Homossexualidade:
Perspectiva Cristã (JC)
(Deverá
“clicar” nas referências bíblicas, para ter acesso aos textos)
A
homossexualidade sempre existiu ao longo da História da humanidade, embora sendo
tradicionalmente considerada um comportamento anómalo e sancionado pela
sociedade. No entanto, nas últimas décadas, temos assistido a uma maior
divulgação deste estilo de vida, bem como a uma tentativa de reconhecimento e
integração plena na sociedade dos gay. No início deste ano, o parlamento português aprovou uma
lei iníqua que legaliza os casamentos entre homossexuais, só não lhes
permitindo a adopção de crianças. Portugal tornou-se assim o sexto país, a
nível mundial, a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Introdução
Nos últimos
50 anos, no mundo ocidental, temos assistido a uma profunda mudança de
mentalidade e atitude, por parte da opinião pública, relativamente a questões
relacionadas com a homossexualidade e a sexualidade em geral. A influência
crescente do pensamento pós-moderno, relativismo e perda dos valores cristãos,
a par de uma cobertura desinibida, e muitas vezes sensacionalista, dos meios de
comunicação, têm levado a uma maior tolerância e aceitação deste tipo de comportamento,
que passou a ser considerado por muitos simplesmente uma variante do normal. No
nosso país, tal facto é notório nas recentes telenovelas e «reality-shows», bem como na influência
crescente da esquerda radical na sociedade portuguesa. No entanto, contrariamente
ao que seria de supor, a verdadeira prevalência da homossexualidade (masculina
e feminina) na população não ultrapassa os 2 por cento, de acordo com a maior
parte dos estudos científicos.
Perspectiva
histórica
A
homossexualidade não é, porém, um fenómeno novo. As obras de Sócrates e Platão
revelam que, na Grécia Antiga, o amor entre dois homens era considerado
superior ao amor entre um homem e uma mulher. Isto numa época em que a mulher
era considerada um ser inferior, confinado à vida doméstica, não tendo sequer
direito a voto no berço da democracia.
No Império
Romano, embora os comportamentos homossexuais fossem proibidos por lei desde o
século III a. C., e os vínculos familiares fossem fortes, os delitos sexuais
eram comuns entre as classes dominantes e vários imperadores romanos eram
assumidamente homossexuais.
A cultura
judaica, pelo contrário, sempre valorizou a importância da vida familiar e
impunha pesadas penas a todos os que deliberadamente a perturbassem. Tanto o
adultério como as práticas homossexuais eram motivo de condenação à morte.
Desde o
advento do Cristianismo que praticamente todos os teólogos (excepto os adeptos
da teologia liberal) são unânimes na condenação do comportamento homossexual, considerando-o
uma das consequências do pecado original e um claro desvio dos propósitos
iniciais do Criador.
Alguns
doutores da Igreja, como Tertuliano, Agostinho e Tomás de Aquino consideravam a
homossexualidade um acto “contra a natureza”. No período da pré-Reforma, os
pecados de índole sexual eram considerados muito graves, e grande parte do
pensamento religioso medieval foi afectado pelo dualismo neo-platónico segundo
o qual o corpo era inferior ao espírito, devendo ser disciplinado. O celibato
era considerado o melhor caminho para uma vida de santidade e a promiscuidade
sexual de qualquer tipo uma expressão de carnalidade primária.
Os teólogos
da Reforma Calvino e Lutero, falaram duramente contra a homossexualidade mas
salientaram que ela não era nem melhor nem pior que o adultério ou outros tipos
de pecado.
O que é a
homossexualidade?
A
homossexualidade pode ser definida como sendo a atracção emocional e sexual
entre pessoas do mesmo sexo. A palavra “homossexual“ entrou na linguagem
corrente, nos Estados Unidos, em 1869. Nas últimas décadas, nos países
anglófonos foi em parte substituída pelo termo gay, de menor carga pejorativa.
Diversos
estudos sugerem que, no mundo ocidental, menos de 2 por cento da população
masculina e menos de 1 por cento da feminina, têm uma orientação exclusivamente
homossexual.
No que diz
respeito às causas da homossexualidade, não há qualquer evidência de carácter
científico de que seja transmitida geneticamente. Certas influências familiares
parecem ser importantes, como uma mãe dominante e excessivamente protectora
(dificultando todos os contactos heterossexuais dos filhos), a falta de amor
incondicional por parte dos progenitores ou uma vida familiar conflituosa.
