano.   

Prv.26.25-     Quando te suplicar com voz suave, não o creias; porque sete abominações há no teu coração.   

Prv.26.26-     Ainda que o seu ódio se encubra com dissimulação, na congregação será revelada a sua malícia.   

Prv.26.27-     O que faz uma cova cairá nela; e a pedra voltará sobre aquele que a revolve.   

Prv.26.28-     A língua falsa odeia aqueles a quem ela tenha ferido; e a boca lisonjeira opera a ruína.   

Prv.27.1-       Não te glories do dia de amanhã; porque não sabes o que produzirá o dia.   

Prv.27.2-       Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estranho, e não os teus lábios.   

Prv.27.3-       Pesada é a pedra, e a areia também; mas a ira do insensato é mais pesada do que elas ambas.   

Prv.27.4-       Cruel é o furor, e impetuosa é a ira; mas quem pode resistir à inveja?   

Prv.27.5-       Melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto.   

Prv.27.6-       Fiéis são as feridas dum amigo; mas os beijos dum inimigo são enganosos.   

Prv.27.7-       O que está farto despreza o favo de mel; mas para o faminto todo amargo é doce.   

Prv.27.8-       Qual a ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que anda vagueando longe do seu lugar.   

Prv.27.9-       O óleo e o perfume alegram o coração; assim é o doce conselho do homem para o seu amigo.   

Prv.27.10-     Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na casa de teu irmão no dia de tua adversidade. Mais vale um vizinho que está perto do que um irmão que está longe.   

Prv.27.11-     Sê sábio, filho meu, e alegra o meu coração, para que eu tenha o que responder àquele que me vituperar.   

Prv.27.12-     O prudente vê o mal e se esconde; mas os insensatos passam adiante e sofrem a pena.   

Prv.27.13-     Tira a roupa àquele que fica por fiador do estranho, e toma penhor daquele que se obriga por uma estrangeira.   

Prv.27.14-     O que bendiz ao seu amigo em alta voz, levantando-se de madrugada, isso lhe será contado como maldição.   

Prv.27.15-     A goteira contínua num dia chuvoso e a mulher rixosa são semelhantes;   

Prv.27.16-     retê-la é reter o vento, ou segurar o óleo com a destra.   

Prv.27.17-     Afia-se o ferro com o ferro; assim o homem afia o rosto do seu amigo.   

Prv.27.18-     O que cuida da figueira comerá do fruto dela; e o que vela pelo seu senhor será honrado.   

Prv.27.19-     Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem.   

Prv.27.20-     O Seol e o Abadom nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem.   

Prv.27.21-     O crisol é para a prata, e o forno para o ouro, e o homem é provado pelos louvores que recebe.   

Prv.27.22-     Ainda que pisasses o insensato no gral entre grãos pilados, contudo não se apartaria dele a sua estultícia.   

Prv.27.23-     Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem dos teus rebanhos;   

Prv.27.24-     porque as riquezas não duram para sempre; e duraria a coroa de geração em geração?   

Prv.27.25-     Quando o feno é removido, e aparece a erva verde, e recolhem-se as ervas dos montes,   

Prv.27.26-     os cordeiros te proverão de vestes, e os bodes, do preço do campo.   

Prv.27.27-     E haverá bastante leite de cabras para o teu sustento, para o sustento da tua casa e das tuas criadas.   

Prv.28.1-       Fogem os ímpios, sem que ninguém os persiga; mas os justos são ousados como o leão.   

Prv.28.2-       Por causa da transgressão duma terra são muitos os seus príncipes; mas por virtude de homens prudentes e entendidos, ela subsistirá por longo tempo.   

Prv.28.3-       O homem pobre que oprime os pobres, é como chuva impetuosa, que não deixa trigo nenhum.   

Prv.28.4-       Os que abandonam a lei louvam os ímpios; mas os que guardam a lei pelejam contra eles.   

