Salmo – 109 (108)
109.1 Ó Deus do meu louvor, não te cales;
109.2 pois
a boca do ímpio e a boca fraudulenta se abrem contra mim; falam contra mim com
uma língua mentirosa.
109.3 Eles me cercam com palavras de
ódio, e pelejam contra mim sem causa.
109.4 Em paga do meu amor são meus
adversários; mas eu me dedico à oração.
109.5 Retribuem-me o mal pelo bem, e
o ódio pelo amor.
109.6 Põe sobre ele
um ímpio, e esteja à sua direita um acusador.
109.7 Quando ele for julgado, saia
condenado; e em pecado se lhe torne a sua oração!
109.8 Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício!
109.9 Fiquem órfãos os seus filhos,
e viúva a sua mulher!
109.10 Andem errantes os seus
filhos, e mendiguem; esmolem longe das suas habitações assoladas.
109.11 O credor lance mão de tudo
quanto ele tenha, e despojem-no os estranhos do fruto do seu trabalho!
109.12 Não haja ninguém que se
compadeça dele, nem haja quem tenha pena dos seus órfãos!
109.13 Seja extirpada a sua
posteridade; o seu nome seja apagado na geração seguinte!
109.14 Esteja na memória do Senhor a
iniquidade de seus pais; e não se apague o pecado de sua mãe!
109.15 Antes estejam sempre perante
o Senhor, para que ele faça desaparecer da terra a memória deles!
109.16 Porquanto não se lembrou de
usar de benignidade; antes perseguiu o varão aflito e o necessitado, como
também o quebrantado de coração, para o matar.
109.17 Visto que amou a maldição,
que ela lhe sobrevenha! Como não desejou a bênção, que ela se afaste dele!
109.18 Assim como se vestiu de maldição
como dum vestido, assim penetre ela nas suas entranhas como água, e em seus
ossos como azeite!
109.19 Seja para ele como o vestido
com que ele se cobre, e como o cinto com que sempre anda cingido!
109.20 Seja este, da parte do
Senhor, o galardão dos meus adversários, e dos que falam mal contra mim!
109.21 Mas tu, ó Deus, meu Senhor
age em meu favor por amor do teu nome; pois que é boa a tua benignidade,
livra-me;
109.22 pois
sou pobre e necessitado, e dentro de mim está ferido o meu coração.
109.23 Eis que me vou como a sombra
que declina; sou arrebatado como o gafanhoto.
109.24 Os meus joelhos estão
enfraquecidos pelo jejum, e a minha carne perde a sua gordura.
109.25 Eu sou para eles objecto de opróbrio; ao me verem, meneiam a cabeça.
109.26 Ajuda-me, Senhor, Deus meu;
salva-me segundo a tua benignidade.
109.27 Saibam que nisto está a tua
mão, e que tu, Senhor, o fizeste.
109.28 Amaldiçoem eles, mas abençoa
tu; fiquem confundidos os meus adversários; mas alegre-se o teu servo!
109.29 Vistam-se de ignomínia os
meus acusadores, e cubram-se da sua própria vergonha como dum manto!
109.30 Muitas
graças darei ao Senhor com a minha boca;
109.31 Pois ele se coloca à direita
do poder, para o salvar dos que o condenam.
Estudos
bíblicos sem fronteiras teológicas