Segundo a Drª Elizabeth Moberly,
psicóloga de Cambridge, no Reino Unido, “a orientação homossexual não resulta
de uma predisposição genética, desequilíbrio hormonal ou processo de
aprendizagem anormal, mas sim de dificuldades no relacionamento entre pai e
filho e mãe e filha, principalmente nos primeiros anos de vida”. O Dr. Joseph Nicolosi, psicólogo clínico norte-americano, refere no seu
livro Preventing Homosexuality:
“nos últimos 15 anos, tenho aconselhado centenas de homens homossexuais, e
nunca encontrei nenhum que me dissesse que tenha tido um relacionamento
afectuoso e respeitador para com o seu pai”.
As crianças,
especialmente os rapazes, para se desenvolverem normalmente a todos os níveis,
nomeadamente na afirmação da sua identidade sexual masculina, devem receber
afecto, atenção e aprovação do seu pai que, em condições normais, deverá
constituir o seu modelo de masculinidade. No entanto, convém não esquecer que
muitas pessoas que experimentaram este tipo de privação emocional durante a sua
infância ou adolescência, não apresentam sentimentos homossexuais. Por outro
lado, muitos homossexuais assumidos não referem este tipo de história familiar.
Há ainda
outros factores que parecem contribuir para uma orientação homossexual,
designadamente antecedentes de abuso sexual durante a infância ou adolescência,
pornografia, influência dos meios de comunicação, violência familiar ou prática
de adultério por parte dos pais.
Em
A
promiscuidade sexual é frequente entre os homossexuais. Num estudo realizado
recentemente, 75 por cento dos homossexuais masculinos revelaram terem tido
mais de 100 parceiros sexuais durante a sua vida. Embora esta percentagem seja
inferior nas mulheres, é mesmo assim bastante superior à dos casais
heterossexuais. Múltiplas doenças frequentemente associadas ao estilo de vida homossexual,
como as de transmissão sexual, com destaque para a Sida, bem como a depressão e
outras perturbações do foro psiquiátrico, alcoolismo e consumo de drogas,
requerem tratamento médico específico. Em termos gerais, verifica-se uma
redução da esperança de vida de cerca 30 anos em homossexuais sexualmente
activos.
O que diz a
Bíblia?
Do ponto de
vista bíblico, a sexualidade humana deve ter a sua expressão num relacionamento
heterossexual e monógamo. É este o plano de Deus para o ser humano. A solidão
do homem no jardim do Éden não foi resolvida com a criação de outro homem, mas
sim pela criação de uma mulher Génesis 2:18.
Encontramos na
Bíblia quatro textos principais relativos ao comportamento homossexual:
2. Os textos levíticos (Levítico 18:22 e Levítico 20:13),
onde são claramente proibidos quaisquer actos homossexuais;
3. O relato do apóstolo Paulo sobre a sociedade
decadente do seu tempo, sendo as práticas homossexuais consideradas uma
perversão da ordem estabelecida por Deus (Romanos 1:26/27);
4. As duas listas paulinas de diversos tipos de pecado,
cada uma delas mencionando os actos homossexuais 1ª Coríntios
6:9/10 e 1ª
Timóteo 1:8/11. Na passagem da 1.ª Carta de Paulo aos Coríntios, as
palavras traduzidas como “efeminados” e “sodomitas” referem-se respectivamente,
no grego, aos agentes passivo e activo numa relação homossexual.
A análise
atenta das passagens bíblicas acima referidas permite concluir que as práticas
homossexuais são expressamente condenadas nas Escrituras. Contudo, não
encontramos nelas qualquer referência à orientação ou sentimentos homossexuais
que algumas pessoas experimentam, muitas vezes contra a sua vontade. À luz da
Bíblia, os sentimentos homossexuais (isto é, a atracção por pessoas do mesmo
sexo) não podem, por si só, ser considerados pecaminosos, desde que não sejam
acompanhados de fantasias eróticas e não se ceda à tentação (cf. 1ª Coríntios 10:13
e Colossenses 3:5).
No entanto,
o argumento de alguns grupos, oriundos de igrejas cristãs tradicionais, como é
o caso do auto-denominado Gay Christian Movement, de que a
homossexualidade é uma dádiva de Deus, sendo “perfeitamente compatível com a fé
cristã não somente amar-se alguém do mesmo sexo como também expressar esse amor
num relacionamento sexual” não tem fundamento nas Escrituras. Pelo contrário,
tal como referimos, contraria claramente a revelação bíblica.