Prv.28.5-       Os homens maus não entendem a justiça; mas os que buscam ao Senhor a entendem plenamente.   

Prv.28.6-       Melhor é o pobre que anda na sua integridade, do que o rico perverso nos seus caminhos.   

Prv.28.7-       O que guarda a lei é filho sábio; mas o companheiro dos comilões envergonha a seu pai.   

Prv.28.8-       O que aumenta a sua riqueza com juros e usura, ajunta-a para o que se compadece do pobre.   

Prv.28.9-       O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração é abominável.   

Prv.28.10-     O que faz com que os retos se desviem para um mau caminho, ele mesmo cairá na cova que abriu; mas os inocentes herdarão o bem.   

Prv.28.11-     O homem rico é sábio aos seus próprios olhos; mas o pobre que tem entendimento o esquadrinha.   

Prv.28.12-     Quando os justos triunfam há grande, glória; mas quando os ímpios sobem, escondem-se os homens.   

Prv.28.13-     O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.   

Prv.28.14-     Feliz é o homem que teme ao Senhor continuamente; mas o que endurece o seu coração virá a cair no mal.   

Prv.28.15-     Como leão bramidor, e urso faminto, assim é o ímpio que domina sobre um povo pobre.   

Prv.28.16-     O príncipe falto de entendimento é também opressor cruel; mas o que aborrece a avareza prolongará os seus dias.   

Prv.28.17-     O homem culpado do sangue de qualquer pessoa será fugitivo até a morte; ninguém o ajude.   

Prv.28.18-     O que anda retamente salvar-se-á; mas o perverso em seus caminhos cairá de repente.   

Prv.28.19-     O que lavra a sua terra se fartará de pão; mas o que segue os ociosos se encherá de pobreza.   

Prv.28.20-     O homem fiel gozará de abundantes bênçãos; mas o que se apressa a enriquecer não ficará impune.   

Prv.28.21-     Fazer acepção de pessoas não é bom; mas até por um bocado de pão prevaricará o homem.   

Prv.28.22-     Aquele que é cobiçoso corre atrás das riquezas; e não sabe que há de vir sobre ele a penúria.   

Prv.28.23-     O que repreende a um homem achará depois mais favor do que aquele que lisonjeia com a língua.   

Prv.28.24-     O que rouba a seu pai, ou a sua mãe, e diz: Isso não é transgressão; esse é companheiro do destruidor.   

Prv.28.25-     O cobiçoso levanta contendas; mas o que confia no senhor prosperará.   

Prv.28.26-     O que confia no seu próprio coração é insensato; mas o que anda sabiamente será livre.   

Prv.28.27-     O que dá ao pobre não terá falta; mas o que esconde os seus olhos terá muitas maldições.   

Prv.28.28-     Quando os ímpios sobem, escondem-se os homens; mas quando eles perecem, multiplicam-se os justos.   

Prv.29.1-       Aquele que, sendo muitas vezes repreendido, endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura.   

Prv.29.2-       Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme.   

Prv.29.3-       O que ama a sabedoria alegra a seu pai; mas o companheiro de prostitutas desperdiça a sua riqueza.   

Prv.29.4-       O rei pela justiça estabelece a terra; mas o que exige presentes a transtorna.   

Prv.29.5-       O homem que lisonjeia a seu próximo arma-lhe uma rede aos passos.   

Prv.29.6-       Na transgressão do homem mau há laço; mas o justo canta e se regozija.   

Prv.29.7-       O justo toma conhecimento da causa dos pobres; mas o ímpio não tem entendimento para a conhecer.   

Prv.29.8-       Os escarnecedores abrasam a cidade; mas os sábios desviam a ira.   

Prv.29.9-       O sábio que pleiteia com o insensato, quer este se agaste quer se ria, não terá descanso.   

Prv.29.10-     Os homens sanguinários odeiam o íntegro; mas os retos procuram o seu bem.   

Prv.29.11-     O tolo derrama toda a sua ira; mas o sábio a reprime e aplaca.   

