Igreja do Presidente Bush (CMI)
(Deverá “clicar” nas referências
bíblicas, para ter acesso aos textos)
Os dirigentes das igrejas históricas dos Estados Unidos
mostraram-se surpreendentemente unânimes naquilo que dizem sobre a guerra contra
o Iraque, e prontos a criticar a política do Governo do seu país.
Na frente deste ataque situa-se a Igreja Metodista Unida (UMC). “O Presidente Bush e o Vice-Pres.
Cheney são membros da nossa denominação” – disse Jim Winkler (Depart. de Igreja e Sociedade
da UMC). “O nosso silêncio nesta hora poderia ser
interpretado como um apoio tácito à guerra.” Num comunicado muito explícito, em
Agosto do ano findo, afirmou que “manifestando um inusitado desprezo pelos
ideais democráticos, e com uma espantosa falta de evidência justificativa para
um ataque preventivo, já só falta ao Presidente dar a ordem de fogo.”
“Peço aos Metodistas Unidos que se oponham a esta medida
inconsiderada....” – disse ainda.
Em Setembro, a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana (PCUSA) lançou um apelo aos dirigentes dos EUA para que,
entre outras coisas, “se precavenham contra o
unilateralismo” que tende a perpetuar a noção de que “o poder faz o direito”, e
coloca os EUA contra a mais vasta comunidade das nações; e permitam que as decisões
da ONU quanto aos inspectores de armamento sigam o curso normal sem pressões
indevidas ou ameaças de acção preventiva unilateral.
Também a Fed. Baptista Europeia votou em
Outubro, por esmagadora maioria, uma resolução condenando o recurso à guerra
sem a sanção da ONU, sendo algumas das “vozes mais veementes” precisamente a
dos delegados dos EUA. No entanto, os dirigentes da Convenção Baptista do Sul
(SBC), a maior união baptista dos EUA, manifestaram apoio a George W. Bush e ao
seu propósito de derrubar o regime de Saddam Hussein.
Em 5 Fevereiro em Berlim, dirigentes religiosos europeus, numa
reunião promovida pelo Conselho Mundial de Igrejas, Conf.
das Igrejas Europeias, Conselho Nacional das Igrejas Cristãs nos EUA e Conselho
de Igrejas do Médio Oriente, tendo como anfitriã a Igreja Evangélica na
Alemanha (EKD), aprovaram um comunicado considerando
imoral e contra a Carta da ONU um ataque militar preventivo e a guerra como
meio de alterar o regime de um estado soberano; o texto diz também que o Iraque
deve garantir o respeito integral dos direitos humanos de todos os seus
cidadãos, aos quais deve ser dada esperança de que “existem alternativas tanto
à ditadura como à guerra.”
Transcrição do “Boletim de Estudos e Informações” da Igreja
Evangélica Presbiteriana de Portugal, que cita o Serviço de Imprensa do
Conselho Mundial de Igrejas.
Março de 2003.