Atitude Cristã
Existem
ainda muitos preconceitos e intolerância para com os homossexuais na sociedade
em que vivemos, bem como na própria comunidade cristã. Contudo, é
responsabilidade da Igreja cristã ser uma fonte de ajuda e compreensão para
todos os que a procuram, seguindo o exemplo do Senhor Jesus Cristo que, embora
condenasse duramente o pecado, procurava alcançar os pecadores com o Evangelho.
Um exemplo sublime foi o modo como Jesus tratou a mulher apanhada a cometer
adultério, perdoando-a mas advertindo-a para não voltar a pecar (cf. João 8:1/11).
Quando os
crentes são agentes do amor incondicional de Deus e actuam no poder do Espírito
Santo, muitos homossexuais encontram uma nova identidade em Cristo e obtêm
libertação de sentimentos de culpa, solidão e baixa auto-estima. Muitos
ex-homossexuais casam e constituem famílias felizes, enquanto outros permanecem
solteiros mas servindo a Deus com dedicação. Alguns, no entanto, continuam a
experimentar sentimentos homossexuais ao longo da vida, mesmo após uma
conversão genuína.
No Reino
Unido, existe uma Associação interdenominacional
filiada na Aliança Evangélica Britânica, denominada True Freedom Trust (www.truefreedomtrust.co.uk) que se dedica à evangelização,
apoio e aconselhamento de todos os que experimentam problemas de natureza
sexual. Alguns dos seus líderes, ex-homossexuais, são o testemunho vivo de que
a libertação de um estilo de vida homossexual, embora difícil, é possível pelo
poder de Deus.
Porto – Portugal, Setembro de 2010
Estudos bíblicos sem fronteiras teológicas
Bibliografia:
Cameron P, Playfair W, Wellum
S. The longevity of homosexuals: before and after the AIDS epidemia.
Omega: Journal of death and dying,
29: 249-271, 1994.
Friedman, R.C. et al. Homosexuality. New Engl J
Med, 331: 923-930, 1994.
Moberley, E.
Counselling the Homosexual. True Freedom Trust, 1985.
National Association for Research & Therapy
of Homosexuality (www.narth.com/docs/journalsummary.html).
Saunders P. Homosexuality. CMF Files. Christian Medical
Fellowship, 2003. (www.cmf.org.uk/pubs/pubs.htm)
Stott, John. Same-sex Partnerships? (cp. 16). In Issues Facing
Christians Today. Marshalls Paperbacks, 1999.
Winter, R. Homosexuality (cp. 6). In Palmer, B (ed.).
Medicine and the Bible, Christian Medical Fellowship, 1992.
COMENTÁRIOS RECEBIDOS
David de Oliveira – Goiânia, Brasil
O
grande erro que acontece hoje, é chamar dois indivíduos companheiros
homossexuais de “Casal gay”. Não há casal de dois animais do mesmo sexo em nosso
planeta! Seguindo esse raciocínio, Não há “casamentos” humanos de dois homens
ou de duas mulheres, o que contrairia todo o senso de anatomia e formação de
família na sociedade. Se há lei que permite isso, deve ser revogada, pois
trata-se de uma anomalia social que vai de encontro aos princípios jurídicos
estabelecidos.
A
Democracia é uma escada em que os 2% e 1% do homossexualismo souberam utilizar.
Subiram e se fixaram no seu topo, fazendo com que a repercussão de seus “movimentos”
se desencadeasse a tal ponto de dar-nos a impressão de que, “O conceito cristão
e social da família está ameaçado”.
Existem
diversos tipos de vícios susceptíveis à natureza da mente humana e esta é
imensamente influenciável. Esses vícios vêm por diversos motivos e são apenas
respostas irracionais de reações. A homossexualidade tem as suas razões de
existir, como em todos vícios e varia de pessoa para pessoa e de cada produto
do meio negativo e prejudicial. Não há motivações para vícios, mas desencadeamento,
principalmente no homossexualismo.
Quase
ninguém fala sobre o sexualismo “hétero” exagerado, masculino e feminino. Essa
compulsão exagerada por sexo “normal”, também constitui vício. Como poderemos
identificar (e identificarmo-nos) com o comportamento certo?
Eu
creio que a paz que só Jesus pode nos dar, é a referência que controla os
nossos comportamentos. O termômetro dessa paz é o encaixe da posição certa que
nos faz feliz e essa felicidade é tudo o que nos importa, pois sabemos que
estamos e somos irrepreensíveis perante a nossa consciência, sociedade e Deus.
Manuel Pedro da Silva Cardoso - Figueira da Foz. Portugal
Estimado
Irmão,
Apreciei
muito o artigo do Dr. Jorge Cruz sobre a homossexualidade.