Prv.29.12-     O governador que dá atenção às palavras mentirosas achará que todos os seus servos são ímpios.   

Prv.29.13-     O pobre e o opressor se encontram; o Senhor alumia os olhos de ambos.   

Prv.29.14-     Se o rei julgar os pobres com eqüidade, o seu trono será estabelecido para sempre.   

Prv.29.15-     A vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.   

Prv.29.16-     Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as transgressões; mas os justos verão a queda deles.   

Prv.29.17-     Corrige a teu filho, e ele te dará descanso; sim, deleitará o teu coração.   

Prv.29.18-     Onde não há profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado.   

Prv.29.19-     O servo não se emendará com palavras; porque, ainda que entenda, não atenderá.   

Prv.29.20-     Vês um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o tolo do que para ele.   

Prv.29.21-     Aquele que cria delicadamente o seu servo desde a meninice, no fim tê-lo-á por herdeiro.   

Prv.29.22-     O homem iracundo levanta contendas, e o furioso multiplica as transgressões.   

Prv.29.23-     A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra.   

Prv.29.24-     O que é sócio do ladrão odeia a sua própria alma; sendo ajuramentado, nada denuncia.   

Prv.29.25-     O receio do homem lhe arma laços; mas o que confia no Senhor está seguro.   

Prv.29.26-     Muitos buscam o favor do príncipe; mas é do Senhor que o homem recebe a justiça.   

Prv.29.27-     O ímpio é abominação para os justos; e o que é recto no seu caminho é abominação para o ímpio.   

Prv.30.1-       Palavras de Agur, filho de Jaqué de Massá. Diz o homem a Itiel, e a Ucal:   

Prv.30.2-       Na verdade que eu sou mais estúpido do que ninguém; não tenho o entendimento do homem;   

Prv.30.3-       não aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do Santo.   

Prv.30.4-       Quem subiu ao céu e desceu? quem encerrou os ventos nos seus punhos? mas amarrou as águas no seu manto? quem estabeleceu todas as extremidades da terra? qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho? Certamente o sabes!   

Prv.30.5-       Toda palavra de Deus é pura; ele é um escudo para os que nele confiam.   

Prv.30.6-       Nada acrescentes às suas palavras, para que ele não te repreenda e tu sejas achado mentiroso.   

Prv.30.7-       Duas coisas te peço; não mas negues, antes que morra:   

Prv.30.8-       Alonga de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me só o pão que me é necessário;   

Prv.30.9-       para que eu de farto não te negue, e diga: Quem é o Senhor? ou, empobrecendo, não venha a furtar, e profane o nome de Deus.   

Prv.30.10-     Não calunies o servo diante de seu senhor, para que ele não te amaldiçoe e fiques tu culpado.   

Prv.30.11-     Há gente que amaldiçoa a seu pai, e que não bendiz a sua mãe.   

Prv.30.12-     Há gente que é pura aos seus olhos, e contudo nunca foi lavada da sua imundícia.   

Prv.30.13-     Há gente cujos olhos são altivos, e cujas pálpebras são levantadas para cima.   

Prv.30.14-     Há gente cujos dentes são como espadas; e cujos queixais sao como facas, para devorarem da terra os aflitos, e os necessitados dentre os homens.   

Prv.30.15-     A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam; sim, quatro que nunca dizem: Basta;   

Prv.30.16-     o Seol, a madre estéril, a terra que não se farta d`água, e o fogo que nunca diz: Basta.   

Prv.30.17-     Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência à mãe, serão arrancados pelos corvos do vale e devorados pelos filhos da águia.   

Prv.30.18-     Há três coisas que são maravilhosas demais para mim, sim, há quatro que não conheço:   

Prv.30.19-     o caminho da águia no ar, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar, e o caminho do homem com uma virgem.   

Prv.30.20-     Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: não pratiquei iniqüidade.   