Está
escrito com clareza, rigor e abertura de espírito.
Tenho
tido uma atitude hesitante em relação a este assunto. Por um lado porque me é
evidente que a Bíblia não aceita a homossexualidade, mas por outro porque me
recuso a entrar no grupo dos que parecem querer condenar à morte os
homossexuais.
Este
artigo é muito equilibrado e confirma algumas ideias que eu tinha. Vale a pena
dar-lhe circulação.
Um
abraço do
Luiz Cláudio
– Minas Gerais, Brasil – (Jovem brasileiro educado inicialmente como católico
e posteriormente numa igreja evangélica fundamentalista.)
Amado
irmão, esse tema apresentado é muito útil, há séculos homossexuais vivem no
anonimato, sofrendo preconceitos em nome de Deus, e pena onde seria referência
de socorro é um local de tortura, acusações e tudo se baseando em fundamentos
bíblicos escritos por um povo distinto em época distinta.
Amado
Pastor Camilo, sou o Luiz Cláudio, moro em uma cidade do interior do - Brasil.
Desde novo senti desejos por homens, e claro sempre policiei meus desejos por
respeito a família uma vez que fui criado em um lar católico, aos 13 anos esses
desejos veio a ser mais frequentes, uma vez que a puberdade meche muito com a
vida de um adolescente, então para não dar vazões a estes desejos conheci uma
igreja, que se apresentou super amorosa e acolhedora, então logo me liguei a
esta igreja, e claro conhecendo melhor Cristo logo quis trazer minha família
para esta visão doutrinaria, mas o ponto inicial era a libertação de tais
desejos, embora estes irmãos fossem acolhedor e amorosos, a doutrina deles era
levar os pecadores a frente da igreja para que cada pecado fossem confessados
com seus respectivos nomes, isso muito me feria, pois depois eu ouvia
comentários dos pecados confessados, então fui percebendo que tudo aquilo era
motivo de deboche e não uma preocupação do corpo de Cristo, embora eu não confessava
o desejo homossexual estar naquela igreja era confortante pelo fato de namorar
lá era algo raro. Os jovens para namorar deveria pedir autorização as seus dicipuladores e depois ainda passarem por um processo de
oração, em caso de pessoas pobres primeiro deveria ter primeiro um bom salário
para depois pensarem em constituir uma família, sendo assim, fiquei dos 13 aos
26 sem namorar ninguém e sem confessar com nomes meu pecado na igreja, embora
tenha ido a frente por diversas vezes chorando e me arrastando por tamanha
culpa, mas não podia me expor e levar meus pais a tal constrangimento, mas como
disse antes, o fato de saber que depois cada confissão fosse motivo de fofocas
ou comentários em diversos dicipulados, isso
contribuiu para meu afastamento desta igreja (igreja titulado como igreja de
Cristo, igreja local, não tem denonação ligada ao
pastor XXXXX). Passei por várias igrejas batistas, e por uma em célula m12,
onde não fiquei devido a tanta ostentação e comercializaçao
da unção de Deus. Aos 28 anos conheci uma moça e devido a imposição familiar
comecei a namorar, depois de 2 anos me sentia (liberto) e claro começou as
intimidades, queria me certificar de que estava curado disso para não ter um
casamento frustado, então quando fomos ter relação
sexual não conseguir, então vi que estava além de vontade e campanha de igreja,
se era vontade de Deus e eu queria me libertar porque não conseguia?,
então vi que era algo que não dependia de mim, fiz meses de jejum e oração mas
os desejos estavam lá, evitava pensar, mas assim como um hetéro
tem impulsos em olhar mulher eu tinha em olhar para homens, agora aos 31 anos
tive duas experiências com homens, não foi nada por libertinagem, mas duas
situações distintas, não me trouxe culpa esses envolvimentos, mas me fez
refletir que eu deixei de viver todo esse tempo sem culpa por conta de doutrinas mais humanas que espiritual.
Bom
para não perder do foco, digo que este artigo me fez ter certeza que Deus é
amor, e que Ele mandou seu filho para dizer isso, que Ele esta acima de
preconceitos, e que (seu povo) peca em apontar dedos de condenação, pecam em
negar-se a amar e orientar. Vejo que o Deus de amor foi excluído de algumas
igrejas, e ficou o Deus da letra, que deixou um monte de receitas e pré juízos,
para que os que tem pecados menos grosseiros podem pegar e sentenciar o
próximo, sinceramente não acho bonito ser homossexual, e se pudesse escolher
não o seria, sonho com uma resposta de Deus se serei ou não condenado por tal
desejo, seria condenado o que poderia fazer para não ser, porque por tantos
anos de clamor, choro e oração Ele não me libertou? Bom são
perguntas que nem sei se tenho direito de fazer, mas que passam pela minha
mente isso passa.
Pastor
Camilo por diversas vezes chorei aos pés de Deus lendo tais passagens bíblicas
que agora foram ditas neste artigo, e com tempo venho a analisar, vivemos em um
mundo político movido de interesses e sempre foi assim, tais passagens não
poderiam ser escritas por imposição de pessoas onde estaria centralizado o
poder da época? Não seria uma manipulação feita por pessoas preconceituosas?
Bom se tiver uma resposta para mim, ficaria grato.
A
resposta do Diácomo Ronaldo ao artigo
homossexualidade só expressa a falta de preparo das igrejas dos dias de hoje, e
também o fato de se julgar superior aos outros irmãos por não ter pecados tão
(gritantes) quanto os meus, mas não o condeno por isso, como disse expressa a
falta de preparo das igrejas, por colocarem pessoas com mente tão pequenas para
servirem aos santos como o mesmo ele mesmo disse que o faz. Que Deus nos
abençoe, para que possamos um dia entender a boa perfeita e agradável vontade
de Deus.
Luiz
Cláudio
Neste
momento, não estou congregando em nenhuma igreja.
Glória Nogueira – (Membro da Igreja
Evangélica Presbiteriana de Portugal, pregadora leiga, natural e residente na
Figueira da Foz – Portugal. Casada e mãe de 2 filhos. Já é a 4.ª geração duma
família evangélica portuguesa.)
Como
cristã protestante (activa) sempre fui criada numa doutrina livre e contínua,
com o lema “Ecclesia reformata semper
reformanda”, ou seja numa Igreja em reforma constante
que tem a obrigação de evoluir, de questionar e de encontrar respostas às suas
questões.
Toda
a vida tive e tenho amigas e amigos homossexuais, fui
criada desde pequenininha a não colocar rótulos ou a levantar barreiras, mas a
amar o próximo como a mim mesma, tal e qual como ensina a Sagrada Escritura.
Sempre apoiei e defendi, quando necessário, essa minoria, não por ser minoria
mas porque têm direito a todos os direitos que eu tenho como heterossexual. Por
isso roguei a Deus, que o meu país evoluísse e aprovasse leis de igualdade para
todos, infelizmente só uma lei foi aprovada, (a do casamento) ainda falta
aprovar a da adopção. Por isso agradeci a Deus a bênção concedida.
A
minha opinião baseia-se na minha aprendizagem cristã, ou seja no Deus da
Liberdade; no Deus que Ama graciosamente toda a humanidade e que nos torna
aptos a amar o nosso próximo; na Fé que nasce do encontro de Deus connosco; na
Bíblia onde aprendo todos estes ensinamentos, e onde está escrito o principal
mandamento de Jesus Cristo “Ama o teu próximo como a ti mesmo.”
Não
vou ser mais longa na minha explicação, pois no que escrevi está a minha
posição perante o artigo apresentado nos Estudos Bíblicos sem Fronteiras.
Fraternalmente
Glória
Nogueira
Nilson
De Godoi –
São
Paulo, Brasil.
Li
o texto do irmão Dr Jorge Cruz, e em razão de seu
curriculum, parecia que estaríamos a ler mais uma grande tese contra ou a
favor, baseada em valores médicos, biológicos e ou psicanalíticos, mas,
confesso que fiquei supreso, a raiz do problema foi
diagnosticada pelo Dr. Jorge com o esmero e a precisão de um cirurgião.
Assim
eu mesmo gostaria de comentar que o amor e apoio verdadeiro aos “gays”
realmente passa por estas bases que o Dr. Jorge Cruz
colocou.
Os
gays são pessoas lindas e carentes. É inegável que a atitude deles, a causa “gay” deles, chama a nossa atenção, nos incomoda, nos assusta,
e coloca até um certo temor em algumas pessoas em os aceitarem e se encontrar
pensando que também tem tendência “gay”, mas, acredito que de verdade, tudo o
que fazem é a sua busca pessoal de si mesmos.
O
Dr Jorge, ao explicar e simplificar o seu diagnóstico,
traduziu bem isto: É a imagem do criador querendo reencontrar a sua origem.
Os
“gays”, como todos nós, estão ansiosos por encontrar o verdadeiro modelo do ser
humano elaborado na criação e revelado em Jesus (O segundo e verdadeiro Adão).