Prv.30.21-     Por três coisas estremece a terra, sim, há quatro que não pode suportar:   

Prv.30.22-     o escravo quando reina; o tolo quando se farta de comer;   

Prv.30.23-     a mulher desdenhada quando se casa; e a serva quando fica herdeira da sua senhora.   

Prv.30.24-     Quatro coisas há na terra que são pequenas, entretanto são extremamente sábias;   

Prv.30.25-     as formigas são um povo sem força, todavia no verão preparam a sua comida;   

Prv.30.26-     os querogrilos são um povo débil, contudo fazem a sua casa nas rochas;   

Prv.30.27-     os gafanhotos não têm rei, contudo marcham todos enfileirados;   

Prv.30.28-     a lagartixa apanha-se com as mãos, contudo anda nos palácios dos reis.   

Prv.30.29-     Há três que andam com elegância, sim, quatro que se movem airosamente:   

Prv.30.30-     o leão, que é o mais forte entre os animais, e que não se desvia diante de ninguém;   

Prv.30.31-     o galo emproado, o bode, e o rei à frente do seu povo.   

Prv.30.32-     Se procedeste loucamente em te elevares, ou se maquinaste o mal, põe a mão sobre a boca.   

Prv.30.33-     Como o espremer do leite produz queijo verde, e o espremer do nariz produz sangue, assim o espremer da ira produz contenda.   

Prv.31.1-       As palavras do rei Lemuel, rei de Massá, que lhe ensinou sua mãe.   

Prv.31.2-       Que te direi, filho meu? e que te direi, ó filho do meu ventre? e que te direi, ó filho dos meus votos?   

Prv.31.3-       Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos às que destroem os reis.   

Prv.31.4-       Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte;   

Prv.31.5-       para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito.   

Prv.31.6-       Dai bebida forte ao que está para perecer, e o vinho ao que está em amargura de espírito.   

Prv.31.7-       Bebam e se esqueçam da sua pobreza, e da sua miséria não se lembrem mais.   

Prv.31.8-       Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos os desamparados.   

Prv.31.9-       Abre a tua boca; julga retamente, e faz justiça aos pobres e aos necessitados.   

Prv.31.10-     Álefe. Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas.   

Prv.31.11-     Bete. O coração do seu marido confia nela, e não lhe haverá falta de lucro.   

Prv.31.12-     Guímel. Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.   

Prv.31.13-     Dálete. Ela busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com as mãos.   

Prv.31.14-     Hê. É como os navios do negociante; de longe traz o seu pão.   

Prv.31.15-     Vave. E quando ainda está escuro, ela se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas.   

Prv.31.16-     Zaine. Considera um campo, e compra-o; planta uma vinha com o fruto de suas maos.   

Prv.31.17-     Hete. Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.   

Prv.31.18-     Tete. Prova e vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.   

Prv.31.19-     Iode. Estende as mãos ao fuso, e as suas mãos pegam na roca.   

Prv.31.20-     Cafe. Abre a mão para o pobre; sim, ao necessitado estende as suas mãos.   

Prv.31.21-     Lâmede. Não tem medo da neve pela sua família; pois todos os da sua casa estão vestidos de escarlate.   

Prv.31.22-     Meme. Faz para si cobertas; de linho fino e de púrpura é o seu vestido.   

Prv.31.23-     Nune. Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta entre os anciãos da terra.   

Prv.31.24-     Sâmerue. Faz vestidos de linho, e vende-os, e entrega cintas aos mercadores.   

Prv.31.25-     Aine. A força e a dignidade são os seus vestidos; e ri-se do tempo vindouro.   

Prv.31.26-     Pê. Abre a sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência está na sua língua.   

Prv.31.27-     Tsadê. Olha pelo governo de sua casa, e não come o pão da preguiça.   

Prv.31.28-     Côfe. Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo:   

Prv.31.29-     Reche. Muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.   

Prv.31.30-     Chine. Enganosa é a graça, e vã é a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.   

Prv.31.31-     Tau. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as suas